segunda-feira, 13 de julho de 2020

FETICHE


Ontem, graças a meu amigo virtual Ozymandias, fiquei sabendo da existência de um super-herói brasileiro que voou (ele voava) lá pela década de 1950 até meados da década de 1960 (eu nasci em 1950!). Era o “Capitão 7” (lindo nome!). Queria entender esse fetiche existente com a palavra ou patente de “capitão” em personagens de algumas histórias em quadrinhos! Não me lembro de nenhum protagonista tratado por "major" ou "coronel"

Antes dele já tinham surgido “Os sobrinhos do Capitão” Hans e Fritz, dupla de meninos endemoniados que moravam na África, em uma ilha ou sabe Deus onde, em companhia da mãe viúva e do “tio” (o capitão).  Eu adorava essa HQ e fico agora pensando: o capitão era irmão da mãe dos meninos? Imagino que sim, pois sexo em HQ antiga, por mais remota a insinuação possível, nem pensar. Descobri também que os Scrotinhos do Angeli foram inspirados nos verdadeiros protagonistas da história, os irmãos filhos da puta que infernizavam a vida do Capitão.

Impossível deixar de citar o “Capitão América”, herói que dispensa apresentações. Três capitães, três HQs diferentes. Pode ser maluquice ou viagem (acabei de tomar dois copos de leite com achocolatado diet), mas o fato é que talvez essa patente intermediária seja adequada para criar personagens impactantes, pois um soldado herói é um troço raso demais, enquanto um general talvez já esteja meio velhusco para sair dando porrada e voando por aí.

O que sei é que a palavra “capitão” parece ter uma energia própria, enganadora, um fetiche ou feitiço. Talvez seja essa a explicação de um bando de insensatos endeusar e chamar de Mito da vida real um capitão reformado que imagina ter super-poderes. O que é, obviamente, apenas isso: um mito.

9 comentários:

  1. De capitão só respeito o Capitão Caverna e o Capitão dos Pinguins de Madagascar. O resto é baboseira, ilusão, tosquice e modismo. A conclusão do seu texto foi fatal. Apenas isso: um mito.

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    1. Você gostou dos meus textículos. Por isso, aí vai mais um que me ocorreu hoje (mas é datado):
      O motivo de sempre mudarem a data prevista de pico da pandemia é não terem combinado antes com o vírus, pois ele não liga a mínima para estatísticas.

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    2. Dizem as más-línguas que o vírus se rebelou contra o governo chinês e agora é um grande seguidor, entusiasta e apoiador do Bolsonaro e do Trump. E, como ele é esforçado, ainda está tentando chamar a atenção deles. Mas ambos continuam ignorando. Por isso o pico se renova. Vai saber qual é a real...

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    3. Me esqueci: sacanagem essa de "você gostou dos meus textículos.". Quem lê o comentário e não entende o contexto, vai pensar outra coisa. Como diz o meu vizinho, "vapo, mermão".

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    4. Como diz o Chaves, não se "irite"! O neologismo é com "x", não com "s". Dando uma força para o Aurélio:
      Texticulo. S.m. Texto breve, semelhante a um tuíte. Neologismo.

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    5. Apenas um mito? Não subestimemos o poder dos mitos. Toda nossa sociedade e civilização são baseadas em mitos. Deuses são mitos, a própria noção de Estado e nacionalidade é um mito, o sistema financeiro é um mito; tudo é artificial, tudo é representação e simbolismo.
      Não creiamos neles, mas não os subestimemos.
      Não conhecia o Capitão 7, Jotabê? Ele é da sua época; até eu cheguei a assistir a alguns reprises na, se não me engano, TV Tupi.
      Esqueceram do Capitão Marvel, o famoso Shazam. E também, para que não incorramos na ira das feministas, é de bom tom citar a Capitã Marvel, que não tem nada a ver com o Shazam.
      E eu tô fora desse festival de textículos.

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    6. Ele se considera o foda, mas é só um babaca para mim (preferia muito mais o Mourão). Definitivamente não gosto dele, mas mesmo que o despreze não o subestimo. Na verdade, cago de medo dele, tal o poder de destruição que tem. Se tivesse ficado calado desde o início provavelmente não teria provocado a rejeição cada vez maior que conseguiu por todos os que não o apoiam incondicionalmente. Ele é provavelmente o pior presidente que o Brasil já teve (mesmo que eu não conheça os demais). Mas falemos de amenidades. Realmente, não conhecia o Capitão 7. Creio que quando o primeiro aparelho de televisão entrou na casa de minha avó (onde eu morava) eu já era adolescente e pouco aproveitei. Lembro-me de minha irmã (onze anos mais nova) assistindo o hilário "Perdidos do Espaço" e o desenho seriado (desconheço outro exemplo de série em desenho) Jambo e Ruivão. Agora, quanto ao Capitão Marvel a coisa muda de figura. Lembro-me muito. Creio que o jornaleiro Billy era sua versão humana. Tinha o Capitão Marvel Jr., cuja versão normal era um jovem de muletas e ainda uma "Marvel girl" de quem não lembro o nome. Creio que, se bobear, havia até um cachorro marvel (com direito a capa e a voar). Mas pode ser do Super Homem. E um vilão para chamar de seu, o Dr. Silvana.

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    7. Rapaz, deixe de modéstia... você só não votou no Marechal Deodoro; do Floriano pra frente, você passou por todos.

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