Já disse antes que a preservação da "pequena história" é uma de minhas praias prediletas. Não há saudosismo nisso (não para mim, pelo menos); o que há é a diversão obtida ao tomar conhecimento de casos e objetos inesperados e desconhecidos. Ou relembrar os já esquecidos.
Hoje em dia é comum algumas pessoas sair do armário. Nada contra, mas meu negócio é entrar no baú. Baú de lembranças, bem entendido. (Eu tinha prometido a mim mesmo que não faria nenhuma “reflexão”, nenhuma gracinha quando postasse as imagens abaixo, apenas diria de que se tratava. Mas não resisti).
Hoje em dia é comum algumas pessoas sair do armário. Nada contra, mas meu negócio é entrar no baú. Baú de lembranças, bem entendido. (Eu tinha prometido a mim mesmo que não faria nenhuma “reflexão”, nenhuma gracinha quando postasse as imagens abaixo, apenas diria de que se tratava. Mas não resisti).
O lance é o seguinte: um dia, lá pros idos de
1958, meus primos mais velhos chegaram à casa onde morávamos com uma novidade:
estavam colecionando maços de cigarros (vazios). Eu e meu irmão ficamos
entusiasmados com a ideia e imediatamente começamos uma também. Bom, essa mania durou um ou dois anos, no máximo. Como bom
acumulador, guardei isso até hoje. Aí resolvi escanear a coleção e sacanear aqueles que, por descuido ou engano acessam este blog, ou seja: vocês que estão lendo isso. Como ficou muito grande, resolvi tratá-la como se faz com fumo de rolo: piquei em vários pedaços (sacou?).
O curioso é que algumas marcas tiveram alteração nas embalagens nesse período. Isso permite notar que a inflação da época era pesada, pois, comparando as duas versões da mesma marca, dá para ver que os preços (impressos no maço) praticamente dobraram de valor. É isso. Espero que se divirtam com as ilustrações e nomes, alguns surpreendentes.
Então, aí vai a primeira parte:
Os primeiros maços, creio, foram
dados por esses primos. Aí foi um tal de catar maço vazio na rua, pedir aos
tios fumantes que nos abastecessem e tal. Nosso pai, fumante pesado, não gostou
muito da ideia, pois “não sabia quem tinha fumado esses cigarros, blá blá
blá micróbios, blá blá blá doenças” e sei lá mais o quê. E resolveu ele
mesmo fumar os mais diversos tipos e marcas para nos ajudar (“pai que é pai tem
que participar”). Segundo ele, “foi cada ‘arrebenta peito’ que eu vou te
contar”. É importante destacar que a absoluta maioria era de cigarros sem filtro!
O equivalente mais próximo de fumar um desses seria tomar um uísque cowboy de
um só trago. A coisa desce rasgando.
O curioso é que algumas marcas tiveram alteração nas embalagens nesse período. Isso permite notar que a inflação da época era pesada, pois, comparando as duas versões da mesma marca, dá para ver que os preços (impressos no maço) praticamente dobraram de valor. É isso. Espero que se divirtam com as ilustrações e nomes, alguns surpreendentes.
Então, aí vai a primeira parte:
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