METAMORPHOSIS
Tenho um amigo e ex-concunhado que sempre teve pelo som dos Rolling Stones a mesma paixão que eu sentia pela música dos Beatles. Por isso, resolveu comprar novamente todos os discos que tinha perdido, emprestado ou danificado, o que não adiantou muito, pois logo estavam arranhados, danificados ou emprestados sem devolução. Não satisfeito em fazer isso com seus discos, o filho da puta fez a mesma coisa com três dos meus! Dois deles nunca mais eu vi e quando consegui resgatar o terceiro, a superfície do vinil parecia ter sido utilizada para dar polimento no piso da casa, de tantos arranhões. Pois bem, esse sujeito comprou em 1975 um disco meio estranho dos Stones (em minha opinião) lançado naquele ano, que continha gravações alternativas ou semi-descartadas pela banda.
Tenho um amigo e ex-concunhado que sempre teve pelo som dos Rolling Stones a mesma paixão que eu sentia pela música dos Beatles. Por isso, resolveu comprar novamente todos os discos que tinha perdido, emprestado ou danificado, o que não adiantou muito, pois logo estavam arranhados, danificados ou emprestados sem devolução. Não satisfeito em fazer isso com seus discos, o filho da puta fez a mesma coisa com três dos meus! Dois deles nunca mais eu vi e quando consegui resgatar o terceiro, a superfície do vinil parecia ter sido utilizada para dar polimento no piso da casa, de tantos arranhões. Pois bem, esse sujeito comprou em 1975 um disco meio estranho dos Stones (em minha opinião) lançado naquele ano, que continha gravações alternativas ou semi-descartadas pela banda.
Segundo uma crítica que
encontrei, o disco Metamorphosis
(esse é o título) “é ao mesmo tempo
interessante e embaraçoso, uma curiosidade e um ultraje. Suas 14 faixas
consistem em jams, outtakes, takes alternativos e versões primitivas de músicas
que os Rolling Stones posteriormente revisaram em números mais
polidos, todos gravados (aproximadamente) durante seus primeiros seis
anos. Mas não se pode chamar de álbum dos Rolling Stones”.
Deve ser
esse o motivo de ser tão desconhecido, pois como não me lembrava do nome do disco,custei a encontrar a imagem da capa. A curiosidade é que ela reune graficamente sos guitarristas Brian Jones (encontrado morto na piscina de sua casa) e seu substituto Mick Taylor. Olha ela aí.
Lembrei-me dessa história ao fazer uma
garimpada de textos iniciados e depois abandonados, seja pela repetição dos
temas ou pela minha preguiça em dar sequência ao assunto rançoso. Por ter o
hábito de usar o Blogson como uma espécie de arquivo ou biblioteca, resolvi
juntar três desses “textículos” e publicar aqui no blog. Afinal, leitores e
leitoras com insônia crônica merecem a chance de dormir um pouco sem ter de
usar remédios tarja preta, concordam?
CAMBAIO
"Fisicamente, eu te imaginava um senhor magrinho, de óculos, meio curvado. E você é, ou na foto pelo que percebi, alguém robusto, parece cheio de vida". Tomei este comentário como um elogio velado. Pois é...
“Quem vê cara não vê coração”, ensina o
ditado popular. No meu caso, o correto seria dizer "quem vê cara não
vê compleição". Porque, como muitos gostam de escrever nas redes
sociais, "isso é bem euzinho". Eu sei (acalme-se, Marreta,
cuidado com a pressão!) que isso ficou muito viado, mas foi só para destacar um
fato impossível de ser contestado: no zoom padrão 3 x 4 eu até que fico bem na
foto (ou na fita), eu até disfarço bem. O problema é quando a câmera vai se
afastando e me pegando de corpo inteiro. Aí é quase filme de terror (ou
comédia), pois a barriga (abdômen) está obscenamente grande. E as pernas,
coitado de mim, transformaram-se em parênteses. Lembrando o vocabulário de
minha mãe, hoje sou um sujeito cambeta. Ou cambaio.
BICICLO
Podem dizer que sou idiota, velho babão, bunda mole ou o que quiserem de mim, que eu não ligo. Afinal de contas, quem já foi chamado de sociopata por um colega não deve se preocupar com “elogios” mais leves. Porque, no duro, no duro (nem tanto assim, atualmente) o que sou mesmo é ciclotímico. E nem vou explicar o que isso significa. Se quiserem, podem me chamar de biciclotímico, pois sou geminiano e tenho dupla personalidade (piada!).
Isso explicaria a alternância de humor dos
textos publicados aqui no blog (pronto, expliquei o significado!). Um texto sem
noção antecede um depressivo que é seguido por outro idiota e assim, como uma
bicicleta desgovernada, o velho Blogson vai descendo a ladeira. Hoje, apesar de
ser sexta-feira (dia sem maior significado para um idoso recluso), estou com a cachorra, azedo, ácido, mais amargo que chá de boldo.
VIDA LOKA
Como já disse em outros posts, não tenho saudade de lugares ou acontecimentos da minha infância ou juventude, tenho saudade de mim. Não do que fui, mas do que poderia ter sido; não do que fiz, mas não deveria ter feito; não do que não fiz e deveria ter feito. Em outras palavras, tenho saudade de uma realidade alternativa que nunca ocorreu.
"Fisicamente, eu te imaginava um senhor magrinho, de óculos, meio curvado. E você é, ou na foto pelo que percebi, alguém robusto, parece cheio de vida". Tomei este comentário como um elogio velado. Pois é...
Podem dizer que sou idiota, velho babão, bunda mole ou o que quiserem de mim, que eu não ligo. Afinal de contas, quem já foi chamado de sociopata por um colega não deve se preocupar com “elogios” mais leves. Porque, no duro, no duro (nem tanto assim, atualmente) o que sou mesmo é ciclotímico. E nem vou explicar o que isso significa. Se quiserem, podem me chamar de biciclotímico, pois sou geminiano e tenho dupla personalidade (piada!).
Como já disse em outros posts, não tenho saudade de lugares ou acontecimentos da minha infância ou juventude, tenho saudade de mim. Não do que fui, mas do que poderia ter sido; não do que fiz, mas não deveria ter feito; não do que não fiz e deveria ter feito. Em outras palavras, tenho saudade de uma realidade alternativa que nunca ocorreu.
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