quinta-feira, 25 de setembro de 2014

POLÍTI RIRICA

Já que estamos em época de eleição, achei que seria pertinente abordar o assunto "política" em algum post específico. Para isso, pensei em fazer comentários curtos no estilo Blogson, porque a seco, não desce. Para não escrever muito, aproveitei alguns comentários que já tinha feito em outros blogs (sou um sujeito econômico). 
Então, vamos lá (com preâmbulo de uma pessoa genial):

Ninguém que ambiciona o poder deixa de ser um filho da puta! Pode ser um pouco mais ou um pouco menos. Mas o homem de bem, no sentido genérico e universal da palavra ‘bem’, não ambiciona o poder”. (Millor Fernandes)

FAMILIAR
Política é um assunto que preciso abordar com muito cuidado no Blogson. Afinal, este é um blog de família. E não se deve falar de pornografia quando há crianças na sala.

MAIS DO MESMO?
Por conta de um trágico acidente, duas candidatas à presidência disputam a liderança e a preferência dos eleitores (e o pior é que nem dá para falar que é uma disputa pau a pau). Só lamento, porque as duas pertenceram ao mesmo partido, um partido intolerante que vira e mexe tenta cercear a liberdade de expressão. Como imaginar então que são diferentes, que farão governos diferentes, se têm mais semelhanças ideológicas que diferenças?

REFLUXO
Talvez devesse, mas nunca me interessei muito por política. Quando compro jornal, o primeiro caderno que leio é justamente o segundo, o caderno “B”, que trata de artes, música, espetáculos, shows e todo tipo de cultura inútil. O mesmo acontece com as revistas semanais. Só quando não sobrou mais nada de interessante é que eu leio o primeiro caderno, as páginas iniciais das revistas (que sempre lembram as páginas policiais). Então, política não é uma coisa que me atraia, até porque ou dá azia ou provoca refluxo gástrico.

DIGA 32
Outro dia, ao ver a propaganda eleitoral, deu vontade de saber um pouco mais dos partidos existentes. O que descobri me deixou meio chapado. Olha só: segundo o TSE, existem 32 (!) partidos regularizados. A Wikipédia cita mais 20 (!!!) em fase de coleta de assinaturas para sua regularização. É mole ou quer mais? Ah, quer mais, né? Com trinta e dois partidos regulares era de se esperar que todo o espectro político fosse contemplado, desde a extrema esquerda até a extrema direita. Pois não é isso que acontece. Pela classificação ideológica que consta na Wiki, quatro são de extrema-esquerda, quatro são de esquerda, sete são de centro-esquerda, doze são de centro e cinco são de centro-direita. Deve existir explicação para isso, mas sabe quantos são de direita ou extrema-direita? Zeeeero.

RE PARTIDO
No duro, no duro, eu acredito que o número ideal de partidos deveria ser algo em torno de sete, assim distribuídos: extrema-esquerda, esquerda, centro, direita e extrema-direita. A lista seria completada por um ligado às causas ambientalistas e outro para abrigar os fissurados em expor sua visão religiosa da vida. As várias coligações formadas para as eleições que se aproximam demonstram que essa ideia não é desprovida de sentido. Mas, vendo a profusão atual de siglas e legendas atuais, eu pergunto delicadamente: 
POR QUE TRINTA E DOIS, CARAMBA???

MUDA BRASIL!
Nunca me filiei a nenhum partido (nem jamais farei isso), mas, depois de votar uma vez no Lula, virei eleitor “perpétuo” do PSDB. Por isso, sinto-me à vontade para perguntar por que não existe um partido de extrema direita no Brasil. Se existem quatro de extrema esquerda, qual o problema de existir um na outra ponta do espectro? Outro dia, li uma expressão que me deixou curioso: “direita envergonhada” Seria esse o motivo? Vergonha? De que, caramba? Para mim, seria o contrário: o que está faltando é vergonha na cara desse pessoal. Parafraseando o mala sem alça Cazuza, eu diria “mostra a tua cara!” Já o PT & associados não padecem desse mal, pois não tiveram nenhuma vergonha na cara que os impedisse de se afundar em escândalos variados.

TÁ ME GOZANDO!
As eleições se aproximam e eu me enfureço ao pressentir que a maioria dos brasileiros ainda vota na base da emoção ou, o que é pior, na base da gozação. Em eleições passadas (muito passadas!) vários “candidatos” tiveram votação mais do que expressiva, caso do rinoceronte Cacareco (100.000 votos em 1959) e do macaco Tião (estimados 400.000 votos em 1988). O Cacareco ganhou até marchinha de carnaval (quando ainda se gravavam marchinhas de carnaval). Com a urna eletrônica, essa farra acabou. Mas há candidatos reais que também me deixaram espantado, principalmente por terem sido eleitos (!), caso do cacique Mário Juruna e do “alfabetizado” Tiririca. Quem vota nesse tipo de candidato realmente se sente representado por ele?

URNA NÃO É LIXEIRA
Como dizia um antigo personagem do Jô Soares, “eu não sou palhaço, mas estão me fazendo de palhaço”. Apesar de todas as sacanagens recentes, apesar de todas as sacanagens futuras, mesmo que alguém sempre tente fazer o povo de palhaço, eu acredito que devemos votar, votar, votar até o saco encher e depois continuar votando. Jogar voto fora pode ser um protesto ou brincadeira (de péssimo gosto), mas não resolve porra nenhuma. Votar no menos pior é que é a saída. E torcer para ainda estarmos vivos quando um governo moderado e de centro conseguir ser eleito (claro, se não venezuelarem antes este país, se continuarem permitindo que existam eleições livres).

SINCRETISMO RELIGIOSO
Político é um bicho estranho, parece invertebrado. Adapta-se a qualquer situação, por mais constrangedora e estranha que seja (se for do PMDB então...): come buchada de bode, beija menino com meleca saindo do nariz e vai a qualquer templo religioso que possa render voto. É capaz até de, sendo ateu, cantar um ponto de candomblé em algum evento. Ou então, sendo católico ligado ao movimento carismático (prova de sincretismo religioso), candidatar-se a um cargo executivo tendo como vice um evangélico. Eu disse vice? O certo é vice-versa.

QUEM É VOCÊ?
Até onde sei, ao tomar posse como deputado da atual legislatura, o alfabetizado Tiririca apresentou-se de terno e sem aquela peruca manjada. Com isso, criou uma excelente metáfora para explicar o provável impulso que leva gente de todas as classes sociais e de todo tipo de ideologia a desejar um cargo de deputado ou senador (muito, mas muito bem remunerado mesmo): a maioria absoluta daqueles que se candidatam está pouco se lixando para a população que jura irá defender e representar. No duro, no duro, está todo mundo a fim mesmo é de “descabelar o palhaço”. Mas só o Tiririca tem autoridade moral para fazer isso.


3 comentários:

  1. Por que algumas postagens suas não têm espaço para comentário? Enfim...
    Esse comentário diz respeito ao post Citius, Altius, Fortius.
    Concordo totalmente com você : a todos devem ser garantidas as oportunidades básicas iguais, mas não se pode garantir os mesmos resultados, uma vez que desiguais somos. Dizer que todo mundo é igual é socialismo do mais barato - odeio o tal do socialismo. Dizer que todo mundo é igual é uma maneira muito inteligente dos governos tirarem os deles da reta. Vejo muito isso na escola, hoje em dia. Em nome da (falsa e canalha) inclusão, criançãs com necessidades especiais são colocadas juntas a 40 crianças normais, quando, na verdade, o governo deveria dar-lhes um tratamento diferenciado, formar classes especiais, contratar pessoal especializado para cada deficiência etc. Mas é muito mais fácil dizer que todos são iguais e ir aumentando cada vez mais o depósito de gente que se tornou a escola.
    Rui Barbosa também concorda com a gente, veja que estamos bem acompanhados :
    "A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real."

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  2. Sinceramente, não faço a menor ideia! Não sei nem como corrigir isso. Tenho que ver com o Google ou sei lá onde. Eu escrevo em word, reviso escolho o tamanho da fonte, se quero usar ou não o itálico; só aí é que eu coloco no blog. Como sou meio obcecado, às vezes dou uma olhada como ficou. Quando vejo, o tamanho está inexplicavelmente pequeno. Aí tenho que corrigir tudo. Enche o saco. Finalizando, você assina como "A Marreta do Azarão". Como você consegue isso? Quando respondo algum comentário, coloco "Anônimo", porque não sei como colocar "Blogson...". Finalizando, bacana pra caramba a frase do Rui, pois nem sonhava que a tivesse dito algum dia. Valeu pelo comentário.

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  3. A assinatura A Marreta do Azarão é o nome que coloquei no perfil do Google+. Há essa opção, fazer um perfil do Google+, na lateral esquerda do blog, tem lá : nova postagem, visão geral, postagens, páginas, comentários e, finalmente, o Google+. É rapidinho fazer, não precisa por foto nem nada, basta escolher uma identidade e pronto, a partir daí, sempre que você estiver conectado ao seu blog, todos seus comentários ou respostas a eles sairão com o nome que você escolher. Além disso, o Google+ aumentará um pouco a visibilidade do seu blog.
    Agora, em relação ao sumiço do campo de comentários de algumas de suas postagens, eu também não faço ideia. A única coisa em relação a isso é ir de novo à lateral esquerda do blog, clicar em configurações e depois em postagens e comentários.
    Invasão do blog, eu acho pouco provável, isso é "privilègio de blogs muito acessados, de pessoas famosas etc, o que está longe de ser o nosso caso. Em todo caso, só para se livrar dessa dúvida, mude a senha do blog uma vez por mês, ou a cada dois meses.
    abraços

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