O
espelho da sala me olha assustado
Carrancudo
é o reflexo na janela
O
espelho do banheiro manda um recado
É
melhor comportar-me como se espera
De
um senhor que tem a minha idade
Minha
mente nem se toca e pondera
Que
desdenha de normas tão austeras
Que
circunspecta senioridade
Exibir
é a mais vã das vaidades
É
tentar ser o que não se é
E
que é inútil ocultar o que se é
Isso
sim, um gasto de energia pueril
Pois não há mal em fingir-se infantil.
Pois não há mal em fingir-se infantil.
Belíssima, da primeira letra do título ao ponto final. Especialmente na parte do jogo com o verbo ser.
ResponderExcluirObrigado, meu caro. Lembra-se de quando eu falei que você gostaria de uns três posts dos 24 já programados? Esse era um deles. Vindo de quem manda super bem nesse mistério que é a versificação, é um puta elogio.
Excluirbelo ritmo
ResponderExcluirObrigado, Scant.
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