Nunca tive o hábito de comprar livros. Com raras exceções, sempre li aqueles
que ganhei ou me emprestaram. Talvez devesse comprar justamente os que nunca me
darão ou que não terei por empréstimo. Os livros de Manoel de Barros seriam uma
excelente escolha, pois seus versos desconcertantes são um fortificante para a
alma, janelas
abertas
para um mundo sem dor.
Hoje,
ao
receber de um amigo algumas frases e
versos desse
poeta mato-grossense, tive a ideia de usá-los
para embelezar
o Blogson. Acabei também
descobrindo
um vídeo em que o próprio autor lê alguns de seus poemas. E isso se
tornou
um ótimo complemento para este post. Olhaí.
Eu queria avançar para o começo.
Chegar ao criançamento das palavras.
Sou um sujeito cheio de recantos.
Os desvãos me constam.
É no ínfimo que eu vejo a exuberância.
Perder o nada é um empobrecimento.
Tudo que não invento é falso.
Tem mais presença em mim o que me falta.
Por pudor sou impuro.
Não preciso do fim para chegar.
Tenho preguiça de ser sério
Poesia é voar fora da asa
Agora não quero saber mais nada, só quero
aperfeiçoar o que não sei.
Noventa por cento do que escrevo é invenção. Só
dez por cento é mentira
Minhocas arejam a terra; poetas, a linguagem.
Deixei uma ave me amanhecer.
Quando as aves falam com as pedras e as rãs
com as águas - é de poesia que estão falando.
Há varias maneiras sérias de não dizer nada,
mas só a poesia é verdadeira.
A expressão reta não sonha.
É preciso transver o mundo
https://www.youtube.com/watch?v=eB5_l2NdRLc
Diferentemente, comecei a comprar livro desde muito jovem. Os gibis meu pai me dava, depois, passei a comprar romances quando comecei a trabalhar aos 18 anos e nunca parei. Se eu tivesse todos os livros que já comprei acho que aqui em casa não caberiam.
ResponderExcluirJoão de Barro é um excelente poeta, gosto muito do seu jeito de escrever as coisas da terra.
Eu só comecei a trabalhar com 23 anos, como estagiário. Por morar na casa de minh avó materna eu tinha à disposição as coleções de livros que minha tia comprava. Hoje eu ganho de presente de meus filhos.
ExcluirJotabê,
ResponderExcluirComeço a leitura semanal aqui
por seu Blog.
Eu li, sempre frequentei
Bibliotecas Públicas na minha
adolescencia e juventude.
Comprar livros, somente em
Sebos ou de amigos da Internet.
Mas amo presentear com Livros,
novos ou usados.
Hoje cuidando da saúde dos olhos,
tenho lido muito por aúdio e confesso
que comparo com o papel antes e dizer
que é igual. Tem sido. Só assim
li toda coleção do Harry Portter.
Mas livro de Manoel de Barros
eu comprei.
Lindos os versos que você publica aqui
o vídeo meu ver amanhã.
Adorei essa edição, viu?
Bjins
CatiahoAlc.
e acho incrível a forma linda e simples
como ele escreve. Parace uma
conversa com a gente.
Eu nunca li Guimarães Rosa (sou um ignorante!), mas pelo que sei dele, acredito que guarde semelhança com as invenções e versos inesperados do Manoel de Barros
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