O Blogson aos poucos vai se transformando em uma confraria de blogueiros, onde um publica em seu blog o que viu e gostou no blog do outro. Este é o caso dos versos que já, já vocês poderão apreciar. Eu li essa poesia no "O EX-ESTRANHO" excelente blog do GRF, meu mais recente amigo virtual. Foi ler e me identificar com os sentimentos ali expressos. E chega de explicações. Apenas curta a beleza do poema.
Vivo em uma
tristeza que não é bem tristeza
não choro, não
faço cara feia, não me revolto
é apenas uma
tristeza que me persegue
não grito, não me
incomodo, não me abate
é uma tristeza que
ninguém percebe, que
não me impede de
dizer que estou bem.
E estou bem,
mesmo. Estou realmente bem.
Mas vivo em uma
tristeza. Não muda.
Eu sorrio, me
alegro, canto, componho, mas,
vivo em uma
tristeza que não me abandona,
mesmo se estou
dormindo, mesmo se estou
em êxtase, ou
mesmo quando o mundo parece me agradar.
Não se preocupem,
não estou me queixando,
mas que vivo em
uma tristeza, isso, não tenho dúvidas.
Estou no mar,
estou com essa tristeza. Estou em casa,
estou com essa
tristeza. Estou com amigos, a tristeza.
Estou com saúde,
paz e nada devo. Mas essa tristeza. Não passa.
Talvez ela esteja
sempre ali, me encarando, me desafiando,
e essa tristeza
talvez seja minha guardiã. Sim, guardiã.
Me lembrando que a
vida é somente um rearranjo de partículas.
Fazendo com que eu
controle o riso, a dor, o espinho, o gozo.
E também me
impedindo de conhecer o abismo, por saber lidar com ela. Essa tristeza.
Que é só minha. De
ninguém mais.
Eu disse, de
ninguém mais.
Sempre uma honra.
ResponderExcluirGostei demais do seu poema.
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