sexta-feira, 19 de agosto de 2022

EU PASSO RECIBO

Acontecimentos estranhos ocorridos comigo nesta semana indicaram a necessidade de fazer alguns “avisos paroquiais” aos desaparecidos leitores do blog. Por isso, vamos por partes.
 
Primeiro aviso: nesta semana tive três assustadores lapsos de memória que me fizeram lembrar de uma frase do Ronald Reagan, ex-presidente dos Estados Unidos. Ao anunciar que tinha sido diagnosticado com Alzheimer, disse assim: Agora começa a jornada para o ocaso da minha vida...” Talvez eu esteja também iniciando minha jornada nessa direção. E estes podem ser os sinais iniciais:
 
Primeiro branco: um de meus cunhados ao me cumprimentar pelo Dia dos Pais perguntou se tinha tido um dia feliz. Respondi que tinha sido ótimo, faltando apenas um dos pais das gêmeas, que estava com a família em um congresso em... E não houve meio de lembrar a porra do nome da cidade! Completei a resposta dizendo “em uma cidade de São Paulo cujo nome não estou lembrando”. A cidade era Campos do Jordão;
 
Segundo branco: resolvi coar um café (como faço rotineiramente) na parte da tarde, por volta das 15h30. Por volta das 19 horas resolvi voltar à cozinha (externa) onde o café foi coado. Encontrei o fogo ainda aceso, apaga não apaga em função do baixo nível de oxigênio do ambiente (hermeticamente fechado). Abri a porta e a janela e vazei dali, pois depois de três horas e meia com o gás queimando o ar do lugar estava “estranhamente” desconfortável;
 
Terceiro branco: fui de carro à padaria pela manhã (como sempre faço, para minimizar contato com eventuais maloqueiros que ficam por perto para pedir algum dinheiro). Paguei a compra e fui para o carro que, embora com o alarme devidamente ligado, estava totalmente solto, sem freio de mão puxado. Minha sorte é ser plano o trecho da rua onde estacionei, pois bastou que eu entrasse no carro para ele se mover suavemente. Esses esquecimentos (que não contei para ninguém) me remetem ao segundo aviso.
 
 
O número de acessos do blog caiu assustadoramente, talvez pela qualidade do que tem sido publicado, qualidade que pode estar sendo afetada por uma mente que parece não estar funcionando muito bem. Talvez os leitores se espantem com esse comentário, mas por ser um idoso com carência afetiva e imaturidade de dimensões quase cósmicas, eu passo recibo, não consigo deixar de comentar o que me incomoda, mesmo que o culpado seja eu mesmo.
 
Tenho tentado – e cada vez com mais dificuldade – encontrar assuntos que interessem ou divirtam meus “amigos virtuais”, mas está difícil (talvez em virtude de um cérebro em eventual processo de erosão). O reflexo dessa dificuldade pode aparecer na qualidade dos posts ou nos temas escolhidos. E um dos temas recorrentes é minha antipatia pelo Bozo (e também por seu bicho papão).
 
E talvez seja esse um dos motivos de três posts publicados nesta semana, na mesma semana dos esquecimentos relatados terem tido apenas UM acesso. Creio que a explicação para esses números desidratados pode estar no fato de que talvez a maioria do pessoal que já acessou o blog tenha chegado até aqui por identificação com meu amigo virtual Azarão (ou Marreta). E se ele é um provável eleitor do Bozo, eu sou tudo menos isso. E aí rola um conflito semi-ideológico tal como aconteceu comigo no Facebook. Cansado de ler as baboseiras publicadas por amigos bolsonaristas raiz, cancelei a “amizade de facebook” com os mais chatos.
 
Talvez seja isso que está acontecendo com os leitores do blog. Por discordar das críticas que sempre faço ao Bozo, talvez tenham ficado de saco cheio e decidido se afastar do blog.
 
Pode ser neurose minha? Claro que pode, pois me defini como uma pessoa imatura e carente emocionalmente. Por isso, este é o terceiro:
 

O Blogson continua (e continuará) vivo, mas cansadinho e com dificuldade para respirar, significando que só voltarei a publicar alguma coisa no blog se entender que é minimamente interessante. Enquanto não surgir nada que valha a pena, continuarei a republicar nos novos blogs criados os posts escolhidos e revisados do velho Blogson. Pelo menos lá apenas uma visualização já pode ser considerada lucro.

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FOLHA DE PAPEL

  De repente, sem aviso nenhum, nenhum indício, nenhum sinal, você se sente prensado, achatado, bidimensional como uma folha de papel. E aí....