Esta gororoba complementa o que disse no penúltimo post (graças a uma farofa que entrou no meio dos dois, piorando ainda mais o que já era ruim). Outro dia me peguei pensando sobre extremismo
e genialidade. Como é possível que pessoas geniais tenham comportamentos
radicais? Pode parecer idiota estar falando sobre isso, mas percebi que
genialidade é um atributo, uma qualidade com que se nasce. Ninguém adquire
genialidade ou inteligência. Já os comportamentos e ideias extremadas, o
radicalismo, são traços comportamentais. Talvez você até possa nascer com um
temperamento de cão chupando manga, mas, no geral, provavelmente irá adquirir esse estilo a
partir de influências e experiências (mal) vividas.
E a conclusão a que cheguei é de que quando
alguém adquire visões, pensamentos e comportamentos radicais, extremados, isso
acaba se manifestando em todo tipo de atitudes e crenças que o “convertido”
passa a exibir. Parece ser isso que se observa hoje em dia no país.
Como os leitores mais constantes desta bagaça
sabem, sou um idoso meio infantilizado e sonhador, um sujeito meio desligado da
dura realidade do cotidiano, um cara que detesta, condena e se assusta com
extremismos e fundamentalismos de qualquer tipo, sejam eles políticos, religiosos ou comportamentais. Por isso, eu gosto de imaginar a Vida ideal como uma
curva de Gauss onde se pudessem desprezar os valores fora do desvio padrão; ou
uma escala cromática com cinquenta tons
de cinza e onde se desconsiderassem o branco e o preto das extremidades.
Justamente por isso, por essa visão
sonhadora, eu acabo me assustando ou me horrorizando com manifestações extremadas
e radicais, independente da forma como são apresentadas ou de onde surgiram (estou tentando botar para fora um sentimento cada vez mais cristalino para mim,
mas estou me embolando com as palavras e o assunto está mais seco que um prato
de farofa a ser comido ao sol do meio dia sem água para ajudar). Talvez seja hora de parar por aqui.
Mas, pensando em pessoas gentis que passaram a usar antolhos para não ver as burradas do atual governo, que o aplaudem de forma irrestrita, eu queria fazer algumas perguntas. Por exemplo, eu queria entender por que a Extrema Direita condena, abomina ou duvida da eficácia da vacinação contra a Covid. Por qual obscuro motivo tem tanta facilidade em acreditar nas notícias mais estapafúrdias, nos boatos mais delirantes, nas fake news mais maldosas, danosas e cheias de má fé?
Em outras palavras, usarei o Bolsonaro para ilustrar o que estou tentando dizer. Nosso presidente bobalhão é indiscutivelmente de extrema extrema direita. De acordo com minha linha de raciocínio, todas as suas atitudes, decisões, falas e comportamentos refletirão essa característica.
Mas que estranha sintonia essa, que associa crenças político-ideológicas com comportamentos negacionistas, fazendo com que um idiota influencie e se alimente do grupo que apoia suas ideias radicais e destrambelhadas? Acho que nunca vou entender esse nível de paralelismo!
É isso que eu quero saber, era isso o que eu queria dizer, mas, por crescente limitação intelectual provocada talvez por uma demência insipiente, estou cada vez mais escrevendo pior, com estilo cada vez mais tosco, com dificuldade de raciocínio e de encontrar a palavra certa. Mesmo assim, ficam estas perguntas:
Por que os adoradores da visão ideológica do mito farofeiro e de sua gangue adotam, defendem ou justificam seu comportamento equivocado em outras áreas que nada tem a ver com política?
Por que há tanto delírio radical entre os extremistas que aplaudem e seguem um presidente que sempre exibe comportamentos que sugerem a existência de problemas psiquiátricos? Era isso que eu queria saber, só isso.
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