terça-feira, 26 de novembro de 2019

É, DARWIN, A COISA ESTÁ FEIA!


Imagino que muitas pessoas viciadas em drogas talvez maldigam ter-se tornado dependentes. Mesmo assim, continuam usuárias. Eu me alegro por não beber (parei em 2014), não fumar (parei em 1980) nem cheirar, pois, se tivesse encontrado prazer nesses vícios,  certamente eu estaria no fundo do poço. E digo isso por ser mega ansioso e ter comportamento obsessivo-compulsivo. Mas nem tudo é perfeito, pois fui apresentado às redes sociais. Melhor dizendo, aplicaram-me o Facebook e eu me viciei. O resultado é que embora odeie a maioria das coisas postadas por meus "amigos" no brinquedinho do Zuckerberg, não consigo deixar de comentar, criticar ou ironizar as bobagens e sandices publicadas. Nem cancelar ou excluir meu perfil.

Em post recente, comentei ter parado de "seguir" muitos de meus 147 "amigos de facebook". Isso teve um efeito benéfico na minha ira quase permanente. Mas hoje resolvi radicalizar mais um pouco: fiz novo levantamento para saber quantos desses amigos são efetivamente relevantes para mim. E a contagem apontou um grupo de não mais que 30 pessoas. Pensem bem, se eu excluísse ou fosse excluído por 117 "amigos", isso não mudaria minha vida em nada. E não deixa de ser engraçado notar que silenciei alguns desses 30.

Mesmo assim, continuo a me enfurecer ou me decepcionar diariamente. Para isso, basta visualizar o que os silenciados estão postando.E tudo continua igual: o pessoal de esquerda a execrar o Messias e a venerar seu deus de nove dedos. E vice-versa! Recentemente fui a uma festinha de aniversário e tive a oportunidade de ouvir um inflamado petista dizer que não tem problema se o "presidente Lula" for culpado, mas "quer ver os recibos" da corrupção. Só faltou pedir firma reconhecida! 

Já os bolsonaristas são especialistas em chamar a Globo de "Globolixo" (provavelmente preferem as "sessões de cura" dos telepastores) e em construir frases do tipo "Essas noticias que poderiam estar circulando, e ser matéria de capa em todos os jornais não estão e sabemos o motivo", como se qualquer irrelevância merecesse ser estampada na primeira página de jornal ou em capa de revistas. Enfim, há uma disputa permanente para ver quem é mais risível, idiota e radical.

Mas dureza mesmo são as "notícias" publicadas sabe lá Deus onde. O ponto em comum é o fato de não serem divulgadas na grande mídia. Creio que o melhor veneno que as pessoas engolem sem pestanejar não chega pela TV, mas pelas redes sociais. Eu fico pasmo e horrorizado com o nível de crendice exibido no Facebook. Basta um layout bem transado, uma cara de notícia séria e pimba!, alguém foi fisgado. Isso me faz admirar a trajetória da humanidade até aqui. Pensem bem, se a seleção natural foi lapidando a espécie humana durante 300.000 anos e se somos hoje o resultado que as redes sociais exibem, fico assustado ao pensar no que foi descartado pelo caminho!

4 comentários:

  1. a realidade nacional é bem medíocre e cheia de analfabetos funcionais
    o fanatismo religioso dominou muitos idiotas
    o jeito é ignorar ao máximo esse pessoal e seguir em frente

    abs!

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    1. Pois é, meu caro Scant, o defeito é que os idiotas estão sentindo-se seguros e à vontade para sair da "toca" e exibir seus preconceitos e fundamentalismo.

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    2. "sentindo-se seguros e à vontade para sair da "toca" e exibir seus preconceitos e fundamentalismo." - é a segurança que andar em manada trás

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    3. "Manada" é a definição correta!

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