quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

FOGO AMIGO



Tenho certeza que 87% dos leitores desta bagaça sabem o que é “fogo amigo”. Porque 87%? Isto é fácil: corresponde a 2 (dois) dos 2,3 leitores do Blogson. Pensando na possibilidade de os 13% restantes (0,3 leitores) não saberem do que se trata, farei uma explicação breve. Quem não gostar dessa explicação que vá procurar na internet, que eu tenho mais o que fazer, pois o blog não é nem nunca foi uma Khan Academy. Que foi? Também não sabe de que se trata? Internet, por favor.

Voltando ao “fogo amigo”, esta expressão é uma metáfora da ajuda desastrada ou de má fé que alguém resolve prestar a um amigo. A origem verdadeira seria decorrente de situações reais de combates, onde soldados são alvejados ou bombardeados por engano, ao ser confundidos com tropas inimigas. Pronto, acabei dando uma dica da origem da expressão!

Mas é a metáfora que me interessa. E digo isso pelos acontecimentos recentes envolvendo filhos do presidente e de seu vice. Refiro-me aos episódios pouco edificantes envolvendo um ex-assessor de um dos filhos do Bolsonaro e da indicação do filho do Mourão para “assessor especial da presidência do Banco do Brasil” (com direito a salário estratosférico).

Pode parecer má vontade de minha parte, mas deixo claro que mesmo não sendo um eleitor do “Mito” (votei no Meirelles), torço sinceramente para que seu governo coloque novamente o país nos trilhos do desenvolvimento e progresso, descarrilado que foi no (des)governo Dilma.

E por torcer pelo seu sucesso é que fico lamentando esses dois episódios de “fogo amigo”, ou melhor, de “fogo filial”. Só atrapalha que um dos “filhões” fique com cara de paisagem e não se empenhe em ver esclarecido um episódio obscuro de muita grana depositada na conta de seu ex-assessor. Também pega mal um filho do vice aceitar uma nomeação tão, tão digamos, “polêmica”. Esse tipo de coisa é munição para quem odeia o novo goverrno, pois acaba criando a sensação de se estar diante de “mais do mesmo”, de dèja vu com novas cores. Para não concluir com o clichê sobre a mulher de Cesar, termino esta gororoba com uma frase dita pelo apóstolo (São) Paulo:

“Tudo posso, mas nem tudo me convém”

2 comentários:

  1. Rapaz, fogo amigo, para mim, é o da cerveja!

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    1. Você é um sujeito de sorte, pois, para mim, sempre foi inimigo ou indiferente. Dureza era o ressacão do dia seguinte.

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MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4