Se existem duas pessoas muito preocupadas com o desmatamento somos eu e o simpático ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. No caso dele, suspeito que seja da área de Exatas, pois, fundamentalista roxo como é (perdão, eu queria dizer “verde e amarelo”), deve ter um entendimento literal do que “meio” quer dizer. Para ele, só deve significar metade do todo. Ou seja, só quer ou consegue enxergar metade do pepino que teria por obrigação descascar. Mas com Jotabê a coisa muda de figura, pois esse ecologista renomado consegue ter uma visão abrangente (e pleonástica) das duas metades da laranja, pois sempre soube que dois e dois são cinco.
Justamente por isso e de olho no olho da Poca (e em outros atributos da funkeira), Jotabê tomou uma decisão radical: a partir de agora, contra tudo e contra
todos, porá a mão na massa, enfiará o pé na jaca, chutará o balde, mergulhará
de cabeça, enfrentará o problema de peito aberto e todos os demais clichês que
existirem, pois combaterá a erosão com o cultivo de uma mata ciliar cada
vez mais exuberante.
Assim, esse coeficiente de arrasto está cada vez mais arrastando a pele do
rosto para baixo. Já vejo até o dia em que coçarei simultaneamente o queixo e o umbigo com a mesma mão - e de uma só vez! Por isso, resolvi deixar crescer uma mata ciliar não postiça no rosto, só para combater a erosão causada pelo tempo,
tempo, tempo, tempo. E, podem acreditar, precisei vencer duas grandes
resistências. A primeira é meu TOC de longo alcance, pois pretendia deixar novamente
crescer a barba só quando tivesse oitenta anos - e se ainda estivesse vivo! (deixei com 20, 42 e 65 anos,
entendeu?). E a segunda objeção veio de minha mulher, que não gostou quando lhe
falei de minha decisão, pois pressinto que seu pensamento tenha sido este: “para trocar merda por merda, deixe como está”.
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