Eu estava em plena adolescência quando minha tia comprou uma porrada de livros de literatura brasileira publicados pela Editora Saraiva, provavelmente de autores do século 19. Era uma coleção simplesinha, impressa em papel de má qualidade, formato brochura, capas flexíveis com ilustrações coloridas. Passou um tempo, mandou encadernar tudo com capa dura (para enfeitar a estante do seu quarto, provavelmente). Não sei quantos comprou e imagino ter lido todos ou quase todos, mas de dois livros eu me lembro bem: os dois volumes d’O Guarani (que achei uma merda) e A Luneta Mágica, cuja história me atraiu pela sátira sobre as trapalhadas que visões radicais provocam e pela necessidade de abandoná-las em favor do bom senso e da moderação
terça-feira, 17 de dezembro de 2024
A LUNETA DO BOM SENSO
Eu estava em plena adolescência quando minha tia comprou uma porrada de livros de literatura brasileira publicados pela Editora Saraiva, provavelmente de autores do século 19. Era uma coleção simplesinha, impressa em papel de má qualidade, formato brochura, capas flexíveis com ilustrações coloridas. Passou um tempo, mandou encadernar tudo com capa dura (para enfeitar a estante do seu quarto, provavelmente). Não sei quantos comprou e imagino ter lido todos ou quase todos, mas de dois livros eu me lembro bem: os dois volumes d’O Guarani (que achei uma merda) e A Luneta Mágica, cuja história me atraiu pela sátira sobre as trapalhadas que visões radicais provocam e pela necessidade de abandoná-las em favor do bom senso e da moderação
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Imagina se todo mundo tivesse uma luneta dessas...seria o caos relacional. Eu não tiro o direito de ninguém ter opiniões fortes sobre o que quiser e o que acreditar. O problema começa quando se tem a certeza plena que sua visão de mundo é a única possível, a única certa. Aí o bom senso já foi pro ralo.
ResponderExcluirconcordo integralmente com o direito de alguém pensar o que quiser. A mente deve ser livre, sem amarras. "O problema começa quando se tem a certeza plena que sua visão de mundo é a única possível, a única certa". Há muito tempo eu criei um jogo de palavras idiota com a sigla "SIDA" usada em Portugal para designar a AIDS (que ninguém quis traduzir no Brasil). Para mim SIDA seria SÍndrome da Divindade Adquirida", cujos portadores acreditam que o mundo esteja segundo sua imagem e semelhança. Os radicais, portanto.
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