sábado, 5 de outubro de 2019

ESPELHO PARA VAMPIRO

Às vezes, justo quando estou posto em sossego (cochilando), alguma ideia impertinente surge só para me impedir de continuar coçando o saco. Aí não tem jeito, imediatamente passo a refletir sobre o assunto que surgiu por pelo menos um minuto. Mas são reflexões sem profundidade, mais rasas que a terra plana e tão inúteis quanto espelho em casa de vampiro. Olhaí.


A memória é mesmo uma coisa traiçoeira: às vezes ela te deixa na maior saia-justa, mesmo que você seja heterossexual.


Como talvez todo evangélico (ou crente) saiba, “Nada a Perder” é a autobiografia do Edir Macedo, que enricou depois de fundar a Igreja Universal do Reino de Deus. Não contente com as burras cheias de dinheiro proveniente do dízimo pago por seus fieis seguidores, resolveu estimular um culto à personalidade (a sua, lógico) ao lançar uma autobiografia em três volumes, que, reconheça-se, vendeu mais que banana em fim de feira. Se vacilar, quase tanto ou até mais que os livros do mago Paulo Coelho. Para mim, está valendo, mas quando vejo notícias ou comentários sobre o sucesso de vendas desses livros ou dos dois (dois!!!) filmes neles baseados, sempre fico com a sensação de que teve gente pagando o mesmo dízimo duas vezes.


Hoje, um dos piores problemas do Brasil é a paranoia dos extremos. Aliás, hoje e sempre.


Eu odeio e sinto desprezo por todas as manifestações de burrice que vejo, mas não se trata de soberba ou falta de humildade. O problema é que eu já tenho muita dificuldade em conviver com a minha própria.


Nosso presidente é muito rude, bronco e agressivo. E parece gostar de se exibir assim! Por isso, tudo o que fala ou faz me leva a pensar que sua verdadeira vocação é mesmo ser capitão, capitão do mato.


Quando se sentir sem chão, cuidado! Pode ser que você tenha entrado na água sem notar.


Numa boa, sabe por que eu nunca assisti a filmes biográficos do tipo “Nada a Perder” (sobre o Edir Mais Cedo) ou “Lula, o Filho do Brasil”? Porque não tenho mais saco para assistir a filme de ficção.


Hoje em dia, em BH, o bairro etílico-cultural por excelência chama-se Santa Tereza. Tem muito bar por lá, às vezes até três em um mesmo cruzamento! É nele que se encontra a famosa esquina do Clube da Esquina, foi lá que surgiu a banda Sepultura e é onde existe o bar mais antigo da cidade. Em BH existe também o Buritis, um bairro com alguma atividade boêmia, mas só Santa Tereza mereceria o apelido de “Biritís”.


Os adoradores do Messias exibem um comportamento extremamente curioso nas redes sociais, pois usam e abusam do coitadismo ou vitimismo para defender seu “consagrado”Essas atitudes falsamente defensivas levam-me pensar que até as defesas que fazem do Bolsonaro são usadas como ataques a quem o critica. Assim agindo publicam pérolas desse tipo: “O mesmo pessoal que não gostou do discurso do Bolsonaro, deve estar com saudades dos gloriosos discursos da Dilma na ONU”Puro coitadismo, pois o que eu senti (e sinto) foi muita vergonha dos dois!

2 comentários:

  1. no brasil, burrice é qualidade
    pobreza é sinal de caráter e
    gordura é sinal de saúde
    exagerei na última comparação, mas a ideia é que a inversão de valores encontrou seu ápice em terra tupiniquins
    sorte dos índios que ainda estão isolados

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    1. Você disse tudo, meu caro Scant! Infelizmente, os idiotas, os ignorantes, os preconceituosos e os moralistas constituem a maioria da população não só neste pais de tolos como também no resto do mundo. Este é um paradoxo da evolução da espécie. Quanto aos índios, basta lembrar que em qualquer lugar do mundo os nativos em geral são "aculturados" e perdem suas crenças, cultura e até as terras. Há uma carta de um cacique americano destinada ao presidente dos EUA que é umas das coisas mais comoventes de se ler. Caso se interesse, siga o link. https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2016/05/carta-do-chefe-seattle.html

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