Este texto é um plágio (ou reciclagem) do poema “Caminhante noturno” que publiquei em 05/03/2020 (quando um cara resolve plagiar a si mesmo é porque a coisa está feia mesmo!). Por que resolvi fazer isso? Porque os sentimentos daquela época ficaram ainda mais apurados, mais concentrados (mesmo que a qualidade “literária” atual seja inferior).
Como disse meu amigo Marreta no excelente
poema “Eu, papel carbono”:
Hoje eu sei que deixei minha vida passar
E ela era boa – ou não tão ruim
Mas eu era irresponsável, ingênuo e displicente
Como um bêbado que adormece no ponto de
ônibus
Que quando acorda e dá conta de si
Percebe que ele já passou
– E aquela era a única viagem, a última
viagem!
Só lhe resta cambalear pelo caminho,
enfrentando a noite sem estrelas
Maldizendo a imprevidência que aproveita o
silêncio
Da madrugada para gritar dentro de sua cabeça
Assim sou eu
O pródigo das oportunidades desperdiçadas
Dos sonhos não buscados
Da felicidade não reconhecida, da juventude perdida
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