O
primeiro navegante a embarcar na canoa furada que é o Blogson, atende pela
alcunha de Azarão e é o titular plenipotenciário do blog A Marreta do Azarão.
Por evitar a todo custo cruzar com um gato preto (eu sou hetero, pô!), ou
passar debaixo de uma escada (risco aumentado se no alto dela estiver um pintor
com uma lata de tinta), nunca me senti à vontade para chamá-lo de Azarão, pois
imagino que isso dê um azar danado. Por isso, para mim, ele sempre foi o
Marreta. Tempos depois, descobri que seu nome de batismo é Ricardo (na sauna que ele frequentava em sua época de solteiro é conhecido por Ricardinho).
Pois
bem, o Marreta e eu temos uma longa e quase sempre civilizada convivência, pois
já fiquei puto com ele algumas vezes e ele já deve ter feito muito beicinho
pelas coisas que leu aqui no blog. Apesar disso, tenho por ele uma simpatia
natural, uma coisa de irmão mais velho, que me faz relevar as grosserias de que já foi capaz. E o principal
motivo é a admiração que tenho pelo senso de humor, irreverência, ironia e
sarcasmo que circulam por suas véias (embora ele seja monogâmico). Se ele não tivesse
essas qualidades já o teria mandado à puta que pariu há muito tempo.
Pois
bem, estava no meu tempo disponível para coçar saco (dois minutos e trinta
segundos), quando resolvi reler sua declaração de princípios, meios e afins, o
texto “Aviso aos Navegantes”. E esse
texto mostra por que continuo lendo as tranqueiras que um direitista radical escreve
e publica em seu blog ou quando resolve encher meu saco ao fazer algum comentário irritante aqui no Blogson (mas só ele merece essa deferência). Então, se quiserem, leiam um
trecho do texto escrito por ele e que eu poderia tranquilamente assinar
embaixo.
Os textos aqui publicados são
exercícios de livre-pensamento. Melhor, são tentativas, experimentações de
livre-pensamento. Bem-sucedidas, às vezes; malfadadas, quase sempre, como toda
e qualquer experimentação, como toda e qualquer tentativa de romper e expandir
com o estabelecido.
Não querem, de forma alguma, os
textos, se fazer passar por fatos, tampouco se colocarem ou se estabelecerem
como verdades. São tão somente elucubrações de cunho jocoso, considerações
irônicas acerca do comportamento humano.
E não há distinção quanto ao tema ou
ao assunto tratado, não há nenhum tipo de direcionamento: tudo aqui é posto sob
a óptica da ironia; há muito de autoironia, inclusive. A ironia, segundo minha
opinião – e você não é obrigado a compartilhar dela, aliás, nem espero que –, é
a forma mais libertária de análise e pensamento, é a forma mais isenta de
tentar entender a grande piada que é o mundo, e também a nós, seus personagens
risíveis, que nos damos alta e indevida importância.
Caso você seja um semiletrado, alguém
sem grandes intimidades com a caneta, o que estou, basicamente, a dizer é que
não há intenção de depreciar ou incitar violência contra quaisquer grupos ou
segmentos sociais.
Assim posto, se você é submisso às
certezas preestabelecidas, se você é servo de convicções engessadas, lacaio de
doutrinas pétreas, escravo de pragmatismos e dogmatismos – sejam de que ordem
forem, políticos, religiosos, filosóficos, sociais, étnicos, sexuais etc. –,
seu lugar não é aqui.
Há bilhões de outros endereços na
internet que podem melhor lhe agradar, você não é obrigado a ficar por aqui. Se
você está à procura de fatos e de "verdades" que confirmem e
reconfortem sua visão tradicional do mundo, repito, seu lugar não é aqui;
dirija-se ao site de algum jornal, ou revista semanal de variedades.
Conheci essa marretada por aqui, e o cara é bom mesmo, apesar de ser um pé no saco muitas vezes. Mas aí vale a pena conferir os textos usando-se um protetor escrotal.
ResponderExcluirahahah!!!
ExcluirPlenipotenciário...
ResponderExcluirBons tempos, bons tempos...