No dia 26 de maio o senador Flávio Bolsonaro
postou no Twitter este inocente
comentário: “Mesmo
no auge da segunda onda de covid, Brasil consegue criar 120 mil novas vagas de
emprego. De janeiro a abril o saldo positivo foi de quase 1 milhão de empregos
com carteira assinada. Com a vacinação em massa engrenando, o cenário estará
melhor a cada dia!”
Achei muita graça ao ler os comentários de
alguns fanáticos que o seguem, mas não vale a pena gastar tempo com idiotas. O que me fez
transcrever o tuite do filhão zero um é o fato de ter me lembrado de um caso grotesco
que ouvi faz muito tempo e que tentarei reproduzir. Antecipadamente peço
desculpas pelo palavreado chulo utilizado, bastante diferente do habitualmente
encontrado no Blogson, mas o assunto a ser abordado assim pede.
Em algum momento do início do século XX, em
algum grotão das Minas Gerais aconteceu de um velho endinheirado perder sua
capacidade de manter relações sexuais com mulheres, com as prostitutas de que
tanto gostava. Dizendo claramente, seu pau não subia mais, estava broxa. Mesmo
assim, continuava a dirigir-se ao puteiro da cidade e ficava por ali dando mole
(nesse caso, literalmente). Como em outras situações, muitas vezes os opostos
se atraem. E os opostos nesse caso eram jovens sem dinheiro (duros também nesse
caso).
Provavelmente por iniciativa do velho,
começava a rolar uma conversa descontraída. Talvez o idoso perguntasse se o
mais novo estava a fim de dar uma trepada, ouvindo como resposta um “não” devido à falta de grana. O velho
prontamente dizia que se esse era o motivo então estava resolvido, pois ele lhe
daria o dinheiro para pagamento da puta. Só havia uma condição (plenamente
aceita): queria ver a “consumação do ato”. Parece que essa sociedade virou um “case de
sucesso” local, cada vez mais divulgado, cada vez com mais “sócios”.
Feita e aceita a negociação, o velho
instalava-se em uma cadeira talvez ligeiramente oculta por alguma cortina ou
lençol e o “espetáculo” começava. Quem me contou essa bizarrice talvez tenha
sido um desses atores (ou sócios), pois disse que o velho voyer tomado de grande
entusiasmo às vezes intervia, exclamando coisas como “Mete nela o ferro!” ou “É
disso que ela está precisando!”. Como se diz em Minas Gerais, naquele
momento, naquele lugar, um velho sátiro estava querendo “gozar com o pau dos outros”.
A mesma coisa parece querer o filhão das
rachadinhas ao fazer esse comentário extemporâneo de louvação aos efeitos benéficos
da vacinação, uma espécie de orgasmo à distância, virtual. Por que não disse
isso um ano atrás? Nada mais patético, nada mais ridículo, nada mais
oportunista, concordam?
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