sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

PRÊMIO IGNOBEL


Em 1991 foi criado o Prêmio IgNobel, uma espécie de paródia do Nobel e concedido para a descoberta “científica” mais estranha do ano. As “pesquisas” são engraçadíssimas e merecem ser lidas.

O bizarro dessa história é que a cerimônia de premiação é "abrilhantada pela presença de verdadeiros laureados com o Prêmio Nobel, que entregam o respectivo Prêmio IgNobel ao vencedor".

Quem quiser"desmaiar" de rir, siga o link



Por via das dúvidas, caso alguém não se interesse em acessar o link, escolhi algumas premiações de "pesquisas" que me fizeram rir mais. Saca só:

1992

ARQUEOLOGIA - Eclaireurs de France, grupo de escoteiros, removedores de graffiti, por apagarem as antigas pinturas rupestres das paredes da gruta de Mayrière supérieure, perto da aldeia francesa de Bruniquel, pensando que eram pichações.


1993

MEDICINA a James F. Nolan, Thomas J. Stillwell, e John P. Sands Jr., médicos misericordiosos, pela sua meticulosa pesquisa "Gestão Crítica de Pênis Presos no Zíper" (Acute Management of the Zipper-Entrapped Penis).


1994

MATEMÁTICA - À Igreja Baptista Sulista do Alabama (Southern Baptist Church of Alabama), medidores matemáticos da moralidade, pela sua estimativa, condado a condado (county), de quantos cidadãos do Alabama irão para o Inferno se não se arrependerem.


1996

SAÚDE PÚBLICA - Ellen Kleist de Nuuk, Groenlândia e Harald Moi de Oslo, Noruega, por seu relatório médico preventivo "Transmissão de Gonorréia Através de uma Boneca Inflável" (Transmission of Gonorrhea Through an Inflatable Doll).


1997

METEOROLOGIA - Concedido a Bernard Vonnegut da State University of New York at Albany, por sua reportagem, "Depenagem de Galinhas Como Meio de Medir a Velocidade do Vento de um Tornado ("Chicken Plucking as Measure of Tornado Wind Speed").


1998

LITERATURA - Concedido à Dr. Mara Sidoli ode Washington, DC, por seu iluminante artigo, "Farting as a Defence Against Unspeakable Dread." (“Peidando como Defesa contra um Pavor Indescritível”).


1999

CUIDADOS MÉDICOS - Concedido aos falecidos George Blonsky e Charlotte Blonsky de Nova Iorque e San Jose (Califórnia), por inventar um dispositivo para ajudar mulheres durante o parto – a mulher é amarrada em uma mesa circular e então a mesa é rodada a alta velocidade.


2000

ECONOMIA - Para o reverendo Sun Myung Moon, por trazer eficiência e crescimento à indústria dos casamentos em massa: 36 casais em um evento de 1960, 430 em 1968, 1.800 em 1975, 6.000 em 1982, 30.000 em 1992, 360.000 em 1995, e 36.000.000 em 1997.

SAÚDE PÚBLICA - Para Jonathan Wyatt, Gordon McNaughton, e William Tullet de Glasgow, pelo alarmante relatório "The Collapse of Toilets in Glasgow" ("A Queda de Vasos Sanitários em Glasgow").


2001

ASTROFÍSICA - Para Jack Van Impe e Rexella Van Impe do Jack Van Impe Ministries, Rochester Hills (Michigan), pela sua descoberta que os buracos negros preenchem todos os requisitos técnicos para a localização do Inferno.


2008

QUÍMICA: Para Sheree Umpierre, Joseph Hill e Deborah Anderson, por constatarem que a Coca-Cola é um espermicida eficiente, e para C.Y. Hong, C.C. Shieh, P. Wu e B.N. Chiang, por provarem o contrário.

PAZ: O Comitê Federal Suíço de Ética em Biotecnologia Não-humana e os cidadãos suíços, por adotarem o princípio legal de que as plantas têm dignidade.


2010

BIOLOGIA: Libiao Zhang, Min Tan, Guangjian Zhu, Jianping Ye, Tiyu Hong, Shanyi Zhou, e Shuyi Zhang da China, e Gareth Jones da Universidade de Bristol, Reino Unido, por cientificamente documentarem fellatio em morcegos-da-fruta.


2011

MATEMÁTICA: Dorothy Martin (que previu o fim do mundo em 1954), Pat Robertson (que previu o fim do mundo em 1982), Elizabeth Clare Prophet (que previu o fim do mundo em 1990), Lee Jang Rim (que previu o fim do mundo em 1992), Credonia Mwerinde (que previu o fim do mundo em 1999), e Harold Camping (que previu o fim do mundo em 6 de Setembro de 1994 e depois para 21 de Outubro de 2011), por ensinar ao mundo que devemos ser cuidadosos ao fazer suposições e cálculos matemáticos.

PAZ: Arturas Zuokas, prefeito de Vilnius, Lituânia, por demonstrar que o problema do estacionamento proibido de carros de luxo pode ser resolvido passando-se um tanque de guerra por cima do veículo.


2013

PAZ: Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, por tornar ilegal aplaudir em público, e pela Polícia da Bielorrússia, pela prisão de um homem de um braço só, por aplaudir.


2014

NEUROCIÊNCIA: Jiangang Liu, Jun Li, Lu Feng, Ling Li, Jie Tian e Kang Lee, por tentar entender o que acontece no cérebro das pessoas que vêem a face de Jesus em uma fatia de torrada.

ARTE: Marina de Tommaso, Michele Sardaro e Paolo Livrea, por medir a diferença de dor que as pessoas sofrem enquanto olham para uma pintura feia, ao invés de uma pintura bonita, ao serem atingidas na mão por um poderoso raio laser.

CIÊNCIAS ÁRTICAS: Eigil Reimers e Sindre Eftestøl, por pesquisar como as renas reagem ao verem seres humanos que estão disfarçados de ursos polares.



Bacana, né? "Premiações" mais que merecidas. Mas, pensando bem, o Brasil tá cheio de merecedores desse prêmio. E que ninguém ainda tenha ganhado é uma puta sacanagem. Por exemplo, o IgNobel da Paz de 2010 poderia ter sido concedido ao Lula por seu “sucesso” em solucionar o impasse em torno das sanções impostas ao Irã pelo Conselho de Segurança da ONU. Transcrevo o que li na imprensa:


Feitas as negociações (intermediadas pelo Brasil), foi divulgada uma “Declaração de Teerã”. No dia seguinte, o ministro das Relações Exteriores do Brasil “recebeu uma ligação de Hillary Clinton, secretária de Estado americana, desautorizando o acordo”.


Merecia ou não merecia ganhar o prêmio?


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