Já aviso que tenho o maior respeito por aqueles que
acreditam em espiritismo. Especialmente alguns amigos que são excepcionalmente do Bem. Normalmente são pessoas devotadas a ações
sociais ou à elevação espiritual.
O problema é que não acredito em espíritos. Sempre
dizia (nem digo mais, cansei) que se esse lance de reencarnação fosse verdadeiro, o
mundo e a Vida seriam muito mais emocionantes; só que, repito, infelizmente não acredito nisso!
Mas há picaretagens tão inequívocas que
chegam a ser cômicas. Uma delas aconteceu assim: meu irmão sempre foi chegado a um esoterismo; por isso,
um dia me convidou para ir com ele a uma reunião espírita na casa de um professor de quem tinha sido aluno na faculdade (não era qualquer zé mané!). Na época, eu
e minha Amada não éramos ainda casados. E lá fomos nós.
O bairro era classe média alta, a casa era boa e tal. Fomos apresentados ao médium, uma figura muito simpática e meiga (meio gay) e conduzidos a uma sala pouco iluminada, onde estavam mais alguns gatos-pingados. Dentre eles, a mãe do médium e meu irmão, com a namorada. Ai a coisa começou.
O professor começou a aspirar o ar pela boca, de forma ruidosa e prolongada, como se tivesse acabado de ser salvo de uma asfixia ou estivesse com o nariz entupido. O silêncio se fez por alguns minutos (o suficiente para dar no saco) e o “espírito” se manifestou, falando um monte de abobrinhas. Fomos embora com aquela sensação de quem pisou sem querer em cocô de cachorro (– “que merda!”).
O bairro era classe média alta, a casa era boa e tal. Fomos apresentados ao médium, uma figura muito simpática e meiga (meio gay) e conduzidos a uma sala pouco iluminada, onde estavam mais alguns gatos-pingados. Dentre eles, a mãe do médium e meu irmão, com a namorada. Ai a coisa começou.
O professor começou a aspirar o ar pela boca, de forma ruidosa e prolongada, como se tivesse acabado de ser salvo de uma asfixia ou estivesse com o nariz entupido. O silêncio se fez por alguns minutos (o suficiente para dar no saco) e o “espírito” se manifestou, falando um monte de abobrinhas. Fomos embora com aquela sensação de quem pisou sem querer em cocô de cachorro (– “que merda!”).
Na semana seguinte, no mesmo dia, na mesma
bat-hora, rolaria outra sessão. Disse ao meu irmão que não iríamos e fim. Depois, fiquei sabendo que o “espírito” perguntara por mim e disse que precisava muito falar
comigo. Fazer o que, né? Voltamos lá outra vez. Só que o professor não estava
presente, pois precisara viajar. Quem recebeu o “espírito” foi sua mãe. E eu lá,
esperando a tal mensagem, que nunca foi dita. Nunca mais voltamos. Mas imagino que
se o alegre professor estivesse lá, a tal mensagem seria sussurrada assim no meu
ouvido – “eu necessito!”
Ah, bichona!
Ah, bichona!
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