sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

BLACK MONDAY


Agora é oficial! Remexendo papeis antigos, minha mulher encontrou e me entregou uma folha do INSS, perguntando se tinha interesse em guardá-la. Para ser sincero, não tenho, mas vou guardá-la assim mesmo, pois é a “memória de cálculo” do valor inicial de minha aposentadoria pelo INSS.
 
Mas o que realmente importou para mim foi (re)descobrir que nesse documento consta a expectativa de vida utilizada no cálculo, a minha expectativa de vida, de acordo com um órgão público sério e circunspecto.
 
Segundo o INSS, era de 23 anos minha expectativa de vida na data em que o benefício da aposentadoria foi concedido. 23,8 anos, para ser exato. Agora é só fazer conta. Eu fui considerado digno de receber uma régia aposentadoria por tempo de contribuição (após longos, longuíssimos 33 anos, 1 mês e 10 dias) no dia 30/04/2007, quando tinha inocentes 53 aninhos.
 
Feitas as devidas contas, a minha extinção acontecerá em uma segunda-feira, mais precisamente no dia 10/02/2031, quando terei 80 anos, 8 meses e 28 dias. Portanto, se alguém quiser tirar uma casquinha (heterossexual, naturalmente), aproveite, pois esta oferta é por tempo limitado. E é só casquinha mesmo, porque o tronco já foi levado para a serraria há muito tempo. Corre!

10 comentários:

  1. Melhor você guardar esse documento, pois nunca se sabe se um dia precisará. Com INSS não se brinca. Você pode estar jogando fora algo que um dia pode ser a diferença sobre algum trâmite burocrático.

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  2. E como será que fazem esse cálculo, essa estimativa de vida pós-labuta?
    Concordo com o Fabiano, guarde. Do jeito que o Seboso anda cortando benefícios de quem realmente os merece ou fez por merecer, para enfiar tudo no próprio bolso e nos bolsos dos nossos "artistas", nunca se sabe o que ainda poderá acontecer.
    Guarde.

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  3. Ah! E até 2031 ainda dá pra você publicar mais uns 20 livros.

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    1. Sem chance! Só se eu virar editor. Mas não, obrigado.

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  4. Jotabê,
    Fabiano tem razão: guarda esse papel
    e até mesmo digitaliza.
    Tenho o costume de guardar
    documentos e papeis e arquivos
    referentes a minha vida e a da
    minha família. Nunca se sabe
    realmente o amanhã.
    Meu filho + velho era casado
    com uma Moça que jogava todo
    papel fora. Num desses dia eu estava lá,
    moramos separados por bairro, e vendo
    argumentei porque jogar fora,
    ela disse que era tralha. Pedi pra trazer
    pra minha casa pra triar. Ela resmungou um
    :pra quê. Eu ignorei e de posso da autorização,
    trouxe pra casa, triei e guardei. Uns 12 anos
    se passaram, e ela resolveu que casamento acabara,
    pediu separação. Beleza? Só que não. Passado
    o susto da separação, hora de arrumar a papelada
    pro divorcio. Ela liga pro meu marido desesperada
    que não achava as certidões: de casamente e de
    nascimento das 2 filhas. Onde estava? Exatamente
    na caixa que ela ia jogando fora. Pois é...
    Obs: Obrigado por ter ido
    conferir se o Espelhando estava
    normalizado. Na verdade não está,
    pq fiz bobagem mexendo erradamente nas
    configurações sem tempo para testar.
    Essa época os compromissos com encerramentos
    de turmas e, cursos me enrola.
    Mas peço compreensão, pois ainda vai demorar
    pra eu arrumar novamente. Mas vou arrumar,
    O Edu me ajudou com uma valiosa observação.
    E assim vamos seguindo.
    Abraço em Você e na sua Família.
    CatiahôAlc.

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    1. A Cátia tem toda razão. Eu mesmo sofri pra correr atrás de documentario que um dia achei que não precisaria mais, daí veio a vida e esfregou na minha cara. Guarde isso e digitalize puder, e guarde o arquivo.

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