segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

À ESPERA DO ASSALTANTE

Por conta da violência de hoje, os especialistas em segurança dizem que não se deve permanecer dentro de um carro parado em uma rua qualquer. Pode chegar um assaltante dizendo – “Perdeu! Perdeu!” (frase que já se tornou clássica), e levar seu carro e até sua vida, dependendo do stress de ambos os lados. Isso, lógico, não é brincadeira nem tem graça nenhuma.

Ainda assim, às vezes eu vacilo e fico lendo dentro do carro, enquanto meu Amor faz alguma compra rápida que não justifique parar dentro de estacionamento. Ultimamente, tenho até cochilado (sabe como é, né? Idade, essas coisas...).

Pois bem, em uma época onde esse risco de ser assaltado era menor ou porque eu simplesmente o ignorava, às vezes, na falta de algum livro ou jornal, começava a rabiscar algum pedaço de papel, ao perceber que a espera seria um pouco maior que o normal.

Um dia, tive uma ideia que resultou em dois rabiscos bacaninhas (apesar de bastante toscos), feitos com caneta esferográfica, em datas e ruas diferentes. Resolvi tentar desenhar o que estava vendo à minha frente, sem mexer a cabeça, só os olhos. Essa imobilidade da cabeça provocou um desenho meio distorcido, causando um efeito legal (aliás, eu usei o mesmo processo para desenhar minha sala de trabalho. Só não me lembro quem veio primeiro, bem no estilo o ovo ou a galinha).

Uma das vezes eu estava sentado no banco do motorista; na outra, estava no banco do passageiro. O carro, creio, era Brasília (põe tempo nisso!) ou Gol. Minha Amada guardou  os dois desenhos. Assim, quando os revi, resolvi escaneá-los (memória digitalizada!). O resultado é esse:



2 comentários:

  1. Desenhos muito bons! Se você achou eles meio toscos, é porque você nunca viu os meus. Eu nunca ia conseguir fazer uma coisa assim. O efeito da imobilidade da cabeça deixou o desenho bem legal.
    Aí está uma das vantagens da tecnologia. Parece que você é igual eu, meio contrário a modernidades, mas essa ferramenta de escanear é inegavelmente fantástica. Já descobri várias revistas antigas que eu tinha (e que julgava perdidas) na internet, escaneadas. Como disse antes, aí está uma boa tecnologia.

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  2. Meu caro Lord,
    Obrigado pelos comentários. Mas é isso mesmo. Eu sou do tempo do lápis, borracha e papel. E tesoura, claro (para edição de imagens). A poluição que existe em minha mente eu (às vezes) gosto de transpor para o desenho. Como nunca fiz curso disso, o máximo que eu consigo ´são esses rabiscos. Por isso o nome da seção ("Eu não sei desenhar") onde estou agrupando os rabiscos recentes e resgatados. Amanhã sairá mais um, bem ao estilo "sem noção".
    Valeu.

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