domingo, 19 de julho de 2020

A CENSURA (HÁ CENSURA?)


Têm acontecido umas coisas muito estranhas ultimamente - ou há muito tempo, mas talvez só percebidas por mim depois de resolver fazer a “auditoria comemorativa” dos seis anos de existência do Blogson (já está quase alfabetizado!). Como pretendia escolher os blogs mais visualizados e aqueles de que mais gostei, comecei a revolver os quase dois mil posts, trabalho que deu a exata dimensão do lixão que é o blog. Independente de julgamento de valor, descobri que alguns posts tinham perdido a razão de existir.

Os primeiros a ser detectados foram aqueles em que eu comento sobre músicas que por esse ou aquele motivo me tocaram mais (desculpem o trocadilho). Ao acessar o post percebia que o link do youtube tinha sido removido. Ok, pensei comigo, este é um problema ligado a direitos autorais. Mesmo assim mutilou o post publicado.

Mas se fosse só isso estava tudo bem, era aceitável. Se quisesse, bastaria encontrar outro link da mesma música, talvez com outro intérprete, essas coisas. Foda foi descobrir que o blog hoje possui posts absolutamente ininteligíveis, pois a imagem que dava sentido ao texto que escrevi (normalmente curto e associado a algum acontecimento divulgado na mídia) tinha sumido, ou melhor, tinha sido transformada em um íconezinho que um ignorante como eu não consegue restaurar.

E só descobri isso depois de por em prática a maior ideia de jerico que já tive. Acho que vou falar disso em outro post (não dá para desperdiçar assunto!). O resultado foi ter apagado oito posts antigos por não conseguir saber mais de que falavam. O consolo é imaginar que deveriam ser um lixão só, pois ancorados apenas em imagens importadas da Internet. A imagem dessa "tragédia" é esta:


Outra coisa que tem me enfurecido muito é a mudança de formatação. Todos os textos que publico são escritos em Word. Mesmo que não melhore a qualidade literária, isso me ajuda a corrigir a maioria dos erros e vacilos cometidos. Depois de escrever, recortar, alterar a ordem, excluir e todo tipo de coisas que faço durante a execução, formato tudo na opção “Sem espaçamento” e utilizo fonte Arial 12 justificado. Adoto itálico para as muitas citações que utilizo ou para dar destaque a alguma palavra ou expressão em particular. Pois bem, graças à “auditoria” descobri que uma porrada de posts está desconfigurada, às vezes com dois tipos de fontes, textos não justificados, espaços gigantes entre parágrafos, uma zona. Será que precisarei me curvar ao padrão “blogger” para que isso não aconteça? Quem aguenta uma coisa assim?

O mais preocupante – e que antes parecia engraçado – é a ação de robôs (ou hackers). O Blogson hoje conta com mais de 82 mil visualizações. Fico impressionado com esse número, certamente impulsionado pelos cinco amigos virtuais fixos do blog (acho pedante dizer “seguidores”) que já publicaram em seus próprios blogs alguma coisa extraída do blog da solidão ampliada. Mas isso não explica os espasmos de visualizações atípicas que acontecem assim do nada.

Atualmente, a quantidade média atual de visualizações está em torno de 17 acessos diários. Em um dos dias desta semana foram registradas 156 visualizações, o que é maluquice, certamente obra e graça de robôs. Mas fica a pergunta: só fazem uma visitinha de inspeção ou aproveitam e mutilam algum post?

Mas sempre é possível piorar um pouco o que já está ruim. Anteontem estava cochilando em frente ao computador, literalmente batendo a cabeça no teclado, de tanto sono que tinha. Mesmo assim, tentava ficar acordado, pois queria pelo menos encontrar nos backups as imagens perdidas mencionadas acima. Não sei o que aconteceu, pois consegui excluir a pasta “Blogson” e tudo o que ela continha. Ela não foi movida, ela literalmente sumiu. Lembro-me apenas de uma mensagem que falava alguma coisa sobre novecentos e não sei quantos arquivos. E eu, com os olhos fechando, confirmei. Bacana, não? Quando ainda trabalhava, às vezes perdia arquivos gigantescos que estava analisando, só por não ter o costume de fazer backup. Isso me obrigava a recomeçar do zero (coisa de retardado mental). Graças às não tão raras vaciladas desse tipo, um colega começou a me gozar, dizendo que “Jesus salva, mas o Botelho não”.

Independente do que possa estar acontecendo ou ter acontecido, eu odeio qualquer manifestação de censura. Para mim, as pessoas com esse perfil padecem de SIDA – Síndrome da Divindade Adquirida, pois desejam e esperam que o mundo, a Vida, as pessoas sejam à sua imagem e semelhança, de acordo com sua visão preconceituosa e limitada. Nosso presidente é bom nisso, o mesmo acontecendo com seus adoradores. Para resumir: não sei o que está acontecendo nem o que pode ter acontecido. Pelo sim pelo não, acho que vou começar a publicar receitas de bolo e de pão de queijo. E sem glúten!

6 comentários:

  1. Sobre as imagens, Jotabê, como costuma colocar elas aqui no post? Se simplesmente copiar elas de algum lugar e jogar no post, pode tá sujeito a essas "quebras" que acontecem com elas. Sugiro fazer como eu faço, salve a imagem no computador e faça o upload dela, de preferência, renomeando o arquivo. Isso faz com que ela fique salva no seu blog com muito mais segurança.
    A quebra de formatação pode ter acontecido por ter mudado o layout do seu blog alguma vez. Sobre os views, não se espante, a ideia é crescer mesmo. Se aceitasse "dar um tapa" aqui no visual do Blogson, e colocar imagens em todos os posts, manteria com tranquilidade os 200 views diários.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Rapaz, agradeço sinceramente suas dicas e conselhos! Na questão das imagens eu creio que faço exatamente isso que sugeriu fazer, pois o blog não aceita que a imagem seja jogada diretamente. Por isso, depois de recortá-la como achar qu fica bom, preciso salvá-la como jpg. Normalmente renomeio. Só então entro no ícone "Inserir imagem" e jogo no blog. A quebra de formatação pode ser mesmo consequência de alteração de lay-out. Já fiz isso algumas vezes, mas acabo voltando ao padrão atual. Finalmente, fico meio reticente quanto às imagens, pois tipo de postagem que faço é mais para ser lida (no caso de textos) ou vista (no caso de desenhos). Escrevi uma vez um texto baseado em nossa penúltima viagem ao Rio. Resolvi colocar uma imagem da praia deserta que tivemos oportunidade de frequentar. Mesmo tendo mantido a imagem, até hoje fico incomodado com sua inclusão, é como se eu estivesse tentando adulterar o texto. De toda forma, agradeço muito seu auxílio. Só uma coisa gostaria de incluir no blog (caso isso seja possível): o mesmo esquema do Facebook, ou seja, ícones ou "botões" para avaliação do post, sem necessidade de comentar. Mas as opções seriam as que eu definisse. Por exemplo, "adorei", "Que lixo!", "uma bosta", "mais ou menos", etc.

      Excluir
    2. Ah, o sistema de avaliação, faz parte do Disqus: https://disqus.com/
      Mas, para usar ele, teria que abrir mão da opção de comentar pelo blog, que é a que estamos usando agora. Esse link ensina como fazer: https://www.blogs.unicamp.br/blogando/como-instalar-o-disqus-em-seu-blog/

      Excluir
  2. Estou apanhando feio da tal formatação, da bagunça da nova interface. Tente fazer textos no Word, copiar e colar. Mas sempre aparece um espaço grande entre cada parágrafo, como esses nesse seu texto. Não dá para tirá-los?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. No meu caso os espaços são propositais. Vou tentar te responder usando isto que estou escrevendo com o exemplo. Imagine que a palavra “Eu” que digitarei agora começasse um parágrafo. EU faço assim: elimino o espaço entre o ponto final anterior e a palavra “Eu”. Em seguida, dou dois “enter” para criar o espaço que desejo. No seu caso, talvez queira dar apenas um enter. Espero ter sido didático (não sou bom nisso). (PRIMEIRA VERSÃO)

      No meu caso os espaços são propositais. Vou tentar te responder usando isto que estou escrevendo com o exemplo. Imagine que a palavra “Eu” que digitarei agora começasse um parágrafo.EU faço assim: elimino o espaço entre o ponto final anterior e a palavra “Eu”. Em seguida, dou dois “enter” para criar o espaço que desejo. No seu caso, talvez queira dar apenas um enter. Espero ter sido didático (não sou bom nisso). (SEGUNDA VERSÃO)

      No meu caso os espaços são propositais. Vou tentar te responder usando isto que estou escrevendo com o exemplo. Imagine que a palavra “Eu” que digitarei agora começasse um parágrafo.

      EU faço assim: elimino o espaço entre o ponto final anterior e a palavra “Eu”. Em seguida, dou dois “enter” para criar o espaço que desejo. No seu caso, talvez queira dar apenas um enter. Espero ter sido didático (não sou bom nisso). (MINHA VERSÃO FINAL, TAL COMO EU GOSTO)

      No meu caso os espaços são propositais. Vou tentar te responder usando isto que estou escrevendo com o exemplo. Imagine que a palavra “Eu” que digitarei agora começasse um parágrafo.
      EU faço assim: elimino o espaço entre o ponto final anterior e a palavra “Eu”. Em seguida, dou dois “enter” para criar o espaço que desejo. No seu caso, talvez queira dar apenas um enter. Espero ter sido didático (não sou bom nisso). (IMAGINO QUE SEJA ESTA A SUA VERSÃO)

      Excluir

FOLHA DE PAPEL

  De repente, sem aviso nenhum, nenhum indício, nenhum sinal, você se sente prensado, achatado, bidimensional como uma folha de papel. E aí....