Talvez por isso, por não estar mais imaginando besteiras “engraçadinhas”, fico propenso a dizer besteiras sisudas, como se fossem reflexões e lições de vida de um sábio monge tibetano. Tenho feito isso tantas vezes que todo mundo que acessa o blog já deve estar de saco cheio dessas lamúrias (esse “todo mundo” representa uns três acessos por post). Mas hoje pensei em uma imagem simpática que quis compartilhar com os leitores desta bagaceira.
Meu ídolo George Harrison morreu em 2001. O também ídolo Richie Havens em 2013; o velho e bom Joe Cocker em 2014; B. B. King em 2015 e em 2021 foi a vez de Charlie Watts, baterista dos Stones. Sem falar em Janis Joplin e Jimi Hendrix, falecidos em 1970 e John Lennon, assassinado em 1980. Mas há outros, muitos outros artistas e músicos já falecidos, não tão importantes para mim, mas também intérpretes de músicas que fazem parte da trilha sonora da minha vida.
O que têm em comum esses astros do rock e do blues além do fato de serem meus ídolos? Este é o pensamento que me ocorreu hoje: os artistas e as músicas que fizeram minha cabeça ao longo dos anos são como escotilhas ou vitrais por onde espreito uma parte de mim e do que já fui; são como janelas por onde eu me conecto sentimentalmente com minha juventude, com algum momento vivido, com algum período da minha vida.
Pode ser um pensamento melancólico, mas não me senti nem mais triste nem deprimido. Na verdade, gostei demais dessa ideia.