quinta-feira, 5 de outubro de 2017

MILLÔR NA VEJA - 15/20

Conheço alguns burocratas acima de qualquer suspeita: só roubam em defesa do país.

A gente só luta pela liberdade porque não pode ter a opressão sempre do nosso lado.

A ociosidade é a mãe de todos os vices.

Depois de se acostumar a viver durante 50 anos, como é que querem que uma pessoa aceite a morte com tranquilidade?

Revisor – um sujeito que toma vagina antitetânica.

Mais cedo ou mais tarde todo homem acaba correspondendo aos que não confiam nele.

O dinheiro não traz felicidade. Mas pobre não tem autoridade pra afirmar isso.

Justiça, como se sabe, é a busca da Verdade. Ao contrário da Lei, que como também se sabe, é o encobrimento da Mentira.

O boato é uma transpiração boca a boca.

O importante não é vencer. É mostrar o logotipo do patrocinador.

Não adianta nada fazer cara de homem de bem se seu caráter anda de braguilha aberta.

É dando que se recebe. Mas, por segurança, certas moças e certos políticos cobram adiantado.

Cinco sentidos. Será que a natureza é tão pobre?

Cuidado!: mais dia, menos dia, acaba o dia a dia.

Não, o Brasil não é o único país corrupto do mundo. Mas a nossa corrupção é a mais gratificante.

Jesus foi crucificado entre o bom e o mau ladrão. Pois é: naquela época havia 50% de bons ladrões.

Casamento é essa instituição em que duas pessoas colaboram permanentemente pra acabar com ela.

Bem-aventurados os filhos dos ricos, porque eles herdarão o reino dos seus.

Existem pessoas que passam a vida inteira dizendo exatamente o que pensam. E depois ainda se queixam!

Meus princípios são rígidos e inalteráveis. Agora, eu mesmo, pessoalmente, já não sou tanto.

Basta você olhar qualquer família para não acreditar mais na paz duradoura.

Himeneu, como o nome indica, nunca foi casado.

De madrugada, o melhor amigo do homem é o cachorro-quente .

Ideologia - Bitola estreita para orientar o pensamento. Não existe pensador católico. Não existe pensador marxista. Existe pensador. Preso a nada. Pensa, a todo risco. A ideologia leva à idolatria, à feitura e adoração de mitos. E, finalmente, ao boquete ideológico.

Preciso deixar bem claro que, quando digo “No meu tempo”, estou me referindo a daqui a dez anos.

Não adianta me exaltarem. Sou apenas um homem comum levado a suas extremas consequências.

Não há nada mais equivocado do que ter certeza.

Ser brasileiro me deixa sempre um pouco subdesenvolvido.

Eu sempre sei do que estou falando. Tirando isso não sei mais nada.

Muitos dão a vida por suas crenças. Nunca arrisquei a vida pelo meu ceticismo.


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