quinta-feira, 13 de julho de 2023

SINA DE BURNOUT

 
Não faz muito tempo que eu ouvi a expressão “síndrome de burnout”. Passei meio batido, sem me preocupar com seu significado exato. Depois disso, graças ao stress absurdo vivido por minha mulher e, consequentemente por mim, fiquei pensando que estou próximo de um burnout. E aí fui procurar informações na mãe dos burros, que é a internet. E achei um texto que explica, blablabla, mas diz que é uma síndrome que acomete quem está trabalhando. Achei uma injustiça, mas depois raciocinei que também sou hoje um empregado, mesmo que sem remuneração, pois exerço as funções de “cuidador de idoso”, mais especificamente um cuidador em tempo integral de minha mulher, a quem amo sem medida. E aí resolvi divulgar o texto (mesmo sem saber mais onde o encontrei), pois parece que minha sina é ser burnout, mesmo sem saber o que essa merda significa. É morte súbita? AVC violento? Ataque cardíaco fulminante? Brochada irreversível? O que é afinal o "12º estágio"? Olhaí.

 
Você sabe o que é síndrome de burnout? Talvez você já tenha ouvido falar desse termo, ou então, da síndrome do esgotamento profissional. Qualquer que seja a terminologia que conhece, ambas estão relacionadas ao mesmo problema: a sensação de cansaço, negatividade e de extremo estresse.
 
Desde janeiro de 2022, a síndrome de burnout passou a ser vista como uma doença ocupacional. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome se define como “resultante de um estresse crônico associado ao local de trabalho que não foi adequadamente administrado”.
 
Por outras palavras, a síndrome do esgotamento profissional, é um transtorno de ordem emocional, que resulta de uma carga excessiva e desgastante de trabalho. De modo geral, são acometidos os profissionais que atuam em ambientes de extrema pressão ou tensão, com grandes responsabilidades.
 
É importante dizer que a síndrome de burnout não pode ser considerada uma variação do estresse. Esse distúrbio psíquico e emocional é mais complexo, causando um impacto negativo não só na vida profissional, mas pessoal de quem sofre com o problema.
 
Ainda de acordo com o órgão de saúde, é muito importante considerarmos que a síndrome está diretamente ligada ao trabalho e, portanto, não deve ser aplicada a outros contextos da vida das pessoas.
 
Dentro do contexto de pandemia, a pauta sobre o assunto se tornou crucial, uma vez que o trabalho passou a ser feito dentro de casa, o que, para muitos funcionários, foi um verdadeiro pesadelo — especialmente para mulheres, que precisam lidar com a sobrecarga das tarefas domésticas e das empresas nas quais são colaboradoras.
 
A síndrome de burnout não chega de uma hora para outra, ou seja, não é um problema de explosão imediata. Os sintomas vão se apresentando lentamente, dia após dia, até acometerem de vez o paciente. Em muitos casos ela só é percebida quando o profissional já está completamente desmotivado, apático e improdutivo.
 
Alguns pesquisadores da área de psicologia acreditam que a doença surge em 12 estágios, mas que não necessariamente todas as pessoas vão vivenciar cada um deles. Saber o que é síndrome de burnout é muito importante para atentar-se aos sintomas.
 
A primeira fase é quando o trabalhador necessita provar que ele entende muito bem do que faz e quer mostrar a todo custo o seu valor. Em seguida, vem o momento em que o expediente e a vida profissional tornam-se uma coisa só e, de repente, a pessoa a todo momento está checando mensagens, respondendo e-mails ou atendendo telefonemas — tudo isso fora do expediente.
 
No terceiro estágio, o indivíduo nega as necessidades básicas do corpo, como dormir, comer, descansar, ter momentos de lazer, pois a prioridade são as tarefas. Depois, vem o momento em que a pessoa compreende que tem problemas, mas nega-os e evita tocar no assunto.
 
A quinta etapa é marcada pela autoestima sempre em questionamento, assim como a desvalorização da família, do lazer, das coisas que eram importantes no âmbito pessoal. Em sexto vem o momento em que o indivíduo se torna agressivo, sem paciência e sempre acha que os outros são o problema.
 
O sétimo estágio já começa a ser marcado pelo isolamento e há boas chances da pessoa buscar consolo no álcool ou, até mesmo, em outras drogas. Na oitava fase, a mudança de personalidade é totalmente visível.
 
Em nono, pode-se dizer que a pessoa começa a perder-se de si: deixa de ver o seu valor, não sente o afeto de quem a ama e, inclusive, ignora totalmente qualquer tipo de necessidade.
 
As três últimas fases já são mais críticas e marcadas pela sensação de vazio interno, em seguida, depressão e, por último, a chegada da síndrome de burnout.

 

Um comentário:

  1. Curioso, você falar sobre Burnout. Foi -me o último diagnóstico dado pela psiquiatra na terça-feira da semana passada.
    Veja lá:
    https://amarretadoazarao.blogspot.com/2023/07/um-pouco-de-beleza-para-variar.html?m=1

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