"The times they are a-changin’’, disse um dia o Bob Dylan (essa é uma frase totalmente desnecessária e foi colocada aqui só de frescura).
Em um tempo onde as redes sociais arrebanham mais de um sexto da população alfabetizada mundial,
os costumes têm mudado muito rápido e certamente mudarão mais ainda. Por
exemplo, a forma de expressar-se por escrito: muita coisa do que rola nos facebooks da vida é uma lástima. Por
descuido, displicência ou ignorância sai cada tijolada que é duro de aguentar.
E olha que eu nem participo de nenhuma das redes existentes (sou do tempo da
comunicação por tambor ou sinais de fumaça)!
Recentemente, li uma frase que terminava assim: “tem que ri”.
Analfabetismo funcional da melhor qualidade, lógico. E o que me entristece é a certeza de que esse tipo de erro não é resultante de falha na digitação, mas de falta de leitura mesmo.
Fico pensando que,
se um dia acabarem os livros impressos em papel, o coitado do Gutenberg vai
girar tanto no túmulo que seus “vizinhos” vão passar a chamá-lo de “Hélice”
(essa piada – ótima – não é minha).
Independente do
que acontecer, o vocabulário corrente tem mudado. E se algumas palavras estão
meio esquecidas o mesmo pode estar acontecendo com expressões e ditados da
chamada “sabedoria popular”. Pensando nisso, resolvi dar minha contribuição
para a revitalização dessas frases (com a ajuda de meus filhos, lógico). E saiu
isso:
VERSÃO
ORIGINAL
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VERSÃO
ATUALIZADA
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Para bom
entendedor, meia palavra basta.
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Para bom
entendedor, setenta caracteres bastam.
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Família só é bom
em porta-retratos
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Família só é bom
em álbum do Instagram
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Uma imagem vale
mais que mil palavras
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Um Pinterest
vale mais que mil tweets
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Minha vida é um
livro aberto
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Minha vida é um
Facebook desbloqueado
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“Itabira é só um
retrato na parede, mas como dói!” (Carlos Drummond de Andrade)
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“Itabira é só
uma foto no Instagram, mas como dói!”
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