quarta-feira, 19 de novembro de 2014

MARK TWAIN

Quando eu tinha uns quatorze anos, meu irmão ganhou de presente o livro “As Aventuras de Tom Sawyer”, escrito por Mark Twain. Comecei a lê-lo, estranhei um pouco, mas depois embalei. Gostei tanto que li de novo, tempos depois. O mesmo aconteceu com “As Aventuras de Huckleberry Finn”. Sei lá, devo ter lido esse livro umas três vezes. Duas, pelo menos, eu garanto.

E o motivo é simples: para um sujeito tímido e introvertido como eu, mal (mal mesmo) entrado na adolescência, aquelas histórias ambientadas no século XIX, divertidas, engraçadas e com um gosto de liberdade desconhecida eram incrivelmente saborosas e atraentes. Por isso, minha reverência hoje é para o autor desses livros (e outros mais).

Mark Twain era o pseudônimo adotado por Samuel Longhorne Clemens, escritor e humorista norte-americano nascido em 1835. Não tenho mais esses livros, mas, mesmo se os tivesse, seria difícil extrair um trecho para postar aqui. Por isso, lanço mão de frases extremamente cínicas, espirituosas e inteligentes ditas por ele (*), que encontrei na internet.

(*) Espero que sejam dele mesmo, porque alguns malucos têm a mania de adulterar um texto original, suprimindo trechos ou, pior, acrescentando coisas que o autor jamais escreveu, para então colocá-lo na web. Para mim, prostituição pura.

-   A Bíblia nos ensina a amar o próximo e também a amar nossos inimigos provavelmente porque eles em geral são a mesma pessoa.
-   A maioria das pessoas preocupa-se com passagens da Bíblia que não entende, mas as que me preocupam são as que eu entendo.
-   A melhor cura para o cristianismo é a leitura da Bíblia
-   A única maneira de conservar a saúde é comer o que não se quer, beber o que não se gosta e fazer aquilo que se preferiria não fazer.
-   A vida ideal consiste em ter bons amigos, bons livros e uma consciência sonolenta.
-   Algumas pessoas nunca cometem os mesmos erros duas vezes. Descobrem sempre novos erros para cometer.
-   Antes você ficar calado e te acharem um tolo do que começar a falar e terem certeza disso.
-   As pessoas que me dizem que eu vou para o inferno e elas vão para o céu de certa forma deixam-me feliz de não estarmos indo para o mesmo lugar.
-   Devo ter uma enorme quantidade de inteligência; às vezes levo até uma semana para colocá-la em movimento.
-   E assim é o mundo; às vezes, sinceramente, desejo que Noé e sua comitiva tivessem perdido o barco.
-   Geralmente levo mais de três semanas a preparar um discurso de improviso.
-   Há três espécies de mentiras: as mentiras, as mentiras sagradas e as estatísticas.
-   Não seria bom se todos nós pensássemos da mesma forma. É a diferença de opinião que promove as corridas de cavalo.
-   O homem é o único animal que cora. Ou que precisa corar.
-   O homem que é pessimista antes dos 50 anos, sabe demasiado; o que é otimista depois, não sabe o bastante.
-   O homem que não lê não tem mais mérito que o homem que não sabe ler.
-   Para Adão, o paraíso era onde estava Eva.
-   Poucas pessoas toleram a riqueza. Dos outros, quero eu dizer.
-   Prefiro o paraíso pelo clima, o inferno pela companhia.
-   Primeiro, informe-se dos fatos; depois, pode distorcê-los quanto quiser.
-   Quando em dúvida, diga a verdade!
-   Tudo o que é preciso na vida é ignorância e confiança; depois, o sucesso está garantido.
-   Um clássico é algo que toda a gente queria ter lido, mas que ninguém quer ler.
-   Uma consciência limpa é o sinal certo de má memória.
-   Vamos agradecer aos idiotas. Não fosse por eles não faríamos tanto sucesso.

6 comentários:

  1. Sempre gostei de Mark Twain. Também li Tom Sawyer e Huck Finn e também "O Príncipe e o Mendigo". Uma frase dele que gosto muito é a seguinte: "Deixar de fumar é a coisa mais fácil do mundo. Sei muito bem do que se trata, já o fiz cinquenta vezes."

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  2. Rapaz, tinha me esquecido do "Príncipe e o Mendigo"! Muito bom também. Lembro-me de ter lido também outro livro do Tom Sawyer, só que a história se passava em outro país, se não me engano. Mas, na época, não achei grande coisa.
    Apenas uma curiosidade que talvez você já conheça: a "cena" da cerca do livro "Tom Sawyer", em que ele troca o direito de pintá-la por frutas e quinquilharias recebidas dos amigos, é baseada em um fato que realmente aconteceu com Mark Twain quando era garoto.

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    1. Eu sabia que ele tinha inspirado o Tom Sawyer em sua própria vida, mas não sabia que o episódio da cerca tinha acontecido com ele. Vivendo e aprendendo. Na verdade, Mark Twain escreveu mais dois livros do "Thomas": um ambientado na África e uma história de detetives com Tom servindo de Sherlock Holmes e Huck de dr. Watson.

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  3. É isso mesmo! Mas só me lembrava de um. Não sei se é sua opinião, mas esses livros, até onde me lembro, não são nenhuma maravilha. Creio que ele deve ter tentado faturar em cima do primeiro (e não estava errado!), mas o resultado deixou a desejar. Mais ou menos como uma continuação do filme "Psicose".

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    1. Desses outros dois, eu só tenho o "Tom Sawyer Detetive", mas concordo com você que ele não é tão bom quanto o primeiro. Ainda assim, é bem melhor do que muitos livros atuais que fazem sucesso.

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