Acredito não estar errado em pensar que a maioria absoluta da
população do mundo é estúpida, ignorante, boçal ou sem cultura. E eu pertenço a
esse grupo! Por isso, conheço minhas limitações e defeitos. O que me diferencia
de meus pares é que não ligo nem me importo de reconhecer e aceitar toda a minha ignorância e
falta de cultura.
Mas alguns parecem não perceber a pequenez de sua relevância ou a dimensão cósmica de seu despreparo e boçalidade. Por isso, resolvi fazer neste post um texto muito ridículo, com humor de quinta (série). Foi essa a minha intenção (para dizer a verdade, não ficou muito diferente de todos os já publicados). Apenas forcei um pouco a barra para deixá-lo à altura de um boçal que "cuida" da cultura do país. Olhaí:
Mas alguns parecem não perceber a pequenez de sua relevância ou a dimensão cósmica de seu despreparo e boçalidade. Por isso, resolvi fazer neste post um texto muito ridículo, com humor de quinta (série). Foi essa a minha intenção (para dizer a verdade, não ficou muito diferente de todos os já publicados). Apenas forcei um pouco a barra para deixá-lo à altura de um boçal que "cuida" da cultura do país. Olhaí:
Nossa língua é dinâmica (não estou me referindo ao órgão que às vezes sai da boca para algumas atividades pouco convencionais, OK?). Diria mesmo que não só dinâmica, mas sempre em evolução, tal a quantidade de novos vocábulos que não param de surgir. E uma das formas para isso acontecer é a alteração da grafia ou da sonoridade de palavras existentes.
- “Devolver o quê, garoto? Eu tô trabalhando. Eu fui numa comitiva oficial. Custos têm que ser cobridos”.
“Cobridos”... Perceberam a criatividade do novo vocábulo? Ele pode ter sido um ator inexpressivo, mas como secretário de cultura é genial, geni-all!
Tão genial que eu não resisti à tentação de
empregar seu neologismo de imediato. E a melhor forma que encontrei foi escrever um texto ficcional. Mas
deixo antes minha opinião: Tudo bem, secretário, tá de boa, não precisa devolver o
dinheiro. Bem ou mal, foi gasto. Mas como tenho personalidade infantil, imatura e alguns traços de retardamento mental, fiquei tão empolgado com as
possibilidades de experimentação surgidas com o neologismo, que resolvi adaptar algumas palavras
e nomes próprios a essa sonoridade. Ficou mar-avi-lhos-o. Olhaí.
Robrido
e Gilbrido eram gêmeos univitelinos e deixavam boquiabrido quem os via pela
primeira vez, tal a semelhança. Um dia foram descobridos por um programa
popularesco da TV abrida.
Em busca de audiência, os produtores do
programa "mondo cane" os jogavam nas
maiores roubadas. Como no dia em que o céu estava encobrido de nuvens cinzentas
de chuva e foram obrigados a nadar em mar abrido. Mesmo diante da turbulência
das ondas e do frio, encararam o desafio com determinação e de peito abrido.
Por não estar acostumados com a porta da fama
repentinamente entreabrida para eles, começaram a gastar o que não podiam nem
deviam, deixando muitos cheques a descobrido, sem saldo.
Foram demitidos quando foi tornado público
que os dois mantinham um relacionamento abrido com a esposa do diretor do programa.
A partir daí, envolveram-se com drogas e chegaram até a dormir na rua, a céu abrido, cobridos apenas por um cobridor fino.
Hoje, redescobridos depois de se converter,
aparecem novamente na televisão, onde dão seu testemunho em programas de telepastores, quando dizem em uníssono:
“eu sou um homem librido”. Mas se realmente estão livres das drogas só o tempo
dirá, esse é um assunto ainda em abrido.
Que tal, secretário? Ficou bom o texto?
Disse tudo! "Jênio" foi "jenial".
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