Eu não acho nenhuma graça no ator e
comediante Leandro Hassum. Para ser sincero, acho que ele perde longe para a
maioria dos humoristas que foram "alunos" do
"Professor Raimundo" (o original, lógico). Independente disso passei a admirá-lo pelo comportamento íntegro que teve no episódio da prisão de seu irmão, ao dizer que "lugar de bandido é na cadeia".
Alguns poderão tentar minimizar o valor dessa atitude, lembrando que ele também declarou não conversar com o irmão há
mais de dez anos. É claro também que existem os que acharam um absurdo ele
virar as costas para o "sangue de
seu sangue". No primeiro caso, má vontade; no segundo, burrice.
Lendo as últimas notícias sobre as manifestações pró e contra o Lula, sobre a prisão do João Santana, a soltura do Delcídio e todas essas coisas que intoxicam a mente e aumentam a desesperança de que um dia o país seja mais decente, fiquei pensando na frase dita pelo ator a respeito de seu irmão biológico.
Esse é o tipo de raciocínio e de atitude que está em falta no partido da língua presa; esse é o comportamento que os petistas e simpatizantes deveriam adotar diante do tsunami de "lama" que, ao longo do tempo, altas autoridades do partido promoveram no governo, com impactos tão dramáticos na vida da população e na economia do país, que fazem os estragos ambientais provocados pelo rompimento da barragem de rejeitos em Mariana parecer fichinha.
E é estranho que tenham essa cegueira ideológica, porque não dá para defender o que é indefensável, justificar o que é injustificável, nem elogiar o que é execrável ou aceitar o que é inaceitável. Talvez seja essa uma característica humana ou, pelo menos, dos brasileiros (de alguns), a de rejeitar ou condenar um crime mas amar ou admirar o criminoso.
Mas, ainda bem que o comediante não agiu assim, pois não se desculpa o que é indesculpável nem se admite o que é inadmissível. Este raciocínio vale também para qualquer partido, para qualquer político, para qualquer pessoa, qualquer que seja sua ideologia. Porque os fins que se buscam nunca justificarão os meios adotados, se a ética e a legalidade forem desrespeitadas. Permito-me fazer uma auto-citação ao repetir a frase-piada que já publiquei aqui no blog: o que se pode dizer de uma pessoa para quem os fins justificam os meios? Que ela não tem princípios.
Esse é o tipo de raciocínio e de atitude que está em falta no partido da língua presa; esse é o comportamento que os petistas e simpatizantes deveriam adotar diante do tsunami de "lama" que, ao longo do tempo, altas autoridades do partido promoveram no governo, com impactos tão dramáticos na vida da população e na economia do país, que fazem os estragos ambientais provocados pelo rompimento da barragem de rejeitos em Mariana parecer fichinha.
E é estranho que tenham essa cegueira ideológica, porque não dá para defender o que é indefensável, justificar o que é injustificável, nem elogiar o que é execrável ou aceitar o que é inaceitável. Talvez seja essa uma característica humana ou, pelo menos, dos brasileiros (de alguns), a de rejeitar ou condenar um crime mas amar ou admirar o criminoso.
Mas, ainda bem que o comediante não agiu assim, pois não se desculpa o que é indesculpável nem se admite o que é inadmissível. Este raciocínio vale também para qualquer partido, para qualquer político, para qualquer pessoa, qualquer que seja sua ideologia. Porque os fins que se buscam nunca justificarão os meios adotados, se a ética e a legalidade forem desrespeitadas. Permito-me fazer uma auto-citação ao repetir a frase-piada que já publiquei aqui no blog: o que se pode dizer de uma pessoa para quem os fins justificam os meios? Que ela não tem princípios.
Em um país ideal, em um mundo ideal (não existe, eu sei), os
militantes e manifestantes mais apaixonados deveriam parar um pouco para pensar e, olhando para
seus "irmãos" ("cumpanheros") enlameados, dizer como o
Leandro Hassum: "lugar de
bandido é na cadeia". Nesse dia, o Brasil passaria a ser um lugar
civilizado, privilegiado e respeitado, um país de primeiro mundo.
penso exatamente como você a esse respeito, não consigo rir de jeito nenhum com Leandro, mas ele também ganhou minha simpatia e respeito por sua postura diante do caso do irmão.
ResponderExcluirE parece que o pai também não é/era grande coisa.
Sim, parece que não era mesmo. Ele já falou do pai em entrevista,mas como fiquei sabendo disso só por tabela, prefiro não comentar o que teria dito.
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