sexta-feira, 31 de julho de 2020
quinta-feira, 30 de julho de 2020
quarta-feira, 29 de julho de 2020
terça-feira, 28 de julho de 2020
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domingo, 26 de julho de 2020
sábado, 25 de julho de 2020
sexta-feira, 24 de julho de 2020
quinta-feira, 23 de julho de 2020
quarta-feira, 22 de julho de 2020
terça-feira, 21 de julho de 2020
segunda-feira, 20 de julho de 2020
SÓ 3,5 BILHÕES DE ANOS? - 01
É burrice explicar piadas, mas a intenção não é essa. O lance é que esta é mais uma série onde resolvi brincar com a ideia de unir as primeiras formas de vida surgidas na Terra há três ou quatro bilhões de anos (provavelmente organismos unicelulares), com sentimentos e comportamentos humanos. Tentar encontrar situações idiotas espelhadas no cotidiano de algumas (ou muitas) pessoas, convertendo essa zorra em "dezénhos" feitos no Word é uma coisa que me diverte muito. Publicada em 2018, eu a "teletransportei" para os dias atuais, pois me incomodava a despadronização dos episódios originais. Aí resolvi arrumar essa zona, mudei a ordem de publicação e acabei acrescentando mais três posts aos 22 originais. E essa repaginação virou a nova série velha, que continua a utilizar humor "estilo Jotabê", sinônimo de "microscópico" (esse não tem jeito de corrigir). Por isso, gostando ou não, pelos próchimos 25 dias só vai rolar micróbio por aqui.
domingo, 19 de julho de 2020
A CENSURA (HÁ CENSURA?)
Têm acontecido umas coisas muito estranhas
ultimamente - ou há muito tempo, mas talvez só percebidas por mim depois de resolver fazer a “auditoria
comemorativa” dos seis anos de existência do Blogson (já está quase alfabetizado!). Como
pretendia escolher os blogs mais visualizados e aqueles de que mais gostei,
comecei a revolver os quase dois mil posts, trabalho que deu a exata dimensão
do lixão que é o blog. Independente de julgamento de valor, descobri que alguns
posts tinham perdido a razão de existir.
Os primeiros a ser detectados foram aqueles
em que eu comento sobre músicas que por esse ou aquele motivo me tocaram mais
(desculpem o trocadilho). Ao acessar o post percebia que o link do youtube
tinha sido removido. Ok, pensei comigo, este é um problema ligado a direitos
autorais. Mesmo assim mutilou o post publicado.
Mas se fosse só isso estava tudo bem, era
aceitável. Se quisesse, bastaria encontrar outro link da mesma música, talvez
com outro intérprete, essas coisas. Foda foi descobrir que o blog hoje possui
posts absolutamente ininteligíveis, pois a imagem que dava sentido ao texto que
escrevi (normalmente curto e associado a algum acontecimento divulgado na
mídia) tinha sumido, ou melhor, tinha sido transformada em um íconezinho que um
ignorante como eu não consegue restaurar.
E só descobri isso depois de por em prática a maior ideia de jerico que já tive. Acho que vou falar disso em outro post (não dá para desperdiçar assunto!). O resultado foi ter apagado oito posts antigos por não conseguir saber mais de que falavam. O consolo é imaginar que deveriam ser um lixão só, pois ancorados apenas em imagens importadas da Internet. A imagem dessa "tragédia" é esta:
E só descobri isso depois de por em prática a maior ideia de jerico que já tive. Acho que vou falar disso em outro post (não dá para desperdiçar assunto!). O resultado foi ter apagado oito posts antigos por não conseguir saber mais de que falavam. O consolo é imaginar que deveriam ser um lixão só, pois ancorados apenas em imagens importadas da Internet. A imagem dessa "tragédia" é esta:
Outra coisa que tem me enfurecido muito é a
mudança de formatação. Todos os textos que publico são escritos em Word. Mesmo
que não melhore a qualidade literária, isso me ajuda a corrigir a maioria dos
erros e vacilos cometidos. Depois de escrever, recortar, alterar a ordem,
excluir e todo tipo de coisas que faço durante a execução, formato tudo na opção
“Sem espaçamento” e utilizo fonte Arial 12 justificado. Adoto itálico para as muitas
citações que utilizo ou para dar destaque a alguma palavra ou expressão em
particular. Pois bem, graças à “auditoria” descobri que uma porrada de posts está
desconfigurada, às vezes com dois tipos de fontes, textos não
justificados, espaços gigantes entre parágrafos, uma zona. Será que precisarei
me curvar ao padrão “blogger” para que isso não aconteça? Quem aguenta uma coisa assim?
O mais preocupante – e que antes parecia
engraçado – é a ação de robôs (ou hackers). O
Blogson hoje conta com mais de 82 mil visualizações. Fico impressionado com
esse número, certamente impulsionado pelos cinco amigos virtuais fixos do blog
(acho pedante dizer “seguidores”) que já publicaram em seus próprios blogs
alguma coisa extraída do blog da solidão
ampliada. Mas isso não explica os espasmos de visualizações atípicas que
acontecem assim do nada.
Atualmente, a quantidade média atual de visualizações está em torno de 17 acessos diários. Em um dos dias desta semana foram
registradas 156 visualizações, o que é maluquice, certamente obra e graça de
robôs. Mas fica a pergunta: só fazem uma visitinha de inspeção ou aproveitam e mutilam algum
post?
Mas sempre é possível piorar um pouco o que
já está ruim. Anteontem estava cochilando em frente ao computador, literalmente batendo a cabeça no teclado, de
tanto sono que tinha. Mesmo assim, tentava ficar acordado, pois queria pelo
menos encontrar nos backups as imagens perdidas mencionadas acima. Não sei o
que aconteceu, pois consegui excluir a pasta “Blogson” e tudo o que ela
continha. Ela não foi movida, ela literalmente sumiu. Lembro-me apenas de uma
mensagem que falava alguma coisa sobre novecentos e não sei quantos arquivos. E
eu, com os olhos fechando, confirmei. Bacana, não? Quando ainda trabalhava, às
vezes perdia arquivos gigantescos que estava analisando, só por não ter o costume de fazer
backup. Isso me obrigava a recomeçar do zero (coisa de retardado mental).
Graças às não tão raras vaciladas desse tipo, um colega começou a me gozar,
dizendo que “Jesus salva, mas o Botelho
não”.
Independente do que possa estar acontecendo
ou ter acontecido, eu odeio qualquer manifestação de censura. Para mim, as
pessoas com esse perfil padecem de SIDA –
Síndrome da Divindade Adquirida, pois desejam e esperam que o mundo, a Vida, as pessoas sejam à sua imagem e semelhança, de acordo com sua visão
preconceituosa e limitada. Nosso presidente é bom nisso, o mesmo acontecendo
com seus adoradores. Para resumir: não sei o que está acontecendo nem o que
pode ter acontecido. Pelo sim pelo não, acho que vou começar a publicar
receitas de bolo e de pão de queijo. E sem glúten!
sábado, 18 de julho de 2020
MARRETANDO OS HERÓIS
Mesmo sem muita vontade de publicar nada hoje, resolvi cumprir a
regra do blog que é: resposta grande vira post.
Por isso, escarafunchei a internet para exibir os personagens de HQ antigas que
meu amigo Marreta disse não conhecer. Como pode-se ver abaixo, ele não perdeu
nada. Para comprovar esta afirmação, copiei duas antigas propagandas de ternos.
Como disse no post que deu inicio a essa "visitação ao museu das HQ", em muitas
histórias os personagens poderiam ter seus nomes trocados que leigo nenhum jamais
perceberia. O “realismo” dos desenhos aliado à ausência de super poderes e de vestimentas
exóticas fazia com que todas essas histórias tivessem um jeitão de desenhos
publicitários. É só comparar o desenho do Big Ben com o do Steve Roper ou com a propaganda do terno.
sexta-feira, 17 de julho de 2020
ANTI-HERÓIS VOLUME 2
Como não estava pensando em postar nada hoje,
resolvi publicar o quadro abaixo como complemento ao post “Anti-Heróis” e em resposta a um comentário de meu amigo virtual
Scant. Os personagens de HQ mencionados no post citado foram avaliados segundo
quatro critérios, mas só na base da memória, sem consulta externa nenhuma. Por
isso, o julgamento poderá sofrer alterações (como se alguém estivesse
interessado em checar isso!).
Os critérios adotados foram:
-Traço do desenho: realista ou caricatural
-Estilo (ou temática) predominante: aventura,
policial, faroeste e humor.
-Público leitor (pela atratividade dos enredos): adultos, público em geral, infantil e muito infantil. “Adulto”, no caso, não se refere a “temas
adultos”, mas ao público leitor. Normalmente as histórias mais chatas. Finalmente, a identificação de um “plus” na
história.
Para mim, disparado, a melhor tira de todas
as citadas era Ferdinando Buscapé ou “Família Buscapé”. O desenhista era
fantástico, as situações divertidíssimas e as histórias sempre com críticas ou
comentários sobre os costumes e a situação política internacional. O traço era
caricatural, mas com uma qualidade igual à do Chico Caruso.
Esqueci-me de mencionar que havia HQs de
terror e histórias de bang-bang com nomes de atores e personagens de filmes de
faroeste. E uma bizarrice: algumas revistas dedicadas ao público feminino
publicavam HQs feitas com fotos, não com desenhos. Sempre histórias românticas,
essas eram as “fotonovelas”.
E agora a tabela para o Scant.
E agora a tabela para o Scant.
quinta-feira, 16 de julho de 2020
ANTI-HERÓIS
Tenho vivido experiências curiosas todas as vezes em que acesso o blog de meu amigo virtual Ozymandias Realista. Como sou pouco dado a salamaleques e mesuras, já me refiro a ele chamando-o de Ozy, mesmo que ele não tenha me dado liberdade para tanto. Mas um sujeito que traz "Botelho Pinto" na certidão de nascimento já nasceu fadado a não ligar muito para o nome das demais pessoas. E, mesmo que esteja parecendo, esse não é o assunto deste post.
Estava falando das experiências vividas quando acesso o blog do Ozy (eu sempre acesso). Aquilo lá parece a ONU - Organização dos Nerds Unidos, tal a quantidade de erudição nerd que jorra dos posts ali publicados. Os colaboradores e os que tecem comentários aparentam ser tão fissurados em HQs de super-heróis que comentam até sobre os desenhistas e roteiristas das inúmeras - e para mim desconhecidas - histórias em quadrinhos que leram. Fico lendo aquilo com a maior cara de paisagem, sem entender nada das abordagens ao nível molecular que fazem do enredo, do personagem, como se o blog fosse uma faculdade onde está sendo feita uma defesa de teses de doutorado ou coisa assim.
Essa fissura e conhecimento profundo que exibem sobre as atuais HQs me fazem perceber que eu sou um viajante do tempo, um surfista com prata nos cabelos. E, mesmo que não chegue ao ponto de confundir “arregaçar as mangas” com “arregaçar os mangás”, percebo que estou desconectado da cultura pop atual, à deriva nesse mar de personagens-super enfrentando inimigos-super, em tudo diferentes dos personagens de HQ da minha infância e juventude. Justamente por isso resolvi compartilhar com meu amigo Ozy e todos os que leem este blog as minhas lembranças do universo dos quadrinhos das décadas de 1950 e 1960 (creio ter ouvido o rugido de um tiranossauro faminto!).
As histórias em quadrinhos entraram em minha vida a partir do momento em que fui alfabetizado. Na época havia uma conversa idiota de que criança que lê quadrinhos não se acostumará com a leitura de livros (mal sabiam os defensores dessa tese que isso se concretizaria primeiro com a televisão, jogos eletrônicos e depois com as redes sociais!).Para mim esse sempre foi um preconceito ridículo, pois eu traçava livros com o mesmo prazer que lia as HQ em que conseguia por as mãos.
Éramos muito pobres, pois meu pai estava quebrado e pendurado em agiotas. Por isso, livros e HQs eram lidos só quando comprados por tios e tias. A sorte é que morávamos com oito irmãos solteiros de minha mãe. Dessa fase eu me lembro dos personagens Pato Donald e Mickey, cada qual com sua “tchurma” de apoio. Um pouco mais tarde, já com uns dez anos, comecei a ler as tirinhas publicadas diariamente no jornal O Globo que meu avô comprava. Foi aí que tive contato com uma penca de personagens hoje esquecidos (a maioria, pelo menos).
Uma vez meu irmão deu um show de erudição e memória ao me mandar por e-mail a relação completa de todos eles. Infelizmente, como não nos falamos mais, não posso pedir sua ajuda para escrever este post. Mas, até onde consegui me lembrar, seriam essas algumas das tiras publicadas: Águia Negra, Big Ben Bolt, Brucutu, Buck Rogers, Dick Tracy, Fantasma, Ferdinando Buscapé, Flash Gordon, Jim Gordon, Mandrake, Nick Holmes, O Reizinho, Pafúncio, Pinduca, Popeye, Steve Canyon, Steve Roper, Super Homem, Tarzan, Terry e os Piratas e Zorro (o Cavaleiro Solitário).
Quais desses mereceriam destaque hoje? Lembro-me de ter lido com muito prazer as histórias de Brucutu, Fantasma, Ferdinando Buscapé e Mandrake. Com algum prazer as tiras do detetive Dick Tracy, Flash Gordon, Popeye, Super Homem e Tarzan. Mais velho um pouco, já na adolescência, divertia-me com o humor meio non sense do casal novo-rico Pafúncio e Marocas, pois as figuras dos quadros pendurados nas paredes de sua mansão saiam da moldura e eu achava essa uma ótima ideia, uma espécie de humor paralelo, mais ou menos como no caso do mini-robô Lampadinha do Professor Pardal.
As tiras das histórias Big Ben Bolt, Jim Gordon, Nick Holmes, Steve Canyon, Steve Roper, Terry e os Piratas eram constrangedoramente sem graça para mim, pelo simples motivo de seus personagens serem humanos demais, ou melhor, ter enredos muito semelhantes, sem mágicas, sem truques, sem caricatura, sem magia, enfim. Se o editor da seção colocasse a HQ do ex-boxeador Big Ben com o título do detetive Nick Holmes quase não mudaria nada em termos de estética e de traço. Poderia também incluir nesse pacote o herói mascarado Águia Negra com seu elmo e malha de aço de inspiração medieval e até mesmo o caubói Zorro, o amigo do índio Tonto.
Antes de continuar nessa seara, vou fechar as lembranças com mais alguns personagens das décadas de 1950 e início de 1960 que tiveram suas revistas individuais. Lembro-me de ter lido Batman, Capitão Marvel (bem melhor que Batman), o divertido Homem de Borracha (outra HQ caricatural), as geniais histórias da Luluzinha e Bolinha (que só soube apreciar depois de casado), as infantis (mas com boas histórias) Super Mouse, Pimentinha e Gato Félix.
Creio que no início da década de 1960 resolveram lançar simultaneamente uma penca de revistas para atender segmentos bastante específicos. Para crianças bem novas saíram Brasinha, Gasparzinho, Riquinho, Bolota e Brotoeja (minha irmã lia). Acho que foi nessa época que também saíram revistas de autores brasileiros: Pererê (do Ziraldo), Aventuras do Anjo e Jerônimo (o herói do sertão), além das internacionais Charlie Chan e Don Chicote. Lembro-me ainda de Jim das Selvas e Príncipe Valente (magnificamente desenhada), duas tiras que não consigo encaixar em lugar nenhum, embora pense que o mais provável foi terem sido também publicadas no jornal O Globo.
O fato é que tirando o Super-Homem, o Capitão Marvel e o hilário Homem de Borracha não havia a profusão de super-heróis de hoje em dia. Os heróis e vilões não eram dotados de super poderes e tinham feições monotonamente semelhantes. Essa padronização de traços é que sempre me afastou de HQs com temática de aventura, mesmo que o personagem fosse um dos raros super-heróis disponíveis. O que eu sempre curti e até hoje curto são os anti-heróis (ou sub-heróis) é o traço caricatural, a releitura do cotidiano, a crítica aos costumes, a ironia e o non sense das histórias e personagens. Daí o meu interesse por histórias com pegada de humor - e consequente desinteresse pelas aventuras mirabolantes de super-heróis de corpos sarados e expressões faciais de desenhos de publicidade. É isso.
Estava falando das experiências vividas quando acesso o blog do Ozy (eu sempre acesso). Aquilo lá parece a ONU - Organização dos Nerds Unidos, tal a quantidade de erudição nerd que jorra dos posts ali publicados. Os colaboradores e os que tecem comentários aparentam ser tão fissurados em HQs de super-heróis que comentam até sobre os desenhistas e roteiristas das inúmeras - e para mim desconhecidas - histórias em quadrinhos que leram. Fico lendo aquilo com a maior cara de paisagem, sem entender nada das abordagens ao nível molecular que fazem do enredo, do personagem, como se o blog fosse uma faculdade onde está sendo feita uma defesa de teses de doutorado ou coisa assim.
Essa fissura e conhecimento profundo que exibem sobre as atuais HQs me fazem perceber que eu sou um viajante do tempo, um surfista com prata nos cabelos. E, mesmo que não chegue ao ponto de confundir “arregaçar as mangas” com “arregaçar os mangás”, percebo que estou desconectado da cultura pop atual, à deriva nesse mar de personagens-super enfrentando inimigos-super, em tudo diferentes dos personagens de HQ da minha infância e juventude. Justamente por isso resolvi compartilhar com meu amigo Ozy e todos os que leem este blog as minhas lembranças do universo dos quadrinhos das décadas de 1950 e 1960 (creio ter ouvido o rugido de um tiranossauro faminto!).
As histórias em quadrinhos entraram em minha vida a partir do momento em que fui alfabetizado. Na época havia uma conversa idiota de que criança que lê quadrinhos não se acostumará com a leitura de livros (mal sabiam os defensores dessa tese que isso se concretizaria primeiro com a televisão, jogos eletrônicos e depois com as redes sociais!).Para mim esse sempre foi um preconceito ridículo, pois eu traçava livros com o mesmo prazer que lia as HQ em que conseguia por as mãos.
Éramos muito pobres, pois meu pai estava quebrado e pendurado em agiotas. Por isso, livros e HQs eram lidos só quando comprados por tios e tias. A sorte é que morávamos com oito irmãos solteiros de minha mãe. Dessa fase eu me lembro dos personagens Pato Donald e Mickey, cada qual com sua “tchurma” de apoio. Um pouco mais tarde, já com uns dez anos, comecei a ler as tirinhas publicadas diariamente no jornal O Globo que meu avô comprava. Foi aí que tive contato com uma penca de personagens hoje esquecidos (a maioria, pelo menos).
Uma vez meu irmão deu um show de erudição e memória ao me mandar por e-mail a relação completa de todos eles. Infelizmente, como não nos falamos mais, não posso pedir sua ajuda para escrever este post. Mas, até onde consegui me lembrar, seriam essas algumas das tiras publicadas: Águia Negra, Big Ben Bolt, Brucutu, Buck Rogers, Dick Tracy, Fantasma, Ferdinando Buscapé, Flash Gordon, Jim Gordon, Mandrake, Nick Holmes, O Reizinho, Pafúncio, Pinduca, Popeye, Steve Canyon, Steve Roper, Super Homem, Tarzan, Terry e os Piratas e Zorro (o Cavaleiro Solitário).
Quais desses mereceriam destaque hoje? Lembro-me de ter lido com muito prazer as histórias de Brucutu, Fantasma, Ferdinando Buscapé e Mandrake. Com algum prazer as tiras do detetive Dick Tracy, Flash Gordon, Popeye, Super Homem e Tarzan. Mais velho um pouco, já na adolescência, divertia-me com o humor meio non sense do casal novo-rico Pafúncio e Marocas, pois as figuras dos quadros pendurados nas paredes de sua mansão saiam da moldura e eu achava essa uma ótima ideia, uma espécie de humor paralelo, mais ou menos como no caso do mini-robô Lampadinha do Professor Pardal.
As tiras das histórias Big Ben Bolt, Jim Gordon, Nick Holmes, Steve Canyon, Steve Roper, Terry e os Piratas eram constrangedoramente sem graça para mim, pelo simples motivo de seus personagens serem humanos demais, ou melhor, ter enredos muito semelhantes, sem mágicas, sem truques, sem caricatura, sem magia, enfim. Se o editor da seção colocasse a HQ do ex-boxeador Big Ben com o título do detetive Nick Holmes quase não mudaria nada em termos de estética e de traço. Poderia também incluir nesse pacote o herói mascarado Águia Negra com seu elmo e malha de aço de inspiração medieval e até mesmo o caubói Zorro, o amigo do índio Tonto.
Antes de continuar nessa seara, vou fechar as lembranças com mais alguns personagens das décadas de 1950 e início de 1960 que tiveram suas revistas individuais. Lembro-me de ter lido Batman, Capitão Marvel (bem melhor que Batman), o divertido Homem de Borracha (outra HQ caricatural), as geniais histórias da Luluzinha e Bolinha (que só soube apreciar depois de casado), as infantis (mas com boas histórias) Super Mouse, Pimentinha e Gato Félix.
Creio que no início da década de 1960 resolveram lançar simultaneamente uma penca de revistas para atender segmentos bastante específicos. Para crianças bem novas saíram Brasinha, Gasparzinho, Riquinho, Bolota e Brotoeja (minha irmã lia). Acho que foi nessa época que também saíram revistas de autores brasileiros: Pererê (do Ziraldo), Aventuras do Anjo e Jerônimo (o herói do sertão), além das internacionais Charlie Chan e Don Chicote. Lembro-me ainda de Jim das Selvas e Príncipe Valente (magnificamente desenhada), duas tiras que não consigo encaixar em lugar nenhum, embora pense que o mais provável foi terem sido também publicadas no jornal O Globo.
O fato é que tirando o Super-Homem, o Capitão Marvel e o hilário Homem de Borracha não havia a profusão de super-heróis de hoje em dia. Os heróis e vilões não eram dotados de super poderes e tinham feições monotonamente semelhantes. Essa padronização de traços é que sempre me afastou de HQs com temática de aventura, mesmo que o personagem fosse um dos raros super-heróis disponíveis. O que eu sempre curti e até hoje curto são os anti-heróis (ou sub-heróis) é o traço caricatural, a releitura do cotidiano, a crítica aos costumes, a ironia e o non sense das histórias e personagens. Daí o meu interesse por histórias com pegada de humor - e consequente desinteresse pelas aventuras mirabolantes de super-heróis de corpos sarados e expressões faciais de desenhos de publicidade. É isso.
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terça-feira, 14 de julho de 2020
COMUNISTA!
- Você viu o que o prefeito de BH disse
recentemente sobre isolamento social?
- Não faço nem ideia.
- Ele disse que “Fica parecendo que quem não quer morrer é comunista. E quem quer
morrer, mas protesta em caminhonete cabine dupla, é de direita”.
- Ele é de esquerda?
- Nada! O cara é rico e ex-dono de
construtora, casca grossa, daqueles que não comem mel, comem abelha. "Macho das antigas", como diz um amigo.
- E por que ele disse isso?
- Acho que ele quis ironizar os apoiadores do
presidente. Parece que pela lógica desse pessoal, basta alguém irritar,
contestar ou contrariar seu ídolo para ser rotulado de comunista.
- Rapaz, esse raciocínio serve pra mim
também!
- Você também é comunista?
- Eu não, meu pau.
- Seu o quê?
- Pau.
- "Pau"?
- É, rola, benga, pinto, caralho,
cacete, chouriço, cobra, espada, espeto, estrovenga, pistola, manjuba, membro,
pica, bilau, pênis, entendeu?
- Não sabia que era tão versado nesse
assunto! Mas por que seu pintinho é comunista?
- Porque ele tem me decepcionado tanto, me
deixado tão irritado, tão contrariado que só pode ser comunista, o filho da
puta!
- Valei-me, beato Olavo!
segunda-feira, 13 de julho de 2020
FETICHE
Ontem, graças a meu amigo virtual Ozymandias, fiquei
sabendo da existência de um super-herói brasileiro que voou (ele voava) lá pela
década de 1950 até meados da década de 1960 (eu nasci em 1950!). Era o “Capitão 7” (lindo nome!). Queria entender esse fetiche existente com a palavra ou patente de “capitão” em personagens de algumas histórias em quadrinhos! Não me lembro de nenhum protagonista tratado por "major" ou "coronel"
Antes dele já tinham surgido “Os sobrinhos do Capitão” Hans e Fritz,
dupla de meninos endemoniados que moravam na África, em uma ilha ou sabe Deus onde,
em companhia da mãe viúva e do “tio” (o capitão). Eu adorava essa
HQ e fico agora pensando: o capitão era irmão da mãe dos meninos? Imagino que sim, pois sexo em HQ antiga, por mais remota a insinuação possível, nem pensar. Descobri também que os Scrotinhos do
Angeli foram inspirados nos verdadeiros protagonistas da história, os irmãos
filhos da puta que infernizavam a vida do Capitão.
Impossível deixar de citar o “Capitão América”, herói que dispensa
apresentações. Três capitães, três HQs diferentes. Pode ser maluquice ou viagem
(acabei de tomar dois copos de leite com achocolatado diet), mas o fato é que talvez
essa patente intermediária seja adequada para criar personagens impactantes, pois um soldado herói
é um troço raso demais, enquanto um general talvez já esteja meio velhusco para
sair dando porrada e voando por aí.
O que sei é que a palavra “capitão” parece ter uma energia
própria, enganadora, um fetiche ou feitiço. Talvez seja essa a explicação de um bando de insensatos endeusar e chamar de Mito da vida real um capitão reformado que imagina ter
super-poderes. O que é, obviamente, apenas isso: um mito.
MANDALA
O canal “People
& Arts” exibe às seis da matina (eu acordo às cinco!) o “Graham
Norton Show”, um ótimo e divertido programa de entrevistas da TV inglesa, obviamente gravado antes do Corona vírus. Em programa exibido recentemente, um dos entrevistados foi o ator Patrick Stewart, que
interpretou o comandante Picard da segunda fase da série Star Trek. Isso não significa nada para mim, pois nunca vi nenhum
episódio dessa fase. Divertida foi a história que contou.
Um dia, acompanhado de amigos, foi a um
restaurante mega refinado. Lá pelas tantas, chega Sir Paul McCartney de quem é amigo desde 1964. Ao vê-lo, Paul se
aproximou e o abraçou, etc. e foi para sua própria mesa. Mais um pouquinho e
entra no restaurante Sir Ringo Starr,
que se dirige à mesa onde o Paul já estava.
Quando o ator e seus amigos resolveram ir
embora, dirigiu-se à mesa dos dois Beatles para despedir-se do amigo.
Abraçaram-se novamente e Paul sussurrou: “Você
conhece o Ringo?” “Claro, mas nunca fomos apresentados”. Ai o McCartney chamou
o baterista: “Ringo este é Sir Patrick”
(ele também recebeu esse título); “Patrick,
este é Sir Ringo”. Feitos os salamaleques de praxe, Paul abraçou os dois,
dizendo: “Somos três cavaleiros, os
Cavaleiros da Távola Redonda!” Achei graça na história desse triângulo de notáveis, que só confirma o
estilo Mr. Simpatia do baixista (o
oposto do ex-parceiro John Lennon). Depois disso surgiu na minha mente a imagem
da mandala que passo a descrever.
Às vezes, quando não tenho nada para fazer
(99% do tempo em que não estou ajudando a realizar as tarefas domésticas – lavar pratos,
estender roupas no varal, varrer a casa, etc., etc.), cismo de fazer algum tipo
de doutrinação. Pego meu cajado (não confundir com bengala) e saio a pastorear
(devo estar sonhando com alguma novela da Record, só pode!).
Voltando à realidade, fico matutando sobre
coisas que me incomodam e que não consigo abandonar. Uma dessas coisas é o
radicalismo, pouco importando se é religioso, político ou de comportamento. Aí
fico pensando em letras de música, desenhos, imagens e qualquer coisa que me
auxilie a incomodar meus “amigos de
facebook” (para ser sincero, imagino que a maioria já me bloqueou, pois
ninguém curte mais nada do que posto, por mais interessante que seja o assunto).
Inspirada no bom humor e simpatia do Paul
McCartney (“rico ri à toa”), a imagem
que me ocorreu hoje serviria para demonstrar a sensatez da moderação e do
equilíbrio. Essa imagem é uma espécie de mandala. A vantagem de ser uma é que
se alguém não gostar da ideia pode mandá-la à merda (não há doutrinação que
resista a trocadilhos infames e fora de hora). Mas vamos lá.
Mesmo que a imagem abaixo seja quase autoexplicativa,
funciona assim: nos vértices de um triângulo equilátero ficam situadas as versões
civilizadas e educadas da Direita, Esquerda e Centro. A forma do triângulo parece
melhor que a imagem da “régua ideológica” que postei aqui no Blogson, pois
permite a interação não passional entre Direita e Esquerda, Direita e Centro,
Centro e Esquerda, bastando para isso visualizar qual lado do triângulo une as
duas visões. “Unir” é uma palavra
bacana, pois não se propõe a erradicação ou eliminação de um vértice em
benefício do(s) outros(s). É possível a convivência pacífica e a aceitação de visões ideológicas distintas e até antagônicas Ao círculo que passa pelos três vértices dei o nome
de “círculo civilizado”. Poderia
também ser chamado de círculo virtuoso.
O "Mal" se instala (visível na imagem) quando acontece o radicalismo ou a exacerbação das características/ qualidades de cada
visão ideológica se manifesta. Nesses casos, surge o que eu chamei de “círculo pernicioso”, que poderia também
ser chamado de círculo vicioso ou visceral. O deslocamento do vértice da
Direita para esse novo círculo leva ao surgimento do fascismo, do bolsonarismo,
do neonazismo, de todo tipo de radicalismo de direita, com toda a sua
intolerância e atração pelos líderes messiânicos, autoritários e/ou populistas.
O mesmo acontece com o deslocamento da Esquerda, que leva ao endeusamento de
seus líderes, ao comunismo, ao chavismo, aos regimes totalitários do tipo Coréia do Norte,
Rússia de Stalin, etc.
O Centro também não fica imune à exacerbação
de sua visão ideológica, que permite o surgimento do fisiologismo, da corrupção
“marmorizada”, intersticial, do “Centrão”. Não há possibilidade de interação saudável ou civilizada quando as visões ideológicas distintas migram para esse círculo. Isso pode ser percebido nas redes sociais, onde circulam posts que falam de eliminação, erradicação, prisão, intervenção e assemelhados.
Que mais eu queria dizer? Nada. Ou melhor, só discordar dos versos da música do Lobão (“Décadence avec élégance”), quando dizem que “É melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez”. Para mim, funcionaria mais e melhor viver “cem anos a cem”. O produto final seria o mesmo, só que na moderação total. E ouvindo Sir Paul McCartney cantando Let it Be. Cool, man!
Que mais eu queria dizer? Nada. Ou melhor, só discordar dos versos da música do Lobão (“Décadence avec élégance”), quando dizem que “É melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez”. Para mim, funcionaria mais e melhor viver “cem anos a cem”. O produto final seria o mesmo, só que na moderação total. E ouvindo Sir Paul McCartney cantando Let it Be. Cool, man!
domingo, 12 de julho de 2020
ISSO NÃO ACABA NÃO?
PHOTOSHOPANDO
A imagem que vejo refletida no espelho não combina
com as fotos onde apareço. Devo ter olhar de Photoshop...
PORTE DE ARMA
As pessoas têm andado tão tensas, tão tensas que
tudo vira discussão, de tão armadas que estão. Acho até que nem precisa mais
liberar o porte de arma...
QUE VOCÊ ESTAVA DIZENDO?
Prefiro as pessoas que fazem perguntas a aquelas
que acreditam ter as respostas para tudo
RADICALISMO
Sabe o que a Terra Plana e os radicais mais
exaltados têm em comum? A chatice extrema. A diferença é que a terra plana não
existe.
REDES SOCIAIS
O homo sapiens surgiu há 300 mil anos,
mas só chegou até aqui porque na época não existiam redes sociais para divulgar
idiotices.
SEGMENTAÇÃO
Hoje em dia a manha é descobrir nichos de mercado
pouco explorados. As livrarias, por exemplo, poderiam criar um setor só para
biografias não autorizadas. Um nome bom para designá-lo seria “Bisbilhoteca”. Provavelmente, o Roberto
Carlos aprovaria.
SERIAL
Se o tempo fosse uma pessoa, seria um "serial killer" com atração
por idosos.
SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE
Imagino que os sex-shops sejam sempre um comércio
de pequeno porte, quase um negócio familiar
(ficou esquisito!). Mas nada impede que tenham um SAC - Serviço de
Atendimento à Chaninha. Nesse caso, nada mais natural que essa página
tivesse um slogan assim: Fálico Nosco!
SLOWGAN
Venha você também para o MSR - Movimento Dos Sem Radicalismo!
SOBERBA
Eu odeio e sinto desprezo por toda burrice que
vejo, mas não se trata de soberba ou falta de humildade. O problema é que eu
tenho dificuldade em conviver com a minha própria.
STAND-UP
Eu tenho uma atração especial pelos textos de
humor. E o humor que procuro é mais de sorriso que de “relincho”, de
gargalhada. Até porque, se eu quisesse ouvir relincho seria melhor contar piada
em fazenda de criação de cavalos e afins, não é mesmo? Nesse caso, poderia até
criar um stand-up rural com o título “HA, HA, HARAS”.
TELEVISÃO
Alguns programas de auditório
exibidos na televisão são tão ruins que deveriam utilizar a palavra “repulsas” em
lugar de “atrações”.
TERRA PLANA
Acho que descobri por que tem gente que acredita
que a terra é plana. Analfabetismo funcional puro! E tudo por causa do nome PLANETA.
O melhor que se poderia fazer é mudar o nome para BOLETA. Talvez assim
resolvesse!
TORRE EIFFEL
Como diria um brasileiro do alto da Torre Eiffel,
apontando para a pista de veículos lá embaixo: “C’est la vie!” (da série “Ah, essa falsa cultura!”)
TORRESMO
Sometimes
antisocial, but always a fan of pork rinds.
ULTRASSOM
“Escolha quem te
olha por dentro. O corpo tem validade, a alma não”, disse alguém. Por isso, procure relacionar-se com profissionais da
área de raios X, tomografia e ultrassonografia.
VENTO A FAVOR
Quando duas ou mais pessoas geniosas, antagônicas e
beligerantes se dispõem a fazer alguma atividade juntas, até o chamado vento a favor parece soprar contra.
VOCAÇÃO
O sujeito era o maior fofoqueiro, bisbilhotava
tudo. Mas, quando alguém o criticava por isso, retrucava dizendo que era um equívoco. Na verdade, ele tinha nascido para ser auditor
sábado, 11 de julho de 2020
OS TRÊS MOSQUETEIROS ERAM CINCO?
EU USO ÓCULOS
Não é correto alguém dizer que eu enxergo mal. O
que há é muita idade atrapalhando minha visão.
FACEBOOK
Estou pensando em criar um segundo perfil no Facebook
só para solicitar a inimizade de alguns conhecidos.
FALA COMIGO!
O bom de falar sozinho é poder conversar com gente
de inteligência igual à sua.
FIM DE MÊS
Alguém disse para nunca desistir "das coisas que fazem você sorrir".
Como eu sou brasileiro e não desisto nunca, deve ser por isso que eu sorrio,
que eu gargalho quando vejo meu saldo bancário no final do mês.
FITNESS
A alimentação fitness
está na moda, mas eu ainda prefiro uma alimentação “fatness”.
GLÓBULO RURAL
Sabe o motivo daquele tipo de tiozão que está na
faixa dos cinquentinha, querer impressionar as franguinhas,
fingindo que ainda canta de galo no terreiro? É que o cabelo dele
está ficando carijó (mais rural que isso, impossível).
GOTAS DE SABEDORIA
Em uma roda de conversa, o melhor a fazer quando
desconhecemos determinado assunto é ficar em silêncio – para que possamos nos
estarrecer com a ignorância de quem fala como se realmente entendesse tudo
daquilo que está nos dizendo.
HALLOWEEN
Sabe como poderia ser conhecida a versão pé na jaca
do Halloween? Hello, wine!
INFORMÁTICA
Assim dizia o velho professor a seus alunos do
curso de informática: "envelhecer é
sair de algumas páginas e ir fechando arquivos abertos ao longo da vida".
ISOLAMENTO SOCIAL
Seria bom que a Vida também tivesse um botão ou
comando para deletar tudo o que nos incomoda, tudo o que nos desagrada, todos
os que não pensam como nós. O único problema (ou solução) é que isso
despovoaria o mundo, nele ficando apenas nós mesmos, astronautas em um planeta
deserto, o nosso próprio planeta.
LEGO
Imagino que o pensamento de algumas pessoas que
conheço deve ser uma espécie de montagem de lego. Só que faltam peças!
MEIO EXPEDIENTE
Podem dizer e acreditar que Deus é brasileiro, mas
imagino que Ele tem dado pelo menos meio expediente em outra galáxia, em algum
planeta que está começando, tentando não repetir seu pecado, ou melhor, seu
vacilo original.
MUITO SMART!
Sinceramente, por todos os aplicativos que
traz consigo, a velhice lembra um pouco um smartphone, talvez até
mesmo um Iphone. Mas, por seus efeitos indesejados, talvez seja melhor
chamá-la de Ai Phone.
MÚSICA, MAESTRO!
Por ser maestro, ele não aceitava que o chamassem
de mentiroso. Dizia apenas fazer novos arranjos para a Realidade.
NOS TRINQUES
"Última moda" é tudo o que você
lamenta ter usado um dia, ao se ver em uma foto antiga.
OPINIÃO
Você é contra? Eu sou a favor de cada um ter sua
própria opinião. Você é a favor? Eu sou contra quem não respeita a opinião
alheia.
OSTENTAÇÃO
Quem gosta muito do estilo e comportamento tipo
"ostentação" deve ter muita coisa para esconder ou para esquecer.
PALPITE INFELIZ
Tem gente tão intrometida
que até seu coração é diferente dos demais: ele não bate, só palpita.sexta-feira, 10 de julho de 2020
OS TRÊS MOSQUETEIROS ERAM QUATRO
Meu mais novo
amigo virtual GRF parece ter se entusiasmado com os “aforismos” jotabélicos
publicados recentemente. E tanto que teve uma premonição ao comentar no terceiro post da série: “E que venha o bônus, o
especial, a quarta parte da trilogia". Mal sabia ele que enquanto "ia com o fubá eu já estava vindo com o angu" (obrigado, Mãe!). Porque o que um vendedor experiente faz numa situação dessas?
Oferece mais produtos do mesmo estilo, lógico! Mesmo sem ser vendedor e, menos
ainda, experiente, é isso que estou fazendo agora. Mas não são aforismos reais, são piadinhas contidas em "textículos" (estou tentando vender esse neologismo!) e, no máximo, alguns desaforismos. E o título remete à obra "Os três Mosqueteiros", de Alexandre Dumas (que tinha quatro mosqueteiros como protagonistas). No Blogson, "Três" também virou "Quatro" (ou "Cinco", ou "Seis"...). Olhaí.
ADMIRAÇÃO
Sinto admiração por pessoas que possuem certezas
inabaláveis sobre assuntos que não dominam plenamente. Sinto pena também.
AH, ESSA POLARIZAÇÃO...
A polarização está tão braba que se não existisse a
pandemia, até velório seria mais animado que happy hour!
AMERICAN WAY
Mineiro, depois de muitos anos morando nos USA,
deve voltar impregnado do "American
Uai Of Life".
ANTIVÍRUS
Quem dera a vida fosse como um computador, ao qual
bastaria ter o antivírus mais recente instalado para ficar protegido!
ARITMÉTICA
Alguém disse que "somos a soma de nossas
escolhas”. Pode ser, mas eu penso
que somos hoje o resultado da subtração dos
nossos sonhos irrealizados.
ARREPENDEI-VOS!
Sentir “arrependimento” é como cometer o mesmo erro
duas vezes, a segunda acontecendo apenas na mente. E dói mais que na primeira
vez.
BIQUINHO
Eu não consigo entender o motivo de tanta gente
fazer biquinho para tirar selfies. Já não basta a idiotice de fazer pose ao
lado de, sei lá, um sanduba já pela metade? Precisa também fazer uma boquinha
de cu? E já que essa pose é quase obrigatória, sugiro a adoção de um nome
específico para ela. E o nome que me ocorre é Analfie.
BIZARRO
Dia desses eu vi uma imagem que me deixou mudo (mas
não de boca aberta!). Trata-se da foto em que aparece um pastor evangélico
cuspindo dentro da boca de um de seus fieis. Para mim, além de bizarra, essa
situação traz em si uma contradição: não é normal cuspir no prato em que
se come!
BOM NEGÓCIOS
Se um dia resolver investir mo mercado de produtos
para salões de beleza, já tenho até o nome para uma loja especializada só em
pentes e escovas: "PENTE SHOP PRO”.
BURRICE
A inteligência artificial é uma coisa muito
impressionante, mas o que me deixa preocupado mesmo é a burrice natural.
CAVALO MARINHO
Hoje em dia tudo é tão orgânico, tão saudável que
se bobear, até cavalo marinho vai mudar de nome. Vai se chamar hidroponei.
CONJUNTO DA OBRA
Viver um pouco a cada dia não parece ser difícil.
Complicado é entender o “conjunto da obra”.
CONVIVÊNCIA POSSÍVEL
Certeza é o pedaço de Realidade com que eu consigo
conviver.
COPYCOLA
Não teria nada contra alguém copiar o que escrevo.
Ficaria até envaidecido, claro. O que me preocupa é que hoje há um grande número de analfabetos
funcionais, gente que não consegue nem mesmo copiar sem erro alguma coisa.
Assim, minha cisma não é com o Copyright,
mas com o Copywrong.
DESARMADO
Os ateus – ao contrário daqueles que professam
algum tipo de crença ou religião – não possuem porte de alma.
DUELO
Se você se propõe a defender uma pessoa ou alguma
coisa, sempre encontrará alguém disposto a atacá-la. E vice-versa.
ESCAPISMO
Não sei isso é escapismo ou não, mas há momentos em
que você precisa da Arte para suportar a Realidade.
ESFORÇO
Não entendo por que existem tantas pessoas que não
gostam de ler. Talvez achem que isso significa Lesão por Esforço
Repetitivo.
ESPORTE RADICAL
Competições esportivas na terceira idade são
motivadoras e boas para melhorar o astral. Pensando nisso imaginei uma prova
que alia velocidade e resistência para ser praticada em dupla: a prova de velhicidade,
que acontece quando você literalmente se arrasta atrás da patroa ao final de
mais um dia de compras natalinas (ou para o Dia das Crianças, das Mães, dos Pais, do Ponei, do Dumbo, etc).
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