terça-feira, 19 de abril de 2016

ESTOU À VENDA

Gostei da reação recente do senador  Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) ao sentir-se ofendido pelo colega Lindbergh Farias (PT-RJ). O tucano foi curto e grosso:
- “Fascista é a puta que pariu!”

Acredito que teria a mesma reação se alguém me acusasse de fascista ou de direita e reagiria da mesma forma se alguém me insultasse chamando-me de comunista e, até mesmo, de socialista. Não sou, nunca fui nem me identifico com essa gente. O PT pode até declarar-se apenas socialista, não estou nem aí. Mas a simples visão do Lula e do Rui Falcão causa-me ânsia de vômito.

Sinceramente, abomino os extremos ideológicos e acredito que os “cinquenta tons de cinza” existentes entre eles são muito mais sensatos, pertinentes e adequados a qualquer país, a qualquer pessoa. Minha opinião, lógico.

Mas percebo que grande parte da população brasileira está pouco se lixando para sutilezas ideológicas, pois o que todo mundo quer e precisa é de condições decentes de vida, não importando se é o partido X ou Y que está no poder. Imagino mesmo que esse comportamento pode ser mais frequente nas classes menos favorecidas, ou, para ser mais claro, entre os mais pobres.

Pensando nisso, cheguei à conclusão que eles é que estão certos. E como sou também um pobretão (principalmente de espírito), resolvi juntar-me à manada. A partir de agora, mesmo que seja adepto do capitalismo e eleitor do PSDB, estou vendendo meu apoio, meu voto e minha consciência a qualquer partido político que aceite pagar uma grana justa. Só exijo pagamento à vista, nada de promessas.

E a paga que exijo é essa: que meus chegados, meus manos, meus brothers (o povo brasileiro, entendeu?) recebam as seguintes "bolsas":

- Níveis de corrupção iguais ao da Dinamarca;
- Qualidade da educação igual às do Canadá e Singapura;
- Níveis de violência iguais aos da Islândia;
- Liberdade de expressão igual à existente na Finlândia;
- Renda per capita igual à de Luxemburgo;
- Índice de crescimento da economia igual ao da China;
- IDH igual ao da Noruega;
- Democracia igual à da Noruega (que merda, esse país de novo!);
- Qualidade da saúde pública igual à de Singapura (de novo?) e Japão.

Talvez alguém se surpreenda com essa minha lista de desejos, mas é como disse meu ídolo Jorge Lemann:
- "Pensar pequeno e pensar grande dá o mesmo trabalho".

Por isso, informo a todos os partidos que estou à venda. Mas já aviso que não adianta insistir: pagamento com ministério, nem pensar. Nem mesmo de igreja evangélica.


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