domingo, 16 de março de 2025

AVISO AOS NAVEGANTES - A MARRETA DO AZARÃO

 
O primeiro navegante a embarcar na canoa furada que é o Blogson, atende pela alcunha de Azarão e é o titular plenipotenciário do blog A Marreta do Azarão. Por evitar a todo custo cruzar com um gato preto (eu sou hetero, pô!), ou passar debaixo de uma escada (risco aumentado se no alto dela estiver um pintor com uma lata de tinta), nunca me senti à vontade para chamá-lo de Azarão, pois imagino que isso dê um azar danado. Por isso, para mim, ele sempre foi o Marreta. Tempos depois, descobri que seu nome de batismo é Ricardo (na sauna que ele frequentava em sua época de solteiro é conhecido por Ricardinho).
 
Pois bem, o Marreta e eu temos uma longa e quase sempre civilizada convivência, pois já fiquei puto com ele algumas vezes e ele já deve ter feito muito beicinho pelas coisas que leu aqui no blog. Apesar disso, tenho por ele uma simpatia natural, uma coisa de irmão mais velho, que me faz relevar as grosserias de que já foi capaz. E o principal motivo é a admiração que tenho pelo senso de humor, irreverência, ironia e sarcasmo que circulam por suas véias (embora ele seja monogâmico). Se ele não tivesse essas qualidades já o teria mandado à puta que pariu há muito tempo.
 
Pois bem, estava no meu tempo disponível para coçar saco (dois minutos e trinta segundos), quando resolvi reler sua declaração de princípios, meios e afins, o texto “Aviso aos Navegantes”. E esse texto mostra por que continuo lendo as tranqueiras que um direitista radical escreve e publica em seu blog ou quando resolve encher meu saco ao fazer algum comentário irritante aqui no Blogson (mas só ele merece essa deferência). Então, se quiserem, leiam um trecho do texto escrito por ele e que eu poderia tranquilamente assinar embaixo.
 
Os textos aqui publicados são exercícios de livre-pensamento. Melhor, são tentativas, experimentações de livre-pensamento. Bem-sucedidas, às vezes; malfadadas, quase sempre, como toda e qualquer experimentação, como toda e qualquer tentativa de romper e expandir com o estabelecido.
 
Não querem, de forma alguma, os textos, se fazer passar por fatos, tampouco se colocarem ou se estabelecerem como verdades. São tão somente elucubrações de cunho jocoso, considerações irônicas acerca do comportamento humano.
 
E não há distinção quanto ao tema ou ao assunto tratado, não há nenhum tipo de direcionamento: tudo aqui é posto sob a óptica da ironia; há muito de autoironia, inclusive. A ironia, segundo minha opinião – e você não é obrigado a compartilhar dela, aliás, nem espero que –, é a forma mais libertária de análise e pensamento, é a forma mais isenta de tentar entender a grande piada que é o mundo, e também a nós, seus personagens risíveis, que nos damos alta e indevida importância.
 
Caso você seja um semiletrado, alguém sem grandes intimidades com a caneta, o que estou, basicamente, a dizer é que não há intenção de depreciar ou incitar violência contra quaisquer grupos ou segmentos sociais.
 
Assim posto, se você é submisso às certezas preestabelecidas, se você é servo de convicções engessadas, lacaio de doutrinas pétreas, escravo de pragmatismos e dogmatismos – sejam de que ordem forem, políticos, religiosos, filosóficos, sociais, étnicos, sexuais etc. –, seu lugar não é aqui.
 
Há bilhões de outros endereços na internet que podem melhor lhe agradar, você não é obrigado a ficar por aqui. Se você está à procura de fatos e de "verdades" que confirmem e reconfortem sua visão tradicional do mundo, repito, seu lugar não é aqui; dirija-se ao site de algum jornal, ou revista semanal de variedades.
 
 

3 comentários:

  1. Conheci essa marretada por aqui, e o cara é bom mesmo, apesar de ser um pé no saco muitas vezes. Mas aí vale a pena conferir os textos usando-se um protetor escrotal.

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  2. Plenipotenciário...
    Bons tempos, bons tempos...

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