Tenho pensado em registrar minha indignação e
desconforto com situações em que minorias tentam impor mudanças linguísticas à
maioria. E de forma impositiva! Para mim, não há nada mais inaceitável e pernicioso
que ditaduras, sejam elas ideológicas, religiosas ou comportamentais. Não vou
tentar escrever um tratado sociológico, pois, além de não ter formação
acadêmica para embasar minhas ideias, esse não é o objetivo deste desabafo.
Porque, sim, este texto é um desabafo. Estou falando das mudanças na linguagem
utilizada pela maioria, propostas por uma minoria com ímpeto autoritário.
O que quero dizer é que discordo totalmente
de mudanças artificiais propostas para nossa rica, embora complexa, língua portuguesa.
Sei que todas as línguas são vivas e evoluem naturalmente; não há como impedir
isso. Mas querer que elas mudem de forma artificial para corrigir preconceitos
ou abrigar novos conceitos me parece um exercício de autoritarismo ressentido.
E, por isso, para mim, inaceitável.
Os estudiosos da língua e os dicionaristas
registram novas palavras e gírias sem discutir. Documentam e estudam as formas
de falar, os sotaques, os regionalismos, etc., mas não propõem mudanças
radicais, incoerentes ou inadequadas apenas para atender os desejos de uma
minoria.
Quando eu era criança, o uso de palavrões e
palavras obscenas em público era considerada falta de educação, vulgaridade e
mau gosto. Mas o tempo passou, os costumes mudaram, e hoje até meninas de dez
anos ou menos usam palavras de baixo calão com tal naturalidade que é
impossível imaginar um retorno à recatada formalidade de antigamente. Para mim,
isso é um sinal de que a língua é viva e mutável, mas evoluindo de maneira
orgânica, não através de imposições.
Digo isso porque vi uma expressão em um canal
a cabo. Aliás, eu não vi, eu li. Falando de um novo programa que parece abordar
questões que afetam a vida de pessoas transgênero e que está prestes a ser
lançado, a chamada de divulgação dizia: “Bem-vindes”.
Não tenho nenhum problema, apoio e defendo as
pessoas que decidem mudar de gênero, mas discordo profundamente das tentativas
forçadas e pouco naturais de mudar palavras como parte de uma ação para
promover a aceitação ou inclusão de minorias na sociedade. Apoio e defendo as
pessoas trans, mas vou dizer algo que talvez gere críticas e pedradas
intelectuais: “Bem-vindes” é
a puta que pariu!
Tenho pensado em registrar minha indignação e desconforto com situações em que minorias tentam impor mudanças linguísticas à maioria. E de forma impositiva! Para mim, não há nada mais inaceitável e pernicioso que ditaduras, sejam elas ideológicas, religiosas ou comportamentais. Não vou tentar escrever um tratado sociológico, pois, além de não ter formação acadêmica para embasar minhas ideias, esse não é o objetivo deste desabafo. Porque, sim, este texto é um desabafo. Estou falando das mudanças na linguagem utilizada pela maioria, propostas por uma minoria com ímpeto autoritário.
O que quero dizer é que discordo totalmente de mudanças artificiais propostas para nossa rica, embora complexa, língua portuguesa. Sei que todas as línguas são vivas e evoluem naturalmente; não há como impedir isso. Mas querer que elas mudem de forma artificial para corrigir preconceitos ou abrigar novos conceitos me parece um exercício de autoritarismo ressentido. E, por isso, para mim, inaceitável.
Os estudiosos da língua e os dicionaristas registram novas palavras e gírias sem discutir. Documentam e estudam as formas de falar, os sotaques, os regionalismos, etc., mas não propõem mudanças radicais, incoerentes ou inadequadas apenas para atender os desejos de uma minoria.
Quando eu era criança, o uso de palavrões e palavras obscenas em público era considerada falta de educação, vulgaridade e mau gosto. Mas o tempo passou, os costumes mudaram, e hoje até meninas de dez anos ou menos usam palavras de baixo calão com tal naturalidade que é impossível imaginar um retorno à recatada formalidade de antigamente. Para mim, isso é um sinal de que a língua é viva e mutável, mas evoluindo de maneira orgânica, não através de imposições.
Digo isso porque vi uma expressão em um canal a cabo. Aliás, eu não vi, eu li. Falando de um novo programa que parece abordar questões que afetam a vida de pessoas transgênero e que está prestes a ser lançado, a chamada de divulgação dizia: “Bem-vindes”.
Não tenho nenhum problema, apoio e defendo as pessoas que decidem mudar de gênero, mas discordo profundamente das tentativas forçadas e pouco naturais de mudar palavras como parte de uma ação para promover a aceitação ou inclusão de minorias na sociedade. Apoio e defendo as pessoas trans, mas vou dizer algo que talvez gere críticas e pedradas intelectuais: “Bem-vindes” é a puta que pariu!
Acho que a resposta a este comentário renderá mais uma postagem, mas só mais tarde, porque hoje o tempo está corrido, muito corrido. Mas, se eu pudesse, retiraria o último parágrafo, por destoar do corpo principal do comentário. Aguarde-me.
ResponderExcluirOra, pois, pois, aí está ele, e logo dos 20 aos 70!!! Legal, Jotabê, agora eu sei com quem converso e leio.
ResponderExcluirAcho que tua frase "a língua é viva e mutável, mas evoluindo de maneira orgânica, não através de imposições" - diz tudo. Impor uma nova norma linguística de forma ideológica é autoritarismo sim. Eu sigo bem de perto essas tendências, pois sempre as combato. Mas grandes empresas já estão debandando da tal cultura work, com a imposição que as empresas tenham departamentos de diversidade.
Principalmente empresas de cinema estão começando a ver que as produções que elas fizeram nos últimos anos, mudando a etnia de personagens, forçando um protagonismo feminino artificial, deu um grande rombo em suas contas, principalmente a Disney. E no final das contas, o que mais importa para um empresa, é o bolso.
p.s. tu aos 23 anos era a cara do Gonzaguinha.
Fabiano, beleza?
ResponderExcluirtua frase " Num outro blog li um pai ajudando seu filho a matar aula numa segunda-feira. Daí vemos o belo exemplo que se dá" é referência ao meu recente texto. Amigo, você me fez uma crítica sem conhecer a dinâmica que existe entre eu e meu filho, com a educação que eu lhe dei e dou. É sempre temerário criticar o que uma pessoa faz sem ter conhecimento total das relações envolvidas. Mas beleza, não vou ficar ofendido.
Esta recomendação vale para todos que fazem comentários sobre o que leram no blog: se o comentário for muito pessoal, avaliem se vale a pena torná-lo público, pois se ninguém me pedir para não publicá-lo ele será publicado (mesmo que cause desconforto em alguém)
ResponderExcluirdesculpa aí qualquer coisa, Jotabê, mas como o Fabiano citou uma coisa que eu escrevi, ainda que ele não me nomeasse, mas sabia que eu leria o seu comentário, logo, me senti à vontade a fazer minha réplica. Mas já acabou.
ExcluirShow! Bjus
ResponderExcluiro que você escreveu não me soou como "conselho" mas uma pura crítica negativa, e volta a dizer, você não tem me conhece, não sabe que meu filho estuda das 7 às 13 e depois das 14 às 17 de segunda quinta. Ele é o melhor da classe dele. Matar uma segunda de aula não lhe provoca dano algum. Mas que bom que você não se interessa pela minha vida, portando, vamos parar de falar dela.
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