Recentemente, meu amigo virtual Marreta deixou-me
atônito ao postar um poema “atômico”, ou melhor, “protônico”. Ele sempre usa
palavras muito chiques em seus poemas e me dá um trabalhão dos diabos procurar
no dicionário o que significam. Mas nesse poema atômico ele extrapolou um
pouco, pois listou vários nomes que tinham cheiro de elemento químico. E nem
estou falando de enxofre ou sulfur
(número atômico 16), pois são os compostos desse não-metal que fazem sua má
fama. Ele mesmo, coitado nem cheiro tem.
Depois de divagar um pouco, vamos voltar à pilantragem... Não, isso
é coisa do Simonal. O fato é que os nomes eram muito estranhos e,
principalmente, desconhecidos para mim. Pedi sua assessoria e ele encaminhou um
link que esclarecia um pouco esse assunto.
Voltando ao passado (muito, muito remoto) preciso
dizer que gostava de tentar memorizar a Tabela Periódica – mais uma prova de
que eu nunca fui muito normal. Sinceramente, nunca consegui memorizar tudo, mas
me lembro de achar chiquérrimos os nomes de alguns elementos que traiam sua
origem latina. Argentum, Aurum, Cuprum, Kalium,
Natrium e Plumbum são alguns
desses nomes (que não precisei consultar a internet para traduzir para Prata,
Ouro, Cobre, Potássio, Sódio e Chumbo). Acho que divaguei de novo. Vamos
continuar.
O que sei é que o último elemento da Tabela
que tentava memorizar era o Laurêncio
ou Lawrencium, número atômico 103, da
turma dos actinídeos. Aqui cabe um comentário ou parêntese: fala sério,
actinídeo lembra nome de micro organismo, concorda? “Ele é um actinídeo ciliado...” Fecha o parêntese.
Então, disposto a descobrir os novos
elementos surgidos depois do 103, encarei a internet e laboriosamente copiei o
nome em latim dessa gangue. Por que copiar? Porque latim? Ora, porque não sou
de dar intimidade a elementos desconhecidos. Além disso, Blogson também é
cultura!
E aí (está acabando!) cheguei à seguinte
lista:
104 Rutherfordium
105 Dubnium
106 Seaborgium
107 Bohrium
108 Hassium
109 Meitnerium
110 Darmstadtium
111 Roentgenium
112 Copernicium
113 Nihonium
114 Flerovium
115 Moscovium
116 Livermorium
117 Tennessine
118 Oganesson
Falando sério, o tempo gasto para pronunciar
o nome do elemento 110 (Darmstadtium)
é maior que a meia-vida desses novos elementos. Segundo o Marreta, meu
preceptor nessa tese de mestrado (de obra), a meia-vida dessa turma é medida em cagalhésimos de segundos, unidade de tempo nova para mim, pois só conhecia até
o culhonésimo de segundo.
Agora, relendo esses nomes, percebo se alguns
homenageiam grandes cientistas (Rutherford, Niels Bohr, Roentgen, Copérnico)
outros há que poderiam ser melhor escolhidos. Onde já se viu um elemento
químico com nome de Oganesson? Mesmo
que seja uma homenagem ao físico nuclear
russo Yuri Oganessian. Sinceramente, se era para homenagear, desconhecido por desconhecido, preferia muito mais que tivessem escolhido
Jotabelium. Até porque Jotabê é um ociólogo extremamente famoso, pois tem
quatro (!!!) seguidores.
,
E não é que você quase acertou? Não há, que eu saiba, um micro-organismo de nome actíneo, mas há um animal, um cnidário, ou celenterado, da mesma família das anêmonas-do-mar e das águas-vivas, que se chama Actínia.
ResponderExcluirhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Actinia
Marretão também é cultura! Foi por esse tipo de coisa que eu te chamei de preceptor da minha "tese" de mestrado (mestre de obra)
ExcluirPois vamos continuar "obrando" juntos, meu caro.
ExcluirRapaz, estou numa dúvida danada. Estou com uma série de 12 episódios com humor jotabélico para começar e não quero interrompê-la. Mas toda hora aparece uma novidade e eu só vou empurrando pra frente. Ia publicar o primeiro hoje à noite, mas surgiu uma ideia totalmente distópica e resolvi postá-la hoje, até para quebrar um sequência de humor de quinta categoria. A quinta categoria será mantida (pau que nasce torto...), mas sem nenhum humor.
ExcluirQual a sua dúvida? O que quer dizer com interrompê-la, uma vez que já está pronta? Publicá-la não em sequência, mas com postagens de outros assuntos intercaladas?
ExcluirSe for usso, não vejo problema algum.
Publique-a.
E também à tal ideia distópica.
Sabe-se lá até quando estaremos vivos.
Segura aí!
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