Na pasmaceira que está MEU carnaval o remédio é curtir a graça, a inocência e a sinceridade das netinhas. Olhaí
Quando a Lelê e a Lulu chegaram a Bia e a Cacá já estavam se divertindo com os presentes que ganharam. A Lelê entrou chorando, segurando o bracinho onde havia uma manchinha vermelha. Perguntei como ela tinha se machucado, se tinha caído ou esbarrado em algum lugar. A mãe disse que depois me explicaria o motivo. E o choro se transformou em sorriso depois de também ganhar um presentinho igual ao das priminhas.
Mais tarde a mãe contou a história toda. Quando já estavam vindo para nossa casa a Lelê já foi logo avisando:
- Mamãe, quando eu chegar na casa da vovó vou ter uma conversa muito chata.
- Ah, é, Lelê? E que conversa chata é essa?
- Meu braço está machucado!
- Aahh, e com quem você vai ter essa conversa chata?
- Com a Tia Fê, com a Bia, a Cacá ou com quem estiver lá!
As irmãs, amigas e alguns sobrinhos foram convidados. A Bia e a Cacá também estavam lá.
A Bia sempre comenta sobre minha barriga obscena. Por isso, estando sentado próximo a ela e aos pais, comecei a provocá-la, dizendo estar muito gordo e muito velho.
A Cacá ouvindo aquilo comentou:
-É, você está velhinho mesmo. Daqui a pouco vai virar estrelinha.
Os pais reagiram constrangidos, tentando corrigir
ou amenizar a sinceridade inocente:
- Não, Cacá, o vovô ainda demora muito a virar estrelinha!
- Não, Cacá, o vovô ainda demora muito a virar estrelinha!
Eu achei engraçada a franqueza infantil e
comentei que só quero virar estrelinha depois de ir ao aniversário de quinze
anos das duas. Mas a Cacá corrigiu:
- Nós vamos fazer seis anos!
- Eu sei, mas não estou com pressa.
- Nós vamos fazer seis anos!
- Eu sei, mas não estou com pressa.
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