quinta-feira, 27 de novembro de 2014

ARQUIBANCADA

Como já cantou uma vez o Milton Nascimento, "aqui é o país do futebol". É tanto campeonato disso, daquilo e mais algum que até os jogadores talvez se confundam. E os horários dos jogos durante a semana são aquela beleza, só depois da novela. Para quem tem cachorro em casa, foguete à meia-noite é tudo de bom.

Como não entendo, não acompanho nem curto esse esporte, a única coisa que percebo é que quase todo dia tem jogo pelo Brasil afora. Pensando nisso, me veio à cabeça uma ideia que apresento aos dois (o número correto é 1.7, mas arredondei para cima) malucos (sem trocadilho) que às vezes leem o que escrevo:

As pessoas com excesso de timidez, introversão ou medo patológico (daqueles que deixam o sujeito paralisado), vivem suas vidas como se acompanhassem uma pelada de domingo – torcem, vibram com as jogadas, xingam a mãe do juiz, mas nunca se arriscam a entrar em campo, nunca participam do jogo. Estão sempre na plateia, sempre na arquibancada.

2 comentários:

  1. Não sei se sou um dos dois (ou 1.7) malucos a quem você se referiu. A sua reflexão foi muito boa, muito verdadeira. Assim como você, não gosto de futebol. Desde criança, meus amigos estranhavam que eu não sabia jogar e nem queria jogar. Algumas vezes fui obrigado a jogar na escola quando faltava alguém no time, mas acho que se o time jogasse com um a menos ainda assim ia ficar melhor do que comigo correndo pra lá e pra cá, sem nunca encostar na bola.

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  2. Não, meu caro Lord. Eu realmente não sei quem lê as tranqueiras que escrevo, apenas tenho a íntima sensação que são poucos, muito poucos. Assim, quando alguém comenta alguma coisa que escrevi meu sentimento é de surpresa, quase como se falasse: "Ué! Existe alguém que gostou disso?". No post "Se liga, mané", embora não sejam o tema central estão descritos os motivos de minha rejeição ou indiferença pelo "nobre esporte bretão". Se te interessar, dê uma olhada. E obrigado pelos comentários, sempre benvindos.

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MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4