segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

PAPO DE FORMIGA

Existe um tipo de formiga que me impressiona e incomoda: é aquela filha da puta de cor amarelada que gosta de fazer ninhos em lugares tipo aparelhagem de som, computadores, etc. Aqui em casa, uma vez, encontramos um ninho no material isolante que ficava dentro da porta de uma geladeira, quando resolvemos trocar a borracha de vedação. Também já encontramos dentro de uma caixa onde minha mulher guardava receitas e até no espaço entre o colchão e a estrutura de metal de um beliche.

Os ovos têm o tamanho e a aparência de grãos de arroz e o ninho pode apresentar uma substância de aparência oleosa que me causa algum nojo. Mas o que chama atenção é seu comportamento dissimulado: pelo que já percebi, essa cretina parece ter hábitos noturnos. Além disso, se você chegar perto é capaz de ficar imóvel por muito tempo. Mas, se você der uma cutucadinha, fica igual barata tonta.

Antes que alguém pense que eu comecei a ficar esclerosado, já aviso que o tema de hoje não é o estudo dos insetos da família Formicidae, mas sua associação com certo tipo de gente muito comum no Brasil. Vou resumir:

- Fazem seus “ninhos” de forma a não serem nunca notados;
- Exploram, degradam, danificam ou melam o lugar onde se instalaram;
- Movem-se preferencialmente “na calada da noite”;
- Se pressentirem que estão ameaçadas agem de forma dissimulada, como se quisessem ficar invisíveis;
- Quando um "ninho" é descoberto, há um corre-corre geral para se esconder,  escapar e se salvar.

Se eu pegasse a conversa no meio e ouvisse alguém falando isso, pensaria estar se referindo aos investigados e condenados da Operação Lava Jato. Ou não?

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