quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

JOTABÊ TEM UM GHOST WRITER!

 
Foi no início da década de 1970, lendo O Pasquim, que eu tomei conhecimento da expressão “Ghost Writer”. O cartunista Jaguar, criador do rato Sigmund Freud (Sig para os íntimos), ícone do jornaleco, parece ter entrado em uma entressafra criativa para criar as hilárias tiras do Sig. Por isso, durante muito tempo, o jornalista e cronista da BBC Ivan Lessa mandava o roteiro das tiras e o Jaguar ilustrava. E nas tiras aparecia o nome do jornalista como “ghost writer”.
 
Hoje me ocorreu a ideia de usar um ghost writer para melhorar a qualidade decrescente dos próximos textos que cismar de escrever. E o ghost writer (mais ghost, impossível) será o ChatGPT. Só que a ordem será assim: depois de penar para escrever um texto minimamente inteligível pedirei ao chato do GPT para reescrevê-lo. Assim, quem não souber dessa treta poderá pensar: “Como Jotabê está escrevendo bem! Meio careta, meio pudico, mas não há agressões à gramática e a fluência está ótima!’
 
A seguir, o mesmo texto reescrito pelo ChatGPT. Mas a duplicidade acaba aqui. A partir de agora e sempre que der na telha meus textos serão reescritos pela IA, devidamente identificada. Antes de continuar, só uma piada daquela época para explicar o nome do rato de “pés de elefante”: “Deus criou o sexo, Freud criou a sacanagem”. Olha o Sig aí.

  
Foi nos primeiros anos da década de 1970, lendo O Pasquim, que tomei conhecimento do termo "Ghost Writer". O cartunista Jaguar, criador do personagem Sigmund Freud (ou Sig, para os íntimos), um ícone do jornal, parecia estar passando por um período de pouca criatividade para elaborar as divertidas tiras de Sig. Por essa razão, durante um bom tempo, o jornalista e cronista da BBC Ivan Lessa enviava o roteiro das tiras e Jaguar as ilustrava. E o nome do jornalista aparecia nas tiras como "ghost writer".
 
Hoje, ocorreu-me a ideia de utilizar um ghost writer para aprimorar a qualidade decrescente dos próximos textos que eu decidir escrever. E o ghost writer (mais "ghost", impossível) será o ChatGPT. No entanto, a dinâmica será diferente: depois de me esforçar para redigir um texto minimamente inteligível, solicitarei ao ChatGPT para reescrevê-lo. Desta forma, aqueles que não estiverem cientes dessa estratégia poderão pensar: "Como Jotabê está escrevendo bem! Talvez um pouco conservador, mas não há erros gramaticais e a fluidez está excelente!"

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

OLHA O PONDÉ AÍ DE NOVO (PARTE II)

 
Continuando com a promoção "pague um, leve dois" eis o link de um dos posts que mais gostei de escrever, um poema que nada tem a ver com o texto do Pondé apresentado a seguir 


Está na moda dizer que o “outro” é lindo. Mentira. Quando o “outro” não cria problema, não há nenhum valor ético supremo em tolerá-lo. E, quando cria, quase sempre ninguém o tolera.
 
Veja, por exemplo, os eventos para diálogo inter-religioso. A discussão não pode durar mais do que meia hora, e logo deverão servir os drinks e os croquettes, porque mais do que meia hora implicaria começar a falar a sério sobre as diferenças entre as religiões (as religiões não querem todas a mesma coisa, isso é conversa “de mulherzinha”). Imagine cristãos e judeus conversando sobre suas religiões. Cristãos assumem que Jesus foi o Messias que os judeus esperavam (e também que Ele é Deus), e, portanto, os judeus teriam perdido o bonde da história ao não reconhecer Jesus como Messias. Por sua vez, os judeus pensam que os cristãos pegaram o bonde errado ao assumir que Jesus foi o Messias. Logo, conflito. Melhor tomar drinks e comer croquettes.
 
Muçulmanos são lindos, índios são lindos, a África é linda, canibais são lindos, imigrantes ilegais são lindos, enfim, todos os “outros” são lindos. Uma das áreas mais amadas pela praga do politicamente correto é a chamada “ética do outro”, ou seja, uma obrigação de acharmos que o “outro” é sempre legal. “Outro” aqui significa quase sempre outras culturas ou algo oposto a Igreja, Deus, heterossexual, capitalismo ou arrumar o quarto e lavar o banheiro todo dia.
 
Evidente que conviver com o diferente é essencial numa sociedade como a nossa, assolada pelos movimentos geográficos humanos, mas daí a dizer que todo outro é lindo é falso e, como sempre acontece com o politicamente correto, desvaloriza o próprio drama da convivência com o outro.
 
Salta aos olhos que muita gente se faz de bonzinho em cima do discurso politicamente correto tipo “save the whales”. Parece-me difícil sobreviver se quisermos salvar tudo o que vive sobre o planeta. E o que mais espanta é que justamente a tal da natureza é a primeira a ser cruel, e eles parecem que não veem. Basta ver o canal Discovery para perceber que não existe a natureza politicamente correta, ela é o oposto dessa praga.
 
O politicamente correto parece ser anticientífico. Mas, mais do que isso, ele faz mal para homens e mulheres porque atrapalha milhares de anos de seleção natural de comportamentos nos quais homens e mulheres se reconhecem. A pressão pela “crítica ao macho” contamina as relações porque, apesar de se falar muito hoje em dia sobre homens serem mais sensíveis do que outrora, as mulheres (que não suportam fracos) só aguentam a sensibilidade masculina até a página três. Passou daí, elas se enchem.
 
As feias odeiam as bonitas (os feios e pobres também porque não conseguem pegá-las). Não, não estou sendo cínico. A beleza não é um ponto isolado no espaço, mas um gradiente e um conjunto de características físicas associadas a traços “invisíveis” da alma. Beleza atrai inveja, e, nas mulheres, beleza é sempre fundamental. Sendo assim, pode uma mulher usar sua beleza como forma de sobrevivência ou ela deve buscar ser feia porque a maioria é e, assim, ela estaria sendo politicamente correta?
 
A maior inimiga da beleza da mulher é a outra mulher, a feia. A condenação do uso da beleza feminina por parte das mulheres é uma ferramenta das que não têm, por azar (a beleza ainda é um recurso contingente), acesso à beleza, seja porque são feias, seja porque (no caso dos homens), em sendo feio (ou fraco), ele não pode “pegar” a beleza da mulher nas mãos, beijá-la ou penetrá-la. Claro que há sofrimento aqui, mas de nada adianta “resolver” o sofrimento negando um fato óbvio: as feias têm raiva das bonitas.
 
O alcance espiritual da beleza é fato estudado pelas religiões: o mal inveja a beleza do bem. Mas, para além (ou aquém) da dimensão espiritual, não há nada melhor no mundo do que uma mulher linda a fim de você. Por isso é melhor levarmos a beleza mais a sério. Toda tentativa de proibir a exibição da beleza feminina é um ato nascido da inveja. Se você for bonita, observe se no trabalho não tem alguma feia que a detesta. O ódio das feias pelas bonitas nada mais é do que a agonia que a abundância gera na precariedade. Como somos seres precários (somos mortais, insignificantes cosmicamente e frágeis biologicamente), a falta de beleza é a regra (quase) universal.

Sou professor e gosto de dar aula, coisa rara na área. Na maioria dos casos, professores de universidade (ou não) são pessoas que, além de não gostar dos alunos, têm uma inteligência mediana e foram, quando jovens, alunos medíocres, que fizeram ciências humanas porque sempre foi fácil entrar na faculdade em cursos de ciências humanas. Claro que quase todos pensavam em si mesmos como Marx ou Freud ainda não revelados. Ao final, o que se revela com mais frequência é alguém fracassado que ganha mal e odeia os alunos. Professores normalmente não gostam de ler ou de estudar, mas dizem que esse pecado é apenas dos alunos. Há um enorme sofrimento na maioria dos professores porque têm de fingir o tempo todo que acreditam na importância do que fazem. A maioria sucumbe.
 
Outro tipo mentiroso e politicamente correto é o “artista”. As artes plásticas contemporâneas ajudam muito para isso, na medida em que gente que não sabe desenhar pode ser artista figurativo. Nada que eu consiga desenhar ou pintar pode ser levado a sério como arte figurativa, porque eu não sei pintar ou desenhar nada. Um amigo num caderno cultural importante ou uma tese de doutorado ilegível numa universidade de nome sobre a obra de alguém pode fazer dele um grande artista.
 
Um dos projetos da minha vida é não viajar nunca mais, pelo menos, cada vez menos e para menos longe. Exterior, nem pensar. Se acha estranho o que eu estou dizendo, é porque você não viaja o suficiente ou porque sofre daquele tipo de sintoma característico da “espiritualidade” da classe média, que é “querer conhecer o mundo, os museus, os aeroportos e sentir frisson porque irá a Paris”. Se você bate foto dentro do avião, é porque não há esperanças para você. Ficar feliz por sair de férias de avião é brega. Um conselho: se você tem mais de 20 anos e acha avião chique, finja que não acha. Sinto dizer, o mundo acabou. Fique em casa.



terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

“FÉ DEMAIS NÃO CHEIRA BEM”

Tenho ficado muito insatisfeito com a qualidade dos textos que escrevo e publico no Blogson. A sensação é de ter perdido vocabulário e embotado o raciocínio. Por isso, resolvi fazer uma experiência com a Inteligência Artificial.  Peguei o texto mais recente e pedi ao ChatGPT para reescrevê-lo. Sinceramente, achei o resultado tão superior que resolvi aproveitá-lo como texto principal do post. Mas, para não ficar totalmente envergonhado com minha crescente deficiência na transmissão de ideias e opiniões, resolvi publicar na sequência o texto que escrevi. Só me recusei a utilizar o título proposto pelo “chato do GPT”, pois não tenho tanta seriedade pretensiosa. O título proposto pela IA é "Reflexões sobre a Intersecção entre Religião e Legislação em um Mundo em Transformação". Então, vamos lá
 
 
Houve um tempo em que eu era um devoto católico, frequentando a missa regularmente e observando os rituais com devoção. Hoje, no entanto, minha fé foi gradualmente erodida pelas luzes da razão e da ciência. Consequentemente, testemunhar a religião assumindo papéis que ultrapassam seus limites me causa profundo desconforto, como o uso da expressão "Deus acima de tudo" em discursos recentes.
 
Respeito a crença no Deus judaico-cristão, mas é inaceitável quando essa fé é invocada para influenciar legislações que desconsideram outras crenças ou até mesmo a ausência delas.
 
Essa preocupação foi reavivada recentemente ao tomar conhecimento de uma decisão do tribunal do estado do Alabama. Eles interpretaram uma lei existente sobre homicídio culposo de menores, estendendo sua aplicação não apenas aos fetos no útero, mas também aos embriões armazenados em laboratórios.
 
Embora a maioria dos juízes tenha fundamentado sua decisão na lei, o presidente do tribunal, Tom Parker, justificou seu posicionamento repetidamente com referências às escrituras cristãs. Ele argumentou que os habitantes do Alabama adotaram uma "visão da santidade da vida com base teológica" em sua Constituição estadual.
 
Essa abordagem, que se baseia em fontes religiosas, é um exemplo alarmante de como a fé pode influenciar a legislação em um estado laico. Isso levanta questões sobre a separação entre religião e governo, e destaca a controvérsia em torno do papel da religião na formulação de leis nos Estados Unidos.
 
Particularmente, é incompreensível para mim que a fé pessoal dos legisladores seja privilegiada em um país que se declara secular. Na verdade, é frustrante ver a fé de alguns legisladores sendo imposta sobre questões legais, evidenciando um viés pessoal em detrimento do interesse público.
 
Para ilustrar essa preocupação, compartilho uma história antiga sobre um casal que enfrentou dilemas com o registro civil de seus filhos. A mãe, seguindo sua fé, batizou os gêmeos com nomes católicos, mas o pai, às vezes afetado por distúrbios mentais, registrou os filhos com nomes diferentes. O embate resultou na prevalência dos nomes registrados oficialmente.
 
Embora reconheça o valor consolador da fé em momentos difíceis, sou veementemente contrário à sua utilização como instrumento de censura e punição. Fico imaginando como essa questão teria sido tratada em estados como Alabama, onde a religião parece ter um peso desproporcional na esfera legislativa.
 
Em resumo, a intersecção entre religião e legislação exige uma reflexão cuidadosa e um compromisso com a proteção dos direitos e liberdades individuais, independentemente das convicções religiosas.
 
 
E agora, o texto originalmente publicado (preservação da memória, brother!)
 
O título deste post foi tirado de um filme de 1992 (por isso está entre aspas). E o texto é só um desabafo muito mal escrito, como tem sido a praxe dos últimos tempos (eu estou escrevendo tão mal!).
 
Eu já fui um católico praticante, de ir à missa todos os domingos e comungar, quase um carola. Hoje não sou mais, pois minha fé sofreu a erosão causada pela razão e pela ciência. Por isso, todas as vezes em que vejo a crença religiosa assumir papéis que não são dela eu fico extremamente incomodado. Caso da expressão "Deus acima de tudo" usada em discursos recentes.
 
Para mim está OK que você acredite no Deus judaico-cristão, mas acho um absurdo se pensar em legislar baseado em uma fé que desrespeita outras crenças, outras religiões ou até mesmo a ausência total de fé religiosa.
 
Estou dizendo isso por ter lido a seguinte notícia:
O tribunal do Alabama decidiu que uma lei existente — de homicídio culposo de um menor — abrange não só os fetos no útero, mas também os embriões mantidos num laboratório ou instalação de armazenamento.(...)
Embora a maioria dos juízes tenha baseado sua decisão na lei, o presidente do tribunal, Tom Parker, também tinha uma autoridade superior em mente — ele invocou repetidamente as escrituras sagradas cristãs para explicar sua decisão.
O povo do Alabama, escreveu ele em seu parecer favorável, havia adotado uma "visão da santidade da vida com base teológica" em sua Constituição estadual.
Explorando fontes religiosas de teólogos cristãos clássicos, como São Tomás de Aquino, e também um manifesto cristão conservador moderno, ele concluiu que "mesmo antes do nascimento, todos os seres humanos têm a imagem de Deus, e suas vidas não podem ser destruídas sem apagar sua glória".
(...) O debate sobre os direitos reprodutivos nos EUA tem sido impulsionado, em parte, pela oposição ao aborto a partir de grupos cristãos — mas esta decisão dividiu esse movimento e acendeu a discussão sobre o papel da religião na legislação americana.
 
Para mim é incompreensível que em país laico a legislação invoque ou privilegie a fé do legislador! Dito de forma mais elegante, foda-se a fé de quem legisla assim, pois no fundo, no fundo, está legislando em causa própria.
 
Para encerrar este post-desabafo vou contar um caso real acontecido há muito, muito tempo. Um casal viu com alegria o nascimento de duas crianças gêmeas, um menino e uma menina. A mãe, seguindo sua fé, batizou os filhos na Igreja Católica com os nomes de José Geraldo e Maria das Graças. Até aí tudo bem, concordam?
 
O problema surgiu quando os familiares descobriram que o pai – sujeito a episódios esporádicos de demência branda ou surtos esquizofrênicos – tinha ido ao cartório para registrar o nascimento dos filhos, momento em que deu a eles os nomes de Dalmo e Dalma. Obviamente os nomes que prevaleceram foram os que constam nas respectivas Certidões de Nascimento.
 
Eu continuo enxergando o papel positivo que a fé tem para consolar, confortar ou fortalecer as pessoas vitimadas por doenças graves ou tragédias pessoais, mas sou radicalmente contra  a face censória e punitiva dessa mesma fé.  Fico me perguntando o que aconteceria se esse caso das crianças gêmeas tivesse acontecido no estado do Alabama. O batismo prevaleceria sobre o registro civil? Cartas para a redação!


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

JURA DIZER A VERDADE, SOMENTE A VERDADE, NADA MAIS QUE A VERDADE?


Antes que você comece a ler o texto a seguir, preciso deixar claro que não tenho nada contra a Direita nem contra a Esquerda. Eu só não suporto o radicalismo e tenho medo da Extrema Direita e da Extrema Esquerda. Eu me considero de centro (sou o que os idiotas chamam de "isentão"). Ah, e também sinto náusea com o fundamentalismo religioso. Tamos entendidos? Então, bora lá.
 
Na reportagem publicada pelo site BBC News Brasil sobre a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em apoio a ele mesmo, há a transcrição de trechos de notícias publicadas pela imprensa internacional. Por falta absoluta do que fazer, entrei nos sites dos órgãos mencionados na reportagem para ver o que realmente estavam dizendo sobre a muvuca bolsonarista. A seguir, trechos encontrados nos diversos veículos mencionados e trechos traduzidos pela BBC para língua de gente (português):
 
Me enrolei todo nesta introdução, mas o que está pegando é a quantidade real de idiotas que compareceu para manifestar seu apoio ao ex-capitão. Olha só:
 
- Correio Brasiliense, “o advogado e ex-secretário de Comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, disse que são esperadas mais de 700 mil pessoas no ato convocado na Avenida Paulista, marcada para ocorrer no próximo domingo”.
 
- Poder 360: “Ato de Bolsonaro teve de 300 mil a 350 mil pessoas Imagens aéreas da concentração e mapa da av. Paulista permitem cálculo aproximado da concentração; secretaria de Segurança Pública de São Paulo fala em 750 mil pessoas...”
 
- Le Monde: Six blocks of Paulista Avenue were filled with Bolsonaro supporters, many of them saying that he is being persecuted by Brazil's Supreme Court and that President Luiz Inácio Lula da Silva unfairly won his narrow victory in the 2022 election. Independent observers from a research group at the University of Sao Paulo estimated 185,000 people joined in. Brazil's military police put the crowd size even bigger.
O jornal disse que havia um grande número de manifestantes no ato, mas destacou o comedimento de muitos dos presentes.
"A multidão estava lá, é claro. Mas estamos longe do entusiasmo das mobilizações anteriores. Sob um lindo sol, os rostos permaneceram fechados, e as palavras eram controladas. O medo de serem presos por convocarem um golpe é real entre esses bolsonaristas que agora seguram seus ataques contra os odiados juízes do Supremo Tribunal Federal."
 
- Le Figaro: Des dizaines de milliers de personnes se sont rassemblées ce dimanche 25 février à São Paulo en soutien à l'ancien président d'extrême droite Jair Bolsonaro, de quoi tester sa popularité en plein scandale sur des soupçons de «tentative de coup d'État». Vêtus de vert et de jaune, les couleurs du Brésil, les manifestants affluent vers l'avenue Paulista, artère emblématique de la plus grande métropole d'Amérique Latine. L'ancien président a pris la parole lors de ce rassemblement où les organisateurs attendaient 500.000 personnes.
 
- El País: El expresidente de Brasil reúne en São Paulo a unos 185.000 seguidores en su primer acto político desde que en 2022 perdió contra Lula y sus fieles asaltaron el Congreso.
"Cerca de 185 mil fiéis, segundo uma contagem de acadêmicos, apoiaram-no juntamente com quatro governadores aliados e dezenas de parlamentares. Três dias depois de permanecer em silêncio ao ser questionado pela polícia sobre a suposta trama golpista, Bolsonaro queria uma foto de multidão para rebater o que considera uma perseguição judicial."
O jornal destacou a fala de Bolsonaro de que não havia "tanques nas ruas" e que, portanto, não houve tentativa de golpe. Segundo o jornal, Bolsonaro "ignorou que no século 21 os golpes são perpetrados distorcendo as leis".
O El País disse que o ex-presidente está "cada vez mais encurralado pela justiça".
 
- Daily Mail: Thousands of Brazilians pour into the streets of Sao Paulo after ex-President Bolsonaro called for show of support amid claims he plotted a coup to stay in power after election defeat
O Daily Mail enumerou as acusações contra Bolsonaro, mas concluiu: "Mesmo assim, Bolsonaro ainda é considerado o líder da oposição e é adorado por seus fervorosos apoiadores".
"O protesto de domingo à tarde é visto como um teste decisivo ao seu apoio antes das eleições municipais de outubro, nas quais se espera que a sua influência desempenhe um papel fundamental na nação ainda polarizada."
 
- The Independent: Former Brazilian president Jair Bolsonaro has denied inciting a coup after losing the presidential election in October 2022.
The far-right leader told hundreds of thousands of supporters at a rally on Sunday that the allegations against him were a "lie" as he flexed his political muscle to hit out against the ruling government.
O Independent destacou que Bolsonaro ainda tem muitos apoiadores no Brasil, apesar das investigações policiais contra ele.
"O evento mostrou que a mensagem de Bolsonaro ainda ressoa entre muitos brasileiros, alguns dos quais evidentemente são a favor de qualquer tentativa de golpe que o coloque no poder.
 
- The Guardian: Tens of thousands of supporters of former Brazilian president Jair Bolsonaro have rallied in the country’s biggest city, in a show of strength against legal challenges that could put him in jail. Six blocks of São Paulo’s Paulista Avenue filled with Bolsonaro supporters, many of whom said that he was being persecuted by Brazil’s supreme court and that President Luiz Inácio Lula da Silva unfairly won his narrow victory in the 2022 election.
O Guardian destacou na sua manchete: "Dezenas de milhares de pessoas participam de manifestação em apoio ao ex-presidente do Brasil".
 
- Isto É: A manifestação na Paulista é bancada pelo pastor evangélico Silas Malafaia, que estimou na sexta-feira (23) desembolsar entre R$ 90 mil e R$ 100 mil para arcar com toda a estrutura do evento, como fornecimento de água, instalação de grades e transmissão pela internet – há seguranças privados, mas a Polícia Militar também atua no local. Malafaia alugou dois trios elétricos que estão dispostos em “L”: um maior, onde está Bolsonaro e os aliados mais importantes, de onde são feitos os discursos e um segundo veículo, sem estrutura de som, para abrigar os demais convidados, fotógrafos e cinegrafistas.
 
- Record News: Pouco antes das 17h30, os manifestantes começaram a evacuar a área da avenida Paulista após final de ato pró-Bolsonaro, realizado neste domingo (25). O ex-presidente – que passou a noite no Palácio dos Bandeirantes e chegou acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao evento –, discursou para cerca de 700 mil apoiadores, segundo informações dos organizadores, e disse ser ‘vítima de perseguição’.
 
- Carta Capital: A manifestação encabeçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo 25, reuniu 185 mil pessoas em seu pico, às 15h. A estimativa de público partiu do Monitor do Debate Político, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto.
Às 17h, a contagem do grupo registrou 45 mil pessoas. Os especialistas chegaram a esses números por meio de fotos aéreas e com o auxílio de um software.
A equipe tirou 43 fotos entre 15h e 17h, onze das quais foram selecionadas de forma a cobrir a extensão do ato, sem sobreposição. Na sequência, cada foto foi repartida em oito pedaços – em cada parte, o Monitor aplicou um método chamado Point to Point Network, para identificar cabeças e estimar a quantidade de pessoas.
Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12% para mais ou para menos nas imagens aéreas com mais de 500 indivíduos.
 
- Portal G1: Os apoiadores começaram a chegar pela manhã e os discursos tiveram início por volta das 14h30. Bolsonaro chegou por volta das 15h, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nesse horário, segundo um levantamento de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) reunia cerca de 185 mil pessoas – o ápice da manifestação.
 
- Secretaria de Segurança Pública: o ato na Avenida Paulista reuniu 600 mil pessoas. Considerando também os presentes nas ruas adjacentes, o público chegou a 750 mil, de acordo com a pasta do governo estadual, chefiado por Tarcísio de Freitas (Republicanos).
 
Então, ficamos assim: a quantidade de manifestantes presentes no ato “me ajudem a tirar o cu da reta” foi de
750 mil segundo o governo estadual de São Paulo
700 mil segundo o portal Record News
600 mil segundo a Secretaria de Segurança Pública
300 mil a 350 mil segundo o Poder360
185 mil segundo o Le Monde, El País, G1 e Carta Capital
 
A favor da veracidade do número informado pela Carta Capital está o detalhamento do método utilizado pela USP. Outra coisa “bunitinha” foi a grana desembolsada pelo pastor Silas Mala. Veio de onde? Das doações dos fiéis ou do próprio bolso? (creio que isso é redundância)
 
Isso me leva à seguinte constatação: em política a “Verdade” é “fluida” e tem a precisão de acordo com os interesses de quem a veicula e de quem nela quer acreditar.
 
Deixei para finalizar este longo post 
uma imagem curiosa, que faz lembrar uma saudação antiga, de tempos muito sombrios. Mas, claro, é só uma coincidência. Fui.



 

TAVEZ... QUEM SABE?

 

Há tempos eu não dava uma espetadinha nos meus "amigos de Facebook". Hoje resolvi provocar um pouquinho os donos da Verdade que conheço. E aí resolvi postar essa provocação no Blogson.


A seguir o link de um dos posts que mais gostei de escrever, pois resolvi fazer a partir de hoje uma promoção do tipo "pague um, leve dois". Assim, se achar o post oficial uma merda, pode ser que o do link te agrade. O perigo será se os dois forem uma merda. Eu, heim? 

https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2014/06/aceita-um-cafe.html


domingo, 25 de fevereiro de 2024

O POLITICAMENTE CORRETO NA VISÃO DE LUIZ FELIPE PONDÉ

 
Sendo da área de Exatas sou suspeitíssimo para dar palpite sobre assuntos que não estudei e de que não entendo. Mesmo assim, por absoluta falta de prudência e vergonha na cara gosto de palpitar sobre tudo que atrai meu interesse e atenção. O riso, por exemplo. De onde surgiu, por que surgiu? Para não me meter a gato mestre vou apenas tirar umas lasquinhas desse assunto, porque não é este o tema deste post. Bora lá.
 
Para mim o riso pode ter tido sempre a função de ataque ou defesa. Quando usado para atacar pode resvalar para a ofensa, a grosseria e o bullying. Mas você ri tanto quando está alegre como quando está preocupado, constrangido, decepcionado, ansioso, nervoso. Não sou especialista nessas paradas, mas acredito que o riso tem o poder de relaxar, acalmar os medos e as tensões, e é uma espécie de anti hipertensivo natural. Estou dizendo isto para preparar o raro, o quase inexistente leitor que ainda acessa esta bagaça para os trechos do Livro “Guia Politicamente Incorreto da Filisofia” escrito pelo filósofo Luiz Felipe Pondé, que resolvi publicar no blog. Você pode não concordar com seu pensamento, mas é muito divertido conhecer suas opiniões sobre o que ele chama de “Praga PC” a praga do politicamente correto. Leiaí.
 
 
Este livro não é um livro de história da filosofia, mas sim um ensaio de filosofia do cotidiano, mais especificamente um ensaio de ironia filosófica que dialoga com a filosofia e sua história, movido por uma intenção específica: ser desagradável para um tipo específico de pessoa (que, espero, seja você ou alguém que você conhece), ou, talvez, para um tipo de comportamento (que, espero, seja o seu ou o de um amigo inteligentinho que você tem). Mas, afinal, que tipo de pessoa? Esse tipo que vive numa “bolha de consciência social” (nunca entendi bem o que vem a ser “consciência social”) sendo politicamente correto, ao que, às vezes, me refiro neste ensaio como a “praga PC”. Se você é uma delas, tenha em mim um fiel devoto inimigo. Desejo sua extinção.
 
A praga PC é uma mistura de covardia, informação falsa e preocupação com a imagem. Combina com uma época frouxa como a nossa.
 
Uma das coisas que os politicamente corretos mais temem é a ética aristocrática da coragem levada para a vida cotidiana, porque ela desvela o que há de mais terrível no ser humano, a saber, que ele é o animal mais assustado e amedrontado do mundo. Para os politicamente corretos, o correto é mentir sobre isso, a fim de aliviar a agonia que temos porque sabemos que somos todos no fundo covardes e dispostos a colaborar com nazistas (ou seus similares) se para nós for melhor em termos de sobrevivência.
 
Outra coisa que o politicamente correto detesta é a própria noção de aristocracia (que a filosofia, já em Platão, separou da noção de “aristocracia de sangue” para defini-la como “o governo dos mais virtuosos”), porque ela afirma que uns poucos são melhores do que a maioria dos homens. A sensibilidade democrática odeia esta verdade: os homens não são iguais, e os poucos melhores sempre carregaram a humanidade nas costas.
 
O problema com o politicamente correto é que ele acabou por criar uma agenda de mentiras intelectuais (filosóficas, históricas, psicológicas, antropológicas etc.) a serviço do “bem”, gerando censura e perseguições nas universidades e na mídia para aqueles que ousam pôr em dúvida suas mentiras “do bem”. Grande parte do espírito que move este livro é criticar algumas dessas mentiras ou colocá-las sob o olhar da filosofia e de alguns filósofos.
 
O politicamente correto hoje é muito amplo como fenômeno, mas sempre é autoritário na sua essência, porque supõe estar salvando o mundo.
 
Para os defensores do politicamente correto, tudo é justificado dizendo que você é pobre, gay, negro, índio, ou seja, algumas das vítimas sociais do mundo contemporâneo. Não se trata de dizer que não há sofrimento na história de tais grupos, mas sim dos exageros do politicamente correto em querer fazer deles os proprietários do monopólio do sofrimento e da capacidade de salvar o mundo. O mundo não tem salvação.
 
O povo é sempre opressor. Quando aparece politicamente, é para quebrar coisas. O povo adere fácil e descaradamente (como aderiu nos séculos 19 e 20) a toda forma de totalitarismo. Se der comida, casa e hospital, o povo faz qualquer coisa que você pedir. Confiar no povo como regulador da democracia é confiar nos bons modos de um leão à mesa. Só mentirosos e ignorantes têm orgasmos políticos com o “povo”.
 
O politicamente correto é um caso clássico de censura à liberdade de pensamento, por isso, sob ele, o pensamento público fica pobre e repetitivo, por isso medíocre e covarde. Quando se acentua a igualdade na democracia, amplia-se a mediocridade, porque os covardes temem a liberdade.
 
Todo mundo que pensa um pouco vive com medo da força democrática (numérica) dos idiotas. O politicamente correto é uma das faces iradas desses idiotas.
 
O encontro de Tocqueville, Nelson Rodrigues e Oakeshott é evidente: o idiota raivoso fala sempre com força de bando e, na democracia de massa em que vivemos, ele sim tem o poder absoluto de destruir todos os que não se submetem a sua regra de estupidez bem adaptada.
 

Se gostou do que leu acima, é só esperar pelo próximo post. Se detestou, lamento dizer que ainda há "muita lenha para queimar", pois este assunto ainda renderá mais uns três posts. E deixo clara minha admiração pela cultura e ironia que o filósofo Pondé destilou em seu livro. Por isso, recomendo que o comprem, pois os posts neles baseados são formados apenas por trechos extraidos do livro. E vale a pena ler tudo (gostando ou não), só para desopilar o fígado, só para imaginar a expressão de ódio de algum amigo ou amiga politicamente correto(a). See you late, alligator!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

FIGURAÇA!

 Há muito tempo ganhei de presente de um dos filhos o livro “Guia Politicamente Incorreto da Filosofia – Ensaio de Ironia”, de Luiz Felipe Pondé. Livros são os presentes que mais ganho de meus filhos. Se isso é bom por não ter que enfiar a mão no bolso para comprá-los, por outro lado acaba criando um problema pela falta de espaço para os guardar. Por isso, resolvi me desapegar (palavra da moda) de alguns. Separei vinte deles e os ofereci para filhos, noras e parentes. Descobri que não me lembro de mais nada do que li (pois é...), talvez pelo fato de ler até três livros simultaneamente – ou memória apagada pela velhice mesmo.
 
Resolvi reler o livro do Pondé e estou me divertindo muito com a ironia utilizada para malhar o comportamento politicamente correto. Mas quem é Luiz Felipe Pondé?, poderão perguntar alguns leitores. Segundo a Wikipédia, Pondé é entre outras coisas um filósofo pernambucano filho de um militar católico e mãe judia. Morou em Israel, onde conheceu sua esposa israelense e também judia em um kibutz. Como a vida não é só diversão, fez pós-doutorado na Universidade de Tel Aviv. A partir de agora, trechos de seu verbete na Wikipédia:
 
A ideia e a filosofia de Pondé baseiam-se num certo pessimismo, na valorização das tradições religiosas ocidentais e no combate ao pensamento politicamente correto nos meios universitários. Define-se como um "rato de universidade" e carrega fortes influências do filósofo alemão Friedrich Nietzsche e do existencialismo.
 
Fã declarado de Nelson Rodrigues, muitas vezes se expressa por meio de aforismos sobre o cotidiano:
“Sem hipocrisia não há civilização - e isso é a prova de que somos desgraçados: precisamos da falta de caráter como cimento da vida coletiva”.
 
Pondé tem sido ávido divulgador do pensamento que nomeia como "liberal-conservative”. Em política Luiz Felipe Pondé se define como liberal-conservador, defendendo o liberalismo na economia e na moral, e o conservadorismo na política.
 
Em abril de 2021, Pondé defendeu o impeachment de Jair Bolsonaro. Fazendo referência ao cenário hipotético para as eleições de 2022, ele escreveu: "Num cenário de horror eleitoral em 2022, Bolsonaro é o Alien eLula é o Predador. Numa eventual disputa no segundo turno em 2022 entre Bolsonaro e Lula, a sensibilidade conservadora indica que o Lula seria a opção menos ruim". Segundo Pondé, Lula representaria o “conservadorismo” no embate contra Bolsonaro em 2022.
 
Também escreveu que: “Lula faz acordos melhor do que Bolsonaro. Tem uma tendência apaziguadora e é muito mais inteligente. Provavelmente aprendeu um tanto nesses anos e pode querer imitar Mandela: nada de vinganças. Bolsonaro é um zumbi. A praga petista foi seguida pelo apocalipse zumbi dos bolsonaristas comedores de cérebro. Patinamos até hoje”.
 
O professor de filosofia já havia declarado voto contra Bolsonaro anteriormente. Em 2016, em entrevista cedida ao Roda Viva, apesar de ter dito que "o PSOL é o fim da picada" sic, declarou que, se forçado a escolher entre o psolista Jean Wyllys e Bolsonaro, "provavelmente" escolheria o primeiro, recebendo sorrisos dos entrevistadores do programa.  Pondé também é um opositor da presidenciável da direita francesa, nas eleições de : Marine Le Pen, afirmando que seria um desastre se ela ganhasse. Também é um crítico do ex-presidente conservador estadunidense Donald Trump.
 
Só essa opinião sobre nosso “estimado” ex-presidente já conquistou minha simpatia pelo escritor, aumentada mais ainda por sua visão sobre religião.
 
Pondé é crítico do ateísmo materialista, entendido por ele como filosoficamente raso e aborrecido. Mesmo não sendo seguidor de nenhuma religião em especial, encontra na hipótese do Deus bíblico algo atraente e belo. No entanto a posição pessoal de Pondé diante da crença em Deus é dúbia. Algumas de suas opiniões expressas durante entrevistas demonstram isso:
 
“Na realidade não é que eu deixei de ser ateu, filosoficamente eu continuo ateu, quero dizer, continuo achando o ateísmo a hipótese mais fácil na filosofia. Agora, eu acho 'Deus' um conceito, o maior conceito que a filosofia humana já produziu. Eu acho muito mais interessante se 'Deus' existir. Agora, pra mim é muito fácil ser ateu”.
 
“Não fico me perguntando por que tal fato aconteceu comigo. Algo diferente entre mim e a maioria dos ateus que conheço é que eu não tenho bode de Deus, não tenho raiva Dele, nem acho que sacaneou ninguém. Já vivi a perda de pai, mãe e uma irmã que morreu dois anos atrás e, nesses momentos, não é que não exista sofrimento, mas não é um sofrimento pautado por revolta ou que exige explicação. Aceito. Me aceito como mortal. Agora, tenho alma, sou muito sensorial. Vou para a ópera e choro, as sensações regem a forma como me relaciono com o mundo”.
 
"Comecei a achar o ateísmo aborrecido do ponto de vista filosófico. A hipótese do Deus bíblico, na qual estamos ligados a um enredo e um drama morais muito maiores do que o átomo, me atraiu. (...) Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica".
 
Também já se declarou como ateu não praticante.
 
Assim pensa o autor do Guia Politicamente Incorreto... que estou lendo. E estou me divertindo tanto que talvez faça um post com trechos extraídos desse livro. E se alguém quiser comentar, aplaudindo ou condenando o que acabou de ler, sinta-se à vontade, pois aqui, mesmo que eu discorde do que for dito, não há censura, aqui todos os comentários são publicados.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

TABELA DOS TEMPOS DO FIM

 
Sempre admirei o empresário Abílio Diniz, um cara que começou a trabalhar aos doze anos na Doceria Pão de Açúcar - empresa fundada por seu pai – e morreu bilionário. Não vou fazer uma síntese de sua biografia admirável, porque isto não é o tema do post de hoje. O que importa saber é que ele faleceu no domingo passado, aos 87 anos.
 
Talvez a maioria das pessoas não se preocupe com a própria morte (ainda bem!), mas eu, com meus 73 anos de vida mal vivida na maior parte do tempo, me preocupo. Na verdade, não é bem uma preocupação, é mais ou menos como a atenção que um herbívoro africano precisa ter ao beber água na beira de um rio ou poça d’água, sabendo que pode pintar um leão faminto por ali. É vigília, vigilância, atenção.
 
E é essa a minha atitude no momento, porque já notei que muita gente morre a partir dos setenta anos, que funciona quase como uma data de corte (talvez “degola” fosse a palavra mais indicada). E eu não quero que a Parca me surpreenda totalmente. Claro, quando ela chegar não será possível nenhuma negociação, será só Tchum! e fim, adeus, Jotabê.
 
Até lá, entretanto, é bom pensar no tempo que me resta para programar e aproveitar a vida, escolher os livros que quero ler, tentar voltar a dar umas nadadinhas (se a grana sobrar), coçar saco, brincar com as netas, namorar o meu Amor (com alguma ajuda química), admirar a natureza, tentar lembrar o nome das pessoas que conheço, escrever (talvez) alguma coisa para publicar no Blogson, et cetera e tal e por aí vai.
 
Por isso, resolvi fazer uma tabela do “final dos tempos”, ou melhor, "dos tempos para o final" para saber quantos anos ainda viverei se chegar até aos “x” anos, e em que ano isso acabará. Mórbido? Bobagem! Patético? Até que não! Por isso, se eu viver até uma idade próxima à do Abílio Diniz, terei ainda de 12 a 17 anos para errar bastante e me arrepender outro tanto. Olhaí:



 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

CANTANDO CANTAR



A música que enriquece hoje este blog foi composta por Godofredo Guedes, um compositor baiano extremamente talentoso e injustamente pouco conhecido, que mudou-se para Montes Claros quando tinha 27 anos e que é, por acaso, pai de Beto Guedes e avô de Gabriel Guedes e Ian Guedes.
 
Godofredo entrou no meu radar no dia em que ouvi no rádio do carro o choro “Cantar”, de melodia refinada e versos delicadíssimos, interpretada por Sylvia Patrícia e Caetano Veloso. Tentei depois descobrir essa música, tarefa difícil para quem em 1992 nada sabia de computador, Youtube, etc.
 
Não sei quando a ouvi de novo, só sei que foi um caso de amor à primeira vista (melhor seria dizer "audição") pela música composta em Montes Claros. E descobri que “Cantar” foi também  gravada por Beto Guedes, Paulinho Pedra Azul, Cristina Buarque, Tavinho Moura, Paula Toller, Ivo Perelman, Affonsinho, Maria Eugênia e Luiza Possi
 
Curiosamente, com exceção de Tavinho Moura, parece que todos os demais intérpretes optaram por gravar apenas a primeira parte da letra, mesmo que a segunda parte seja tão linda quanto a primeira. Só isso já torna especial o vídeo escolhido para este post. Se quiserem conhecer a letra integral, aí vai:
 
(primeira parte)
Se numa noite eu viesse ao clarão do luar
Cantando e aos compassos de uma canção te acordar
Talvez com saudade cantasses também
Relembrando aventuras passadas
Ou um passado feliz com alguém
Cantar quase sempre nos faz recordar sem querer
Um beijo, um sorriso, uma outra ventura qualquer
Cantando aos acordes do meu violão
É que mando depressa ir embora a saudade que mora no meu coração
 
(segunda parte)
Na melodia expressiva de um samba canção
Há quase sempre uma tristonha história de dor
Há sempre um doce queixume
Um mistério, um ciúme ou uma declaração musicada de amor
E quando uma saudade se aproxima o remédio é cantar
Um samba, o violão numa noite ao clarão do luar

Já tinha publicado este post quando resolvi incluir também a gravação que fez com que eu me apaixonasse pela música. Escutaí:



 

domingo, 18 de fevereiro de 2024

UM ATEU CATÓLICO III

 
Se você leu e não gostou dos posts recentes dedicados a divagações sobre religião e fé, pode parar por aqui, porque este é mais um da série “Ateu Católico” (o último). Poderia dizer brincando com as palavras que este é o terceiro da chatíssima trindade de posts que resolvi publicar. Mas se quiser continuar, bora lá.
 
Eu gostava muito de conversar sobre religião com meu amigo e colega de serviço Pintão, um ateu convertido ao catolicismo. E ao expor minhas dúvidas e inquietações ele tentava me acalmar dizendo que a fé vem de dentro de cada pessoa. Uma vez comentou sobre uma expressão francesa – “la foi du charbonnier”, a “fé do carvoeiro”, para definir a fé monolítica que algumas pessoas possuem, uma fé que nada questiona e que tudo aceita.
 
Fiquei com aquela imagem na cabeça e sempre me lembro dela quando a mente viaja pelo desconhecido, pelo ainda não comprovado, misturando ciência e fé. A partir de agora vou registrar reflexões sobre a Bíblia e sobre as religiões, mostrando por que eu me considero um pouco ateu e um pouco católico.
 
Hoje eu sinto inveja das pessoas quem têm alguma crença religiosa, mas sinto inveja também dos ateus convictos e até daqueles que não se preocupam com religião. Eu sou cheio de dúvidas e tenho tendência a misturar ciência com fé. Por exemplo: Deus criou o Universo?
 
Apesar da quantidade incalculável de galáxias, estrelas e planetas, minha tendência é dizer que se Deus (ou deuses) realmente existe, é razoável imaginar que ele criou o universo. Estou dizendo isto porque estima-se que existam centenas de bilhões de galáxias, cada uma delas com 200 a 400 bilhões de estrelas. Se você pensar que cada estrela pode ter uns 10 planetas fica até difícil entender o número total de planetas existentes. Mas vamos simplificar. Se um “infinitésimo” dessa quantidade corresponder a planetas com vida inteligente será preciso ter muita boa vontade para imaginar que nós somos os queridinhos de Deus e que fomos criados à sua imagem e semelhança. Além disso, até já ouço os espíritos dos neandertais, dos denisovanos e de outros “primos” reclamando também dessa “predileção divina”.
 
Mas Deus pode estar no início, na criação do universo. O universo em que vivemos teria surgido a partir do Big Bang, uma “singularidade”, onde o nada transformou-se em tudo. Talvez exista o dedo de Deus no Fiat Lux que se seguiu. Eu gosto muito e acho poética a descrição bíblica para a criação do mundo:
 
No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: "Faça-se a luz!" E a luz foi feita.
 
Outra pergunta: Jesus era mesmo filho de Deus? Resposta: nunca tive problema com isso, mas nunca achei necessário que nascesse de uma virgem e que não tivesse mais irmãos. Mulher virgem é mais pura? Isso significa que sexo é impuro? Besteira pura, isso sim. Sim, se Deus existir, para mim Jesus pode ter sido mesmo filho de Deus e pode ter ressuscitado. Mas nunca parei para racionalizar isso. Porque nem tudo é explicável e talvez nunca seja. Por exemplo: matéria escura do universo. Existe? Não existe? Até agora é uma construção intelectual não comprovada nem mensurada. Uma das teorias é esta:
 
"Cerca de 95% de toda a matéria que constitui nosso Universo, aparentemente, é feita de algo que não conhecemos e que não conseguimos observar de forma direta. Além disso, um terço de toda essa matéria desconhecida, apelidada de matéria escura, não interage eletromagneticamente, ou seja, não é capaz de emitir ou absorver qualquer tipo de radiação."
 
Acabei de misturar fé com ciência, mas assim é a cabeça de um católico ateu. E vamos mudar de assunto.
 
 
Sabe quantas religiões existem no mundo? Segundo a Wikipédia, umas dez mil. Cá pra nós, você acha justo imaginar que só o Deus judaico-cristão é verdadeiro? Não precisa responder.
 
Sabe quais são os principais grupos religiosos do mundo? Em dados de 2012, são estes: 
Cristianismo (28%)
Islamismo (22%)
Hinduísmo (15%)
Irreligião (11,9%)
Budismo (8,5%)
Ateismo (2,3%)
Judaísmo (0,2%)
Outros (12,1%)
 
Comentários:
- Segundo o dicionário, Irreligião (também referida como incredulidade, ausência de religião ou pessoas sem religião) é a ausência, indiferença ou não prática de uma religião.
- Chama atenção o percentual do judaísmo. Insignificante, mas como tem potencial para atrair rejeição e confusão!
- As quatro maiores religiões surgiram há milênios, sendo o islamismo a mais recente. Surgiu no século VII. Mas vamos mudar de assunto de novo.
 
 
Não entrando no mérito do Verbo ter-se feito carne ou não, eu penso que os fundadores ou formatadores das grandes religiões eram pessoas com inteligência emocional muito acima da média e, que depois de muita meditação e reflexões sobre a essência da vida, estavam interessados apenas em passar mensagens edificantes e normas para um convívio harmonioso e fraterno entre aqueles que os seguiam. O problema é que nenhum deles deixou nada escrito. Quem se encarregou de registrar os ensinamentos recebidos foram seus discípulos.
 
O Evangelho de São Marcos é considerado o primeiro a ser escrito, provavelmente entre os anos 60 e 70 d.C, trinta anos depois da morte de Jesus. O Evangelho de São João foi escrito entre os anos 90 e 110 d.C., entre 60 e 80 anos após a morte do Messias. Ao ficar sabendo disso você já começa a ter minhocas na cabeça. Ou não? Pense bem, você realmente acredita na exatidão das palavras e na descrição precisa dos atos e milagres praticados por Cristo passado tanto tempo? Não precisa responder.
 
Jesus era judeu. Os doze apóstolos também eram judeus. Nada mais natural, portanto que os evangelistas citassem trechos de profecias para demonstrar aos demais judeus que Jesus era verdadeiramente o filho de Deus, que tinha origem divina. Talvez, naquela época, eles não percebessem que o que realmente importava (e sempre importou) eram os ensinamentos que Jesus tinha deixado.
 
Eu, pelo menos, sempre achei curiosa e desnecessária essa “ânsia” pela busca de provas. Sem falar na descrição de acontecimentos que não presenciaram, como o nascimento de Jesus. Quem contou para eles? Negócio é o seguinte: se você já leu trechos dos Evangelhos de forma não mecânica, não automática, já deve ter tido a sensação de que os evangelistas buscaram provar a origem divina de Jesus citando trechos de profecias do Antigo Testamento.
 
Ninguém discute a beleza das parábolas criadas por Cristo, mesmo que registradas com palavras semelhantes ou com alguma “licença poética”, mas alguns episódios citados sempre fizeram surgir a dúvida em minha mente. Por isso, nos meus tempos de católico praticante (e questionador) resolvi ler toda a Bíblia. Talvez assim eu mudasse minha visão reticente e crítica a muitas leituras feitas durante as missas. A primeira providência foi comprar uma Bíblia das Edições Paulinas, impressa em papel de jornal.
 
Comecei lendo a Apresentação e a Introdução Geral. Descobri assim que a “Holy Bible” é formada por 46 “livros” do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Descobri depois que a quantidade de livros do Antigo Testamento pode variar, dependendo da versão consultada (existe uma porrada). Para o ChatGPT, por exemplo, são apenas 39. De onde saiu isso? Só Deus sabe! (piada).
 
No caso do Novo Testamento, a coisa é mais simples:
Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João
Livro Histórico: Atos dos Apóstolos
Epístolas de São Paulo: Romanos, Coríntios (duas), Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, Tessalonicenses (duas), Timóteo (duas), Tito, Filêmon, Hebreus
Epístolas Católicas: Tiago, Pedro (duas), João (três), Judas,
Livro Profético: Apocalipse,
 
Resolvi começar a leitura pelo Evangelho de São Mateus. Achei lindo, adorei a leitura das belíssimas parábolas criadas por Jesus, mas a coisa começou a dar tilt, pois eu pensava que os quatro evangelhos seriam complementares entre si. Ledo engano! Mateus, Marcos e Lucas são chamados sinóticos por apresentarem muitas semelhanças, Tantas que levaram os estudiosos a acreditar que esses evangelhos foram escritos com base em fontes comuns. Em outras palavras, são quase um copicola do outro. Isso é ruim? Não necessariamente, mas fiquei um pouco decepcionado.
 
Tentei também ler o “Apocalipse”, mas não tive saco. É muita fantasia e alegoria. Dá até para pensar que São João estava bêbado ou fumado quando o escreveu.
 
Para concluir a goma iniciada no penúltimo post, a Bíblia jotabélica seria formada pelo A.T. magrinho citado no post anterior e por um Novo Testamento sem o livro do Apocalipse. Uma das versões mais antigas da Bíblia é chamada de Septuaginta. A Bíblia jotabélica poderia ser conhecida como Bíblia Zedapinta (piada ruim!).
 
E agora é para acabar mesmo: você pode ter odiado e achado ridículos os argumentos e reflexões apresentados nos três posts do católico ateu, mas se quiser diversão garantida leia o Gênesis, uma crônica policial por excelência. Fui.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

UM ATEU CATÓLICO II

 
Já deixo claro que o que será lido a partir de agora é só fruto de um delírio pessoal, delírio que me acompanha desde quando eu era ainda um católico praticante. Serve para alguma coisa? Claro que não, é apenas uma tentativa de fazer o cérebro exercitar-se.
 

Você alguma vez pensou que a Bíblia poderia ser diferente, mais simples do que é? Não? Eu já. E explico o motivo de pensar assim. O Antigo Testamento está cheio de “livros” que nada significam para mim, um não judeu. Quer um exemplo? Que interesse tem para mim a história de Rute ou “Números”? Mesmo sendo atualmente um católico-ateu (ou ateu-católico) fiquei pensando em uma versão “gourmet” da Bíblia (se este blog tivesse leitores certamente alguém já estaria me chamando de herege).
 
Para isso, solicitei os serviços do ChatGPT e fiz a seguinte pergunta:
“De que tratam os livros do Antigo Testamento?” E ele respondeu:           
 
Os livros do Antigo Testamento da Bíblia tratam de uma variedade de temas, incluindo história, leis, profecias, sabedoria, poesia e relatos religiosos. Aqui está uma visão geral dos principais temas e conteúdos de cada seção:
Pentateuco:
Gênesis: Origens do mundo, dos povos e da nação de Israel, incluindo histórias de criação, os patriarcas (Abraão, Isaac, Jacó) e a escravidão no Egito.
Êxodo: A libertação de Israel do Egito, a entrega da lei no Monte Sinai (incluindo os Dez Mandamentos) e a jornada pelo deserto.
Levítico: Leis religiosas, rituais e regulamentos para o sacerdócio e o culto.
Números: Censo de Israel no deserto, jornadas, rebeliões e preparação para entrar na Terra Prometida.
Deuteronômio: Recapitulação das leis e eventos anteriores, exortações para obedecer a Deus e previsões sobre a entrada em Canaã.
Livros Históricos:
Josué: Conquista de Canaã e divisão da terra entre as tribos de Israel.
Juízes: Período de liderança militar e política antes da monarquia.
Rute: História de uma mulher moabita que se torna ancestral do rei Davi.
1 Samuel: Samuel, Saul e Davi: os primeiros reis de Israel.
2 Samuel: Reinado de Davi e os primeiros anos de seu filho Salomão.
1 Reis: Reinado de Salomão e divisão do reino após sua morte.
2 Reis: História dos reinos divididos de Israel e Judá até o exílio.
1 Crônicas: Genealogias e história de Israel, com ênfase na linhagem de Davi.
2 Crônicas: História dos reis de Judá, destacando o templo e a adoração.
Livros Poéticos e de Sabedoria:
Jó: Reflexões sobre o sofrimento e o significado da fé.
Salmos: Uma coleção de cânticos e orações.
Provérbios: Sabedoria prática para a vida diária.
Eclesiastes: Reflexões sobre o propósito da vida e a busca pela sabedoria.
Cântico dos Cânticos: Um poema sobre amor e desejo.
Profetas Maiores:
Isaias: Profecias sobre o futuro de Israel e do Messias.
Jeremias: Profecias de julgamento e esperança, com foco na queda de Jerusalém.
Lamentações: Poesias lamentando a destruição de Jerusalém.
Ezequiel: Visões proféticas e mensagens simbólicas durante o exílio.
Daniel: História e visões proféticas durante o exílio babilônico.
Profetas Menores:
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias: Profecias, advertências e promessas de restauração para Israel.
 
Percebeu que eu tinha razão ao dizer da inutilidade para um não judeu de livros destinados originalmente apenas aos judeus? Aí fiz outra pergunta:
 
“Para um não judeu que não esteja interessado em conhecer os aspectos históricos e culturais do judaísmo, quais livros trariam ensinamentos de interesse geral, que pudessem ser aplicados até mesmo para ateus?”
 
Para um não judeu que não esteja interessado nos aspectos históricos e culturais do judaísmo, mas que busque ensinamentos de interesse geral aplicáveis até mesmo para ateus, os livros que se concentram mais em reflexões sobre a vida, moralidade e sabedoria prática podem ser mais relevantes. Nesse sentido, os seguintes livros poderiam ser considerados como contendo ensinamentos de interesse geral:
Provérbios: Oferece uma vasta coleção de sabedoria prática para a vida cotidiana, incluindo conselhos sobre relacionamentos, trabalho, finanças e comportamento ético.
Eclesiastes: Explora questões filosóficas sobre o propósito da vida, o significado da existência humana e a busca pela felicidade, fornecendo reflexões profundas sobre a natureza da existência.
Salmos: Contém uma variedade de cânticos e orações que abordam uma ampla gama de experiências humanas, incluindo gratidão, arrependimento, confiança e esperança, oferecendo conforto e inspiração espiritual.
Jó: Proporciona uma reflexão sobre o sofrimento humano, questionando as noções tradicionais de recompensa e punição divinas e explorando as complexidades da fé e da justiça em face da adversidade.
 
Estes livros oferecem insights universais sobre a natureza humana, a moralidade e o propósito da vida que podem ser valiosos para qualquer pessoa, independentemente de sua afiliação religiosa. Eles fornecem orientação prática, reflexão filosófica e consolo espiritual que podem ser aplicados em diversas situações e contextos da vida.
 
E assim seria o Antigo Testamento para um ateu-católico: magrinho, magrinho. E só com o que realmente importa para mim. Mas isso, como já disse, é só uma chacoalhada no cérebro, para que ele não adormeça antes de mim.

MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4