Quando nossos filhos ainda eram crianças, minha sogra me disse um dia que bom é quando os filhos são pequenos, pois ao trancar a casa você sabe que todos estão em segurança. Achei graça no comentário, mas depois percebi como era verdadeiro aquele comentário!
Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira…
Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…
Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o voo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…
Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.
Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.
É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.
É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.
Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.
Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que os impede de navegar nas ondas de seu próprio destino.
Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida.
Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.
Quando me refiro ao quarto da minha filha, é sempre como o quarto da filha. Não há volta a dar. Eles voam, como nós voámos. É a lei da vida.
ResponderExcluir.
Feliz fim de semana. Muita Saúde, Paz e Amor.
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Poema: “ Olhos, Espelhos da Emoção “
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É bem isso, caro Ryk@rdo.
Excluirah, você me sugeriu moderar comentários por quê? Nunca moderei, é um trabalho a menos...rs
ResponderExcluirVocê fez um comentário definido como "impublicável" ou coisa parecida. Por eu ter moderador, li o que escreveu e apaguei sem publicar. Se eu fizer um comentário no seu blog e não quiser que mais alguém leia isso só será possível se você colocar moderação. A ideia de zap não me agrada e depois te conto por quê (se tiver moderação, lógico).
Excluirhahhh
Excluirentendi. Mas não vou moderar não, Jotabê. Mas tudo bem. Tudo bem também não querer usar o zap, eu também uso pouco.
Ei Jotabê!
ResponderExcluirEstou passando aqui rapidinho só para
dizer que respondi a seu comentário
lá no Espelhando. Eu até ia trazer
pra cá, mas ficaria fora de contexto.
E quando e se for conferir
depois de ler as respostas, passa
seu olhar a direita da página do blog,
há uma lista ali, essas são as pessoas que
me presenteiam com leitura e
comentário e são a eles que finalmente
essa semana consegui retribuir antes
de uma nova publicação. Quando eu conseguir
sem que minha leitura interferira na minhas tarefas do
dia a dia, então pensarei em menor espaço
de publicação.
Voltarei já já para ler comentar.
Bjins e boa nova semana pra nós.
CatiahôAlc.