quinta-feira, 27 de outubro de 2016

CRY ME A RIVER - JOE COCKER

Imagino que hoje, quando ouvem falar do falecido cantor Joe Cocker (a maioria, pelo menos), as pessoas só se lembram de um sujeito envelhecido, de voz rouca, barrigudo e careca. O que é uma pena, pois talvez não saibam que ele fez releituras absolutamente fantásticas de músicas gravadas por outros intérpretes. A melhor interpretação, por exemplo, da música “With a Little Help from my Friends”, dos Beatles, foi registrada no Festival de Woodstock (o primeiro). Imagino que nunca mais ele conseguiu (nem ninguém) ser tão genuinamente visceral, tal a carga de emoção (e loucura) que ele esbanjou nesse dia. É possível ver e ouvir esse registro no Youtube.

Mas a sugestão de hoje, talvez a releitura de que eu mais goste, é “Cry me a River”, uma balada meio Jazz (ou jazzy), composta em 1953(!) e gravada por ele (visivelmente drogado ou bêbado) como se fosse um rock ensandecido, durante uma turnê em 1970. A propósito, turnê que o levou à falência, tal a penca de parasitas, puxa-sacos, e músicos que viajou com ele. Essa turnê rendeu também um ótimo DVD (que eu dei de presente para meu filho mais velho).

Só mais uma curiosidade: por conta das finanças abaladas, drogas e álcool, acabou batendo aqui no Brasil, onde se apresentou no Maracanãzinho, para uns três mil gatos pingados.

A interpretação da música que escolhi é tão ensandecida e espetacular, que eu acho interessante comparar com uma gravação feita pelo Ray Charles, outro de meus “ídolos”. Vê aí.






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