segunda-feira, 22 de maio de 2017

LÍNGUA DE BOI

Em antigas palestras do tempo em que ainda trabalhava, ouvi falar do ideograma chinês que tinha duas leituras diferentes (“risco” e “oportunidade”), bastante adequadas para uma reflexão, principalmente em tempos de crise.

Pois bem, a recente “crise” deu-me a “oportunidade” de dar uma polida em expressões antes vulgares e até mesmo chulas, transformando-as em inocentes palavras de inspiração “agropastoril”. A partir de agora, até mesmo uma senhora recatada e do lar pode dizê-las “sem rodeios” (boa essa!). E tudo isso graças ao Friboy Joeslei! A seguir, alguns exemplos:

- Quando um sujeito demonstra estar apavorado ou muito preocupado (assim como o Aécio, por exemplo), pode-se dizer que “ele está com o zebu na mão”;
- Os delatados pelo Friboy poderão consolar-se mutuamente, lembrando que “quem tem curral tem medo”;
- Existe ainda aquela reflexão de profundo valor filosófico, que define que "pimenta no zebu dos outros é refresco";
- Se alguém estiver com dificuldade para pagar uma multa eleitoral ou advogados de primeiro time, dir-se-á que “ele está mais apertado que curral de pulga”;
- Na hipótese (remota) de algum político sentir-se atingido por uma insinuação maldosa e leviana, poderá exclamar com fingida fúria: “Vá domar zebu!!!
- E claro, tem aquele ditado clássico que estabelece que “curral de bêbado não tem dono”.

A situação está tão feia que caso alguém queira comentar sobre a gravidade do momento atual, poderá com muita justiça dizer que “O Brasil é um trem que descarrilou, pois tem boi na linha”.

Além disso, fico ainda pensando que os petistas podem agora adorar seu “bezerro de ouro” sem nenhuma culpa, pois culpa mesmo só o “bezerro” tem.

Só não consegui “traduzir” uma expressão de origem, digamos, “rural”. Assim como as vacas da Friboi, os políticos continuarão "cagando e andando" para o povo brasileiro.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4