Eu estava tranquilo ("tranquilo", na escala jotabélica), “de boa”, sem pensar em
postar nada hoje, até ouvir no rádio a gravação ao vivo da música “Milagre dos Peixes”, de Milton
Nascimento. A música é tão linda e a gravação (feita em 1974) é tão... (não sei que palavra usar), que
não resisti. Eu precisava compartilhar essa experiência quase transcendental com
meus amigos virtuais e qualquer outra pessoa que tropece no blog.
E um dos motivos, além da beleza natural da
melodia, é a interpretação do Milton quando ainda possuía uma voz magnífica. Ou a “voz de Deus”, como definiu a Elis
Regina, ao dizer que “se Deus cantasse, Ele
cantaria com a voz do Milton Nascimento”. Talvez hoje Deus continue a cantar com a voz de Milton, mas só Ele consegue.
Não sei isso se acontece com todo mundo, mas
há músicas que conseguem me transportar para algum lugar fora do tempo, um
mundo onírico e ideal que me faz esquecer de Lulas, Bolsonaros, “Putinhos”, Ucrânias, Covids, miséria e dor. E Milagre dos Peixes é uma dessas músicas.
Para finalizar esta introdução, chamo a
atenção para o momento da gravação original onde ele estica a palavra “dor” por inacreditáveis treze ou quatorze segundos,
transformando-a na expressão máxima do sofrimento. Bonito demais!
Áudio do show original:
Vídeo de apresentação no Festival de Jazz de Montreal (com Wayne Shorter)
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