- Aquele gatinho está
me olhando!
- Pode esquecer. É gay.
- Você conhece?
- Não, mas está na cara.
- Como é que você pode
falar uma coisa dessas?
- É só olhar a roupa: é
tão justa que só cantor sertanejo tem autoridade moral para usar. E, assim
mesmo, só em show.
- Não fala assim! Ele
está super bem vestido!
- A roupa está mais
colada no corpo que pintura corporal de BBB_aranga.
- Você é a mãe do
preconceito! Ele continua olhando...
- Deve estar com inveja
do seu brinco.
- Ah, para!
- Por falar em apara, a
barba dele é aparada igual à do George Michael. Gay, lógico.
- E o amigo que está
com ele?
- Amigo, não. Pegante.
Quando deu uma golada naquela mistura de chá de losna, groselha e álcool, deu
um arrepio tão grande que dava para congelar até a bunda dos pinguins de
Madagascar.
- Ô cascavel! Se morder
a língua...
- Olha só, ele fez
agora um gesto tão delicado com a mão que parecia estar regendo o "Noturno" de
Chopin.
- Chopin? Vai ver, ele
é maestro.
- Se é maestro, eu não
sei, mas brinca com a batuta...
- Amiiiga!!! Ele tem um
jeito tão viril!
- Só se for “viril de
costas”, porque ele vira.
- Credo!...
- Vai por mim, é gay.
- Ai! Você tinha razão!
Ele acabou de fazer um cafuné na nuca do pegante!
- Eu tenho olho clínico...
- Está mais para olho cínico! Agora, só falta você falar para eu dar pro garçom!
- Porque garçom? Pro
Chef é melhor – se for novinho, lógico.
- Que que tem uma coisa
com a outra?
- Chef é quem entende
de comida boa...
- Taí, vamos conhecer a
cozinha?
- Bora!
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