quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O NATAL SE APROXIMA

Quando eu era criança, não havia ainda essa febre, essa paranoia coletiva de comprar zilhões de presentes. Imagino que essa loucura foi aumentando à medida que o significado cristão desse dia foi sendo obscurecido pelas campanhas publicitárias cada vez mais feéricas e eficientes. Penso que a coisa desandou de vez com o advento dos shopping centers.

Mas, voltando ao tempo em que ainda acreditava no Papai Noel (põe tempo nisso!), eu achava um pouco estranho ver que os poucos presentes que eu e meu irmão ganhávamos eram infinitamente diferentes e mais modestos do que aqueles que nossos primos ricos ganhavam. Essa estranheza, para o bem e para o mal, durou pouco, é claro. Aí, o que sobrou foi a dura realidade. 

Talvez por isso, não sei, acho esse negócio de comprar presentes um porre (ao contrário de minha mulher, que ama presentear todo mundo e faz até estoque para o caso de aparecer alguém não lembrado). Para mim, o Natal continua a ser principalmente uma data ideal para confraternizar com as pessoas que têm importância em nossas vidas. Mas a verdade é que o "espírito do Natal" mexe um pouco com as pessoas, sejam elas cristãs ou não.

Uma coisa é certa: quando chega dezembro, eu sempre penso que minha Amada e nossos filhos são como presentes de Natal, os melhores presentes que ganhei em toda a minha vida. E sempre agradeço a Deus por tê-los recebido (mesmo sem ter feito nada para os merecer). 

Não sei mais o que dizer (e talvez nem precise dizer mais nada), exceto repetir mais uma vez (e mais e mais e mais e mais) que eu amo a todos e a cada um deles profundamente, definitivamente.


3 comentários:

  1. Excelente texto. Sinto o mesmo pela minha família. Já quanto aos presentes, nós discordamos. Adoro dar e receber presentes (sou humano também, ora essa), mas não os considero mais importantes que a confraternização. Quanto ao Papai Noel, vou deixá-lo em estado de choque. Quando, nessa época, encontro alguma coisa que sempre quis ter ou presentear alguém e que os vendedores diziam estar esgotada, gosto de pensar que foi o Papai Noel que me ajudou a encontrá-la. Agora você pode ter certeza de que não é o único "excêntrico" no mundo.

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    1. É, Lord, parece-me que você se identifica com algumas coisas que escrevo. Só falta agora você falar que é tão velho quanto eu...
      (obrigado pelos comentários).

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  2. Caro Lord Wilmore,
    Eu tenho estranho hábito de tentar fazer graça me auto-depreciando.O problema é que às vezes essa tentativa resvala em outras pessoas. Aí, a graça some e fica só uma grosseria. Peço sinceras desculpas se o ofendi com meu comentário anterior. Blogson.

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