Gostei da reação recente do senador Aloysio
Nunes Ferreira (PSDB-SP) ao sentir-se ofendido pelo colega Lindbergh Farias
(PT-RJ). O tucano foi curto e grosso:
- “Fascista é a puta que pariu!”
Acredito que teria a mesma reação se alguém
me acusasse de fascista ou de direita e reagiria da mesma forma se alguém me
insultasse chamando-me de comunista e, até mesmo, de socialista. Não sou, nunca
fui nem me identifico com essa gente. O PT pode até declarar-se apenas
socialista, não estou nem aí. Mas a simples visão do Lula e do Rui Falcão
causa-me ânsia de vômito.
Sinceramente, abomino os extremos ideológicos
e acredito que os “cinquenta tons de cinza” existentes entre eles são
muito mais sensatos, pertinentes e adequados a qualquer país, a qualquer pessoa. Minha opinião,
lógico.
Mas percebo que grande parte da população
brasileira está pouco se lixando para sutilezas ideológicas, pois o que todo
mundo quer e precisa é de condições decentes de vida, não importando se é o
partido X ou Y que está no poder. Imagino mesmo que esse comportamento pode ser
mais frequente nas classes menos favorecidas, ou, para ser mais claro, entre os
mais pobres.
Pensando nisso, cheguei à conclusão que eles
é que estão certos. E como sou também um pobretão (principalmente de espírito),
resolvi juntar-me à manada. A partir de agora, mesmo que seja adepto do
capitalismo e eleitor do PSDB, estou vendendo meu apoio, meu voto e minha
consciência a qualquer partido político que aceite pagar uma grana justa. Só exijo pagamento à vista, nada de promessas.
E a paga que exijo é essa: que meus chegados, meus manos, meus brothers (o povo brasileiro, entendeu?) recebam
as seguintes "bolsas":
- Níveis de corrupção iguais ao da
Dinamarca;
- Qualidade da educação igual às do
Canadá e Singapura;
- Níveis de violência iguais aos da
Islândia;
- Liberdade de expressão igual à
existente na Finlândia;
- Renda per capita igual à de
Luxemburgo;
- Índice de crescimento da economia
igual ao da China;
- IDH igual ao da Noruega;
- Democracia igual à da Noruega (que
merda, esse país de novo!);
- Qualidade da saúde pública igual à
de Singapura (de novo?) e Japão.
Talvez alguém se
surpreenda com essa minha lista de desejos, mas é como disse meu ídolo Jorge Lemann:
- "Pensar pequeno e pensar grande
dá o mesmo trabalho".
Por isso, informo
a todos os partidos que estou à venda. Mas já aviso que não adianta insistir: pagamento com ministério, nem pensar. Nem mesmo de igreja evangélica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário