Acontecimentos estranhos ocorridos comigo nesta
semana indicaram a necessidade de fazer alguns “avisos paroquiais” aos
desaparecidos leitores do blog. Por isso, vamos por partes.
Primeiro aviso: nesta semana tive três assustadores lapsos de
memória que me fizeram lembrar de uma frase do Ronald Reagan, ex-presidente dos
Estados Unidos. Ao anunciar que tinha sido diagnosticado com Alzheimer, disse
assim: “Agora
começa a jornada para o ocaso da minha vida...” Talvez eu esteja também iniciando minha jornada nessa
direção. E estes podem ser os sinais iniciais:
Primeiro branco: um de meus
cunhados ao me cumprimentar pelo Dia dos Pais perguntou se tinha tido um dia
feliz. Respondi que tinha sido ótimo, faltando apenas um dos pais das gêmeas, que
estava com a família em um congresso em... E não houve meio de lembrar a porra do nome da cidade! Completei a resposta dizendo “em
uma cidade de São Paulo cujo nome não estou lembrando”. A cidade era Campos do Jordão;
Segundo branco: resolvi coar
um café (como faço rotineiramente) na parte da tarde, por volta das 15h30. Por
volta das 19 horas resolvi voltar à cozinha (externa) onde o café foi coado.
Encontrei o fogo ainda aceso, apaga não apaga em função do baixo nível de
oxigênio do ambiente (hermeticamente fechado). Abri a porta e a janela e vazei
dali, pois depois de três horas e meia com o gás queimando o ar do lugar estava “estranhamente” desconfortável;
Terceiro branco: fui de
carro à padaria pela manhã (como sempre faço, para minimizar contato com eventuais
maloqueiros que ficam por perto para pedir algum dinheiro). Paguei a compra e fui
para o carro que, embora com o alarme devidamente ligado, estava totalmente
solto, sem freio de mão puxado. Minha sorte é ser plano o trecho da rua onde
estacionei, pois bastou que eu entrasse no carro para ele se mover suavemente. Esses
esquecimentos (que não contei para ninguém) me remetem ao segundo aviso.
O número de acessos do blog
caiu assustadoramente, talvez pela qualidade do que tem sido publicado,
qualidade que pode estar sendo afetada por uma mente que parece não estar
funcionando muito bem. Talvez os leitores se espantem com esse comentário, mas por
ser um idoso com carência afetiva e imaturidade de dimensões quase cósmicas, eu
passo recibo, não consigo deixar de comentar o que me incomoda, mesmo que o
culpado seja eu mesmo.
Tenho tentado – e cada vez
com mais dificuldade – encontrar assuntos que interessem ou divirtam meus “amigos
virtuais”, mas está difícil (talvez em virtude de um cérebro em eventual processo
de erosão). O reflexo dessa dificuldade pode aparecer na qualidade dos
posts ou nos temas escolhidos. E um dos temas recorrentes é minha antipatia
pelo Bozo (e também por seu bicho papão).
E talvez seja esse um dos
motivos de três posts publicados nesta semana, na mesma semana dos
esquecimentos relatados terem tido apenas UM acesso. Creio que a explicação
para esses números desidratados pode estar no fato de que talvez a maioria do
pessoal que já acessou o blog tenha chegado até aqui por identificação com meu
amigo virtual Azarão (ou Marreta). E se
ele é um provável eleitor do Bozo, eu sou tudo menos isso. E aí rola um
conflito semi-ideológico tal como aconteceu comigo no Facebook. Cansado de ler
as baboseiras publicadas por amigos bolsonaristas raiz, cancelei a “amizade de facebook” com os mais chatos.
Talvez seja isso que está
acontecendo com os leitores do blog. Por discordar das críticas que sempre faço
ao Bozo, talvez tenham ficado de saco cheio e decidido se afastar do blog.
Pode ser neurose minha? Claro
que pode, pois me defini como uma pessoa imatura e carente emocionalmente. Por
isso, este é o terceiro:
O Blogson continua (e continuará) vivo, mas
cansadinho e com dificuldade para respirar, significando que só voltarei a
publicar alguma coisa no blog se entender que é minimamente interessante.
Enquanto não surgir nada que valha a pena, continuarei a republicar nos novos
blogs criados os posts escolhidos e revisados do velho Blogson. Pelo menos lá
apenas uma visualização já pode ser considerada lucro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário