Recentemente, mais precisamente no dia 13 de
julho, comemorou-se no Brasil um “Dia
Mundial do Rock”. Como tenho um pensamento meio “anarquista” (no dizer
de um conhecido) ou “independente” (tal como gosto de acreditar), acho isso uma
grande bobagem, pois, para mim, o rock sempre esteve ligado à rebeldia,
transgressão, contestação e liberdade. Fica esquisito ficar recebendo
homenagens, entende? Mas eu sou apenas mais um Jotabê, “a voz que canta no deserto” (o primeiro foi o bíblico São João
Batista).
Curiosamente, apesar de ser um “dia mundial”,
só é celebrado no Brasil. Se quiser saber mais, pelamordedeus, pesquise na internet. Mas uma coisa é certa: o rock
é velho pra caralho e há várias datas adequadas a essa comemoração. Para mim, por
exemplo, o rock realmente surgiu com a música "Rock Around the Clock" gravada em 1954 pelo bundão Bill Haley. Mas tenho um livro que fala de gravações desconhecidas feitas lá por volta de 1950. Foi também em 1954 (5 de julho, mais precisamente) que Elvis Presley gravou uma versão de “That's All Right” (eu tinha quatro
aninhos, uma fofura!).
Por isso decidi também render minha homenagem
a esse estilo, hoje um senhor idoso, a quem querem domesticar com homenagens, placas comemorativas, etc. Para isso, criei um diálogo bem idiota entre um roqueiro das antigas e seu neto, originalmente publicado no Lingüiça. Olhaí.
- E aí, Vô, tá sabendo que hoje é o Dia Internacional do Rock, né?
- WOP BOP A LOO BOP A LOP BAM BOOM!
- Gostei de ver, roqueiro das antigas!
- WOP BOP A LOO BOP A LOP BAM BOOM!
- Mas o senhor sabe que eu sou mais chegado em funk, né? Annita, MC Guimê...
- WOP BOP A LOO BOP A LOP BAM BOOM!
- Isso aí é Rolling Stones?
- WOP BOP A LOO BOP A LOP BAM BOOM!
- Deixa ver se eu entendi... Beatles? É mais antigo ainda?
- WOP BOP A LOO BOP A LOP BAM BOOM!
- Tá difícil... Já sei! Aposto que é Raul Seixas! Acertei?
- WOP BOP A LOO BOP A LOP BAM BOOM!
- AH, JÁ
DEU! Ô Mãe, não dá pra conversar com velho que está com Alzheimer!!!
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