Já adianto que o texto que será lido a seguir não foi escrito pelo personagem Jotabê, um sujeito que gosta de usar a terceira pessoa para falar de si próprio.
Esse texto é a introdução de um post escrito por meu amigo virtual Azarão, imperador absoluto do blog "A Marreta do Azarão" e sniper verbal (ou literário), pois "atira" com muita eficiência e pontaria nos assuntos que o enfurecem.
Se tem um cara que sabe escrever muito bem sobre a
velhice - e não a fica chamando de terceira idade, melhor idade, feliz idade e
outras escrotices - é o Jotabê, autor do excelente e espirituoso blog Blogson
Crusoe.
Ele fala da velhice como o que ela é, algo natural,
diz das óbvias limitações que ela traz, mas não faz isso em tom choroso ou de
autocomiseração, faz de maneira leve, imprime - não sei se é intencional - um
tom meio professoral, de quem dá conselhos aos mais jovens - 99,9% dos que o
leem, segundo estimativa dele próprio -, eu nem diria conselhos, Jotabê dá umas
dicas, uns toques, sem aquele ar solene de bronca e cobrança.
Vou repetir pela enésima
vez: não sou criativo, sou reativo, tipo casa
dos espelhos, pois deformo, modifico ou interpreto coisas que leio, escuto
ou vejo. É o caso do texto transcrito acima (vou perder uma oportunidade
dessas, de enaltecer minhas infinitas
qualidades através da visão de outra pessoa? É nem que isso acontecerá!).
Falando é nem,
lembrei-me do ENEM e de alguns jovens que conheço, aparentemente sem rumo, que deveriam ter feito as provas dessa seletiva. Aí pensei o que
significa o ENEM para eles. Deve ser algo como Eu Naum Estudo Muito (se a grafia internética
estiver errada, por favor, corrijam-me).
Mas voltemos ao
tema deste post, porque não estou aqui para falar de jovens, estou aqui para
falar da melhor idade (é uma
delícia!), ou melhor, para esclarecer algumas coisas.
O Marreta acertou
em parte quando disse que imprimo um tom
meio professoral (HP Officejet 4500 Desktop).
Mas não sou
professor (ele é que é), o que eu sou mesmo é arauto ou cronista. Eu sou que nem São
João Batista, a voz que clama no deserto.
E o que proclamo aos quatro ventos (queria entender que ventos são esses!) é o
que acontece comigo e, por extensão, o que provavelmente acontecerá com os mais
jovens. Então, o que eu sou mesmo é futurólogo, um divulgador do porvir (boa essa!).
Já disse em outro
post que o futuro que espera essa moçada não é nada róseo, mas fui muito
radical nessa avaliação. Pensando com mais calma, posso dizer que sim, o futuro
pode ser róseo para os velhinhos. Pelo menos no babador que utilizarem na hora
da papinha ou no lápis usado no Livro de Colorir trazido por algum familiar
mais solidário e entregue com sorriso um pouco constrangido. Jardim Secreto, por exemplo, é uma
gracinha! (Isso deve ser dito à moda Hebe, com os dentes bem fechados, como se
estivesse mordendo um papel – ou a fronha, dependendo da preferência do freguês).
P.S. Para os velhinhos mais descolados, existe um Livro de Colorir que tem o sugestivo nome "Suruba para Colorir". Não estou mentindo! Quem quiser ver uma amostra, siga este link
http://www.pop.com.br/comportamento/suruba-para-colorir-o-livro-que-reune-desenhos-eroticos-de-grandes-ilustradores/