terça-feira, 10 de outubro de 2017

MILLÔR NA VEJA - 20/20

Declarou, com toda a dignidade: “Admito perder tudo, menos a honra!” E continuou procurando.

Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo.

Afinal de contas o que nos absolve não é o juiz nem a sociedade. É a nossa habilidade em não deixar vestígios.

Não se esqueça meu filho, o poder corrompe. E o poder absoluto corrompe muito melhor.

O dinheiro compra o cão, o canil e o abanar do rabo.

A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar ao amigo de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.

Como não pode existir mais de um caos, a palavra já vem no plural.

A diferença fundamental entre Direita e Esquerda é que a Direita acredita cegamente em tudo o que lhe ensinaram e a Esquerda acredita cegamente em tudo o que ensina.

Se fosse apenas para medir a dimensão de nossos homens públicos nem teria sido necessário inventar o sistema métrico.

Por mais hábil que seja, o político acaba sempre cometendo alguma sinceridade.

O estranho é que o cérebro, feito essencialmente para produzir ideias, exulta quando tem uma.

Os clássicos mudam de opinião para agradar os que os interpretam.

Pode não preocupar os cientistas mas a mim preocupa muito: será que também há vida imbecil nos outros planetas?

Em terra de cego quem tem um olho é economista. (frase de 1980. Seria uma alusão ao Delfim?)

Em terra de cego quem tem um olho é estrangeiro

Em terra de cego quem tem um olho nem quer ser rei.


Um comentário:

  1. Nunca tentaram me comprar, mas, acredito, que por uma boa oferta, eu até venderia o cão e o canil. O abanar do rabo, jamais!
    Acabou a folga, hein, meu velho? Acabaram as postagens do Millôr. Vai ter que voltar a escrever. Voltar ao batente. E quer saber? Estou sentindo mesmo falta.
    Azarão

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MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4