segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

CANTANDO CANTAR



A música que enriquece hoje este blog foi composta por Godofredo Guedes, um compositor baiano extremamente talentoso e injustamente pouco conhecido, que mudou-se para Montes Claros quando tinha 27 anos e que é, por acaso, pai de Beto Guedes e avô de Gabriel Guedes e Ian Guedes.
 
Godofredo entrou no meu radar no dia em que ouvi no rádio do carro o choro “Cantar”, de melodia refinada e versos delicadíssimos, interpretada por Sylvia Patrícia e Caetano Veloso. Tentei depois descobrir essa música, tarefa difícil para quem em 1992 nada sabia de computador, Youtube, etc.
 
Não sei quando a ouvi de novo, só sei que foi um caso de amor à primeira vista (melhor seria dizer "audição") pela música composta em Montes Claros. E descobri que “Cantar” foi também  gravada por Beto Guedes, Paulinho Pedra Azul, Cristina Buarque, Tavinho Moura, Paula Toller, Ivo Perelman, Affonsinho, Maria Eugênia e Luiza Possi
 
Curiosamente, com exceção de Tavinho Moura, parece que todos os demais intérpretes optaram por gravar apenas a primeira parte da letra, mesmo que a segunda parte seja tão linda quanto a primeira. Só isso já torna especial o vídeo escolhido para este post. Se quiserem conhecer a letra integral, aí vai:
 
(primeira parte)
Se numa noite eu viesse ao clarão do luar
Cantando e aos compassos de uma canção te acordar
Talvez com saudade cantasses também
Relembrando aventuras passadas
Ou um passado feliz com alguém
Cantar quase sempre nos faz recordar sem querer
Um beijo, um sorriso, uma outra ventura qualquer
Cantando aos acordes do meu violão
É que mando depressa ir embora a saudade que mora no meu coração
 
(segunda parte)
Na melodia expressiva de um samba canção
Há quase sempre uma tristonha história de dor
Há sempre um doce queixume
Um mistério, um ciúme ou uma declaração musicada de amor
E quando uma saudade se aproxima o remédio é cantar
Um samba, o violão numa noite ao clarão do luar

Já tinha publicado este post quando resolvi incluir também a gravação que fez com que eu me apaixonasse pela música. Escutaí:



 

6 comentários:

  1. Nada como se identificar com uma música/cantor, né, JB? Eu adoro!
    Agradeço pela recomendação, foi uma descoberta.

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    1. Essa música tem um apelo especial para mim não por ser bonita e por ser um choro, estilo de que eu gosto muito. O que me surpreendeu foi ter sido composta por um músico talentoso totalmente desconhecido e do interior de Minas Gerais. Foi como descobrir uma pedra preciosa no meio da terra ou da enxurrada. O Gofofredo teve a sorte de se pai do Beto Guedes (um dos membros do "Clube da Esquina" e que talvez muita gente não conheça hoje) mas, principalmente avô do multiinstrumentista (toca dez instrumentos) Gabriel Guedes, que lançou um disco só com choros compostos pelo avô. Se quiser conhecer, o link é este: https://www.youtube.com/watch?v=tCZGY_gAw4Y&list=PLGTLpDTRxiDe-4c-hpEYT7HINqoSeWQI3

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  2. Jotabê,
    Adorável sua publicação!
    Assisti os vídeos.
    Quanto ao que argumentou lá no Espelhando,
    meu nome é Catia Helena, e quando comecei
    minha jornada na internet com Blogs e o antigo MSN,
    eu precisava de um nome não comum, pois Catia
    nos anos 60 me parece que era um nome
    bem usado, sou de 62. Então juntei as 1as letras de
    meu nome completo e formei o Catiaho (falado fica Catiarrô).
    Na busca na internet somente 1 empreso no RJ tem o
    som parecido que é a agencia de emprego Catho.
    Assim segui minha trajetória Blogueira, Poeta, depois Escritora
    e por fim de Editora e Assessora Editorial.
    Minha Neta Alice de 6 anos ama que a avó tenha um nome
    como ela diz: diferente. Desculpa ter me alongado.
    Percebi que você fala de filhos(as) e netos(as). Vamos trocar
    figurinhas.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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    Respostas
    1. Obrigado, Catiaho. Se me permite duas sugestões, recomendo os textos dos marcadores "Memória" e os falsos poemas do marcador Literatices (Versos). Depois me conte se gostou.

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