O texto de hoje foi escrito antes
da criação do Blogson e o título era “Lagoa
Santa”, nome da cidade localizada na região metropolitana de BH onde meus pais viveram os últimos anos de suas vidas. Eu até já o tinha programado para sair no Natal. Entretanto, enquanto revisava pela "centésima" vez esse
texto e os demais já programados (eu tenho TOC, estão lembrados?) deparei-me com uma coincidência.
Hoje – dia em que estou fazendo essas revisões – é 28 de outubro (noite, na verdade), data em que minha mãe faleceu (cinco anos já se passaram). Aí não deu outra: resolvi mudar a data originalmente escolhida. Mas, como já tinha saído o post de hoje, resolvi programá-lo para 6 de novembro, pois quinta-feira é o dia de falar sério neste blog (TOC, de novo). Além disso, é também o dia em que meu pai faleceu (e já se passaram dezoito anos!).
O tema, como se verá, é um único
evento, relacionado a eles, e a emoção que isso me causou. Não é nada mais que uma pequena e particular homenagem aos dois. Deveria ser, portanto,
um assunto “pessoal e intransferível”.
“Deveria”, mas como este é um blog tipo confessional, gosto de partilhar meus textos cheios de “reflexões”, sentimentos e pontos de vista com os escassos leitores que o acessam, tão poucos que podem ser considerados mais raros que a ararinha-azul e que o mico-leão-dourado (provavelmente, pelo "grande" interesse dos assuntos aqui tratados). Vamos lá.
“Deveria”, mas como este é um blog tipo confessional, gosto de partilhar meus textos cheios de “reflexões”, sentimentos e pontos de vista com os escassos leitores que o acessam, tão poucos que podem ser considerados mais raros que a ararinha-azul e que o mico-leão-dourado (provavelmente, pelo "grande" interesse dos assuntos aqui tratados). Vamos lá.
De repente, objetos por anos e
anos guardados carinhosamente por meus pais vieram parar aqui em casa, graças à
gentileza, generosidade e desapego de minha irmã: um aparelho de jantar que
meus pais ganharam ao se casar (quase setenta anos atrás), algum vasilhame originário
do laboratório farmacêutico que meu pai e seus irmãos tiveram (idem), um anel
que meu pai deu à minha mãe quando fizeram 25 anos de casados e mais um tanto
de coisas.
Fomos abrindo as caixas onde
esses objetos foram acondicionados por minha irmã, tal como as crianças fazem
no Natal: cheios de surpresa e encantamento. Mas, principalmente com
muitas, muitas lembranças.
Assim, sem que eu percebesse, fui
sendo invadido por uma nostalgia e uma saudade suave do tempo em que eu podia
conversar (e pouco falava) com minha mãe e com meu pai. Se eu ainda bebesse, talvez
erguesse agora uma taça de vinho e dissesse:
- "À sua saúde, Seu Amintas; à sua saúde, Dona Lia!"
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