Mesmo fazendo parte de apenas uma rede social (Facebook), recebo ou vejo tantas mensagens "edificantes" que me pergunto o que aconteceria se fizesse parte de outras. Também acesso o whatsapp, mas não faço parte de nenhum grupo. Por isso, só recebo mensagens de parentes extremamente próximos.
- Este texto foi mesmo escrito por Baruch Spinoza?
Não, esse texto não foi escrito por Baruch Spinoza. Embora tenha sido amplamente compartilhado na internet como "Deus segundo Spinoza" ou "Deus falando com você", ele é uma interpretação moderna e livre inspirada em algumas ideias atribuídas ao filósofo. Não há registros históricos ou acadêmicos que indiquem que Spinoza tenha escrito essas palavras.
Spinoza, filósofo do século XVII, apresentou uma visão de Deus muito distinta das tradições religiosas da época. Em sua obra principal, Ética, ele descreve Deus não como um ser antropomórfico ou pessoal, mas como a substância única que constitui tudo o que existe — a natureza em si. Essa visão, conhecida como panteísmo, influenciou a maneira como muitas pessoas veem a relação entre Deus, a natureza e a humanidade.
A negação de um Deus punitivo e antropomórfico.
A valorização da experiência direta com a natureza.
A ideia de que Deus está presente em tudo e em todos.
Estilo: Spinoza escrevia de forma rigorosa, em linguagem filosófica e sistemática, sem o tom coloquial ou emocional que o texto apresenta.
O texto parece ser uma criação moderna inspirada nos ideais do panteísmo e em uma visão espiritual menos institucionalizada, mas sem relação direta com os escritos de Spinoza.
Estas palavras são de Baruch Spinoza, filósofo holandês que viveu em pleno sèc. XVII. Este texto foi chamado de "Deus segundo Spinoza" ou "Deus Falando com você".
O que eu quero que faças é que saias pelo mundo, desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Para de ir a estes templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nas praias. Aí é onde eu vivo e expresso o meu amor por ti.
Para de me culpar pela tua vida miserável; eu nunca te disse que eras um pecador.
Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo.
Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos de teu filhinho... não me encontrarás em nenhum livro...
Para de tanto ter medo de mim.
Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem me incomodo, nem te castigo.
Eu sou puro amor.
Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar.
Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te castigar por seres como és, se sou Eu quem te fez?
Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos os meus filhos que não se comportam bem pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita o teu próximo e não faças aos outros o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida; que teu estado de alerta seja o teu guia. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Para de crer em mim... crer é supor, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho de mar.
Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim.
Não me procures fora! Não me acharás.
Procura-me dentro... aí é que estou, dentro de ti."
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Einstein, quando perguntado se acreditava em Deus, respondeu: - " Acredito no Deus de Spinoza que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa em premiar ou castigar os homens".
De fato, esse texto rola pelas redes há anos. A primeira vez que o li já desconfiei que Espinoza não o tivesse escrito, apesar de que, como nos ensinou a IA, haja ressonâncias de algumas ideias suas no texto. Mas também acho o conteúdo interessante.
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