quarta-feira, 25 de setembro de 2024

A TCHURMA

 
Eu sou um dos heterossexuais mais frescos que podem existir. Quando comecei a namorar minha mulher um de meus cunhados machões disse a ela que eu era “viado” (como disse o Caetano, “Narciso acha feio o que não é espelho”). Um de meus filhos me goza quando solto um exclamativo “Ui!” e diz que se eu demorasse mais dois minutos para nascer eu seria gay. Aí eu retruco dizendo que ele não é metrossexual (ele é), é só meio-metrossexual
 
Então, a expressão macho alfa não me define, nunca me definiu. Aliás, nem mesmo macho beta. Eu creio que sou mais um “macho dzeta” – ou zéta (esta piada está repetida!), pois às vezes falo com voz afetada e minhas mãos ondulam quando conto casos. Mas sou cisgênero, um cara feliz com a sua identidade. Segundo o pai dos muito burros Cisgênero é um termo que se refere a pessoas que se identificam com o gênero que lhes foi atribuído no momento do nascimento, ou seja, com o seu sexo biológico”.
 
Tenho dois sobrinhos gays, amigas e amigos gays e lésbicas, defendo o casamento gay e abomino todo tipo de homofobia. Por essas características pessoais, nunca tive grilo nem preconceito com o pessoal LGBT. Mas tem uma coisa que está me enchendo o saco, justamente a atual sopa de letras criada para fazer referência aos que não são heterossexuais cisgêneros.
 
Antigamente, muito antigamente, usavam-se as palavras “viado”, “bicha”, “refrigerado”, “pederasta”, “enrustido” e “invertido” para o sexo masculino e “entendida” – além das horrendas “franchona” e “sapatão” – para o sexo feminino. Isso, sem falar nos regionalismos (“baitola”, “chibungo”, “boiola”, etc.).
 
O mundo mudou, a Lusitana nem sei se roda mais e surgiu a sigla LGBT, fácil de memorizar. Mais um pouco e foram acrescentando letras até chegar em LGBTQIA+. Fiz questão de decorar, pelo respeito que merecem as pessoas representadas por essas letras.
 
Agora acrescentaram mais a letra “P”! A sigla hoje é a quase “indecorável” (não confundir com indecorosa, por favor) LGBTQIAP+.
 
Mas a coisa fodeu de vez quando alguns malucos resolveram ampliar ainda mais a cobertura (sem trocadilho) da sigla. Não sei se é verdade, mas (transcrevendo) “atualmente, há algumas correntes que indicam para uma sigla completa. É composta por: LGBTQQICAAPF2K+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Questionando, Intersexuais, Curioso, Assexuais, Aliados, Pansexuais, Polissexuais, Familiares, 2-espíritos e Kink).
 
Fala sério isso deve ser, só pode ser piada. Mas se não for, a continuar essa expansão, daqui a pouco vai faltar letra! Por isso fica aqui minha humilde sugestão para esse problema: suprimam-se as letras e adote-se a simpática expressão “Turma do Alfabeto”. Como diz o blogueiro Marreta, "Pãããããããta....

 

2 comentários:

  1. Cara, eu cago para essa turma do alfabeto. Não tem a ver com "fobia" identitária nenhuma, tem a ver com a politicagem-impositiva-engulao-que-eu-te-digo-e-não-retruque, dessa turma.
    Odeio os wokers.
    Odeio feministas que não pintam o cabelo, que deixam o sovaco cabeludo, que mete o pau em pretas que alisam o cabelo e coisas do gênero.
    "Cis" está se transformando, por politica impositiva dessa turma em apenas mais um dos trocentos gêneros, desconsiderando totalmente que o cis é a base de tudo. Tudo que é do alfabeto está dentro do sexo masculino ou feminino.
    E pra comprovar que não é fobia de identidade, meu padrinho de casamento é uma bicha lôca. Péra, a turma diz que esse tipo de argumento parte exatamente de homofóbicos na tentativa de esconder sua homofobia....vãosefoderem.

    Ah, eu também nunca fui um macho alfa mas os admiro. Mesmo porque, hoje em dia, as feministas radicais já decretaram que todo macho alfa tem a tal da "masculinidade tóxica". Vãosefoderem novamente.

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  2. Dificil discordar de você. Estou pensando em escrever um texto a partir de uma frase que vi em um canal a cabo. Não ouvi, eu li! Mas talvez tome muitas pedradas com o que quero dizer. Olha expressão: "Bem vindes". Bem vindes é a puta que pariu!

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